Quando meu tempo de vida acabar
– e ele está perto, eu sei, do final –
Não adiantará escrever manual
De minhas qualidades, fantasiar.
Quero que se lembrem de minhas vilanias
Que deplorem minha vulgaridade
Que critiquem minha covardia
Que escarneçam da minha fealdade
Que recordem meus fracassos
Que ironizem minha incompetência
Que lamentem minha preguiça
Condenem minha negligência
Minhas fraquezas
Minha dissimulação
E tendência à procrastinação.
E se, depois disso, ainda assim
Alguém sentir falta ou saudade de mim
Minha vida terá tido algum sentido
E talvez valido a pena ter vivido.
– e ele está perto, eu sei, do final –
Não adiantará escrever manual
De minhas qualidades, fantasiar.
Que deplorem minha vulgaridade
Que critiquem minha covardia
Que escarneçam da minha fealdade
Que recordem meus fracassos
Que ironizem minha incompetência
Que lamentem minha preguiça
Condenem minha negligência
Minhas fraquezas
Minha dissimulação
E tendência à procrastinação.
Alguém sentir falta ou saudade de mim
Minha vida terá tido algum sentido
E talvez valido a pena ter vivido.
Essa foi direto na veia, Jotabê. Há tempos não o via tão inspirado.
ResponderExcluirObrigado, Ozy! Fico feliz que tenha gostado. E que isso fique entre nós: é assim mesmo que eu tenho me sentido nos últimos tempos. Abraços.
ExcluirEsse aqui vou até imprimir e colocar na minha porta, abraços Jotabê!
ResponderExcluirRapaz, assim você me deixa mais inchado que chapa de mdf na chuva! Mas faz isso não, você é novo demais!
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