segunda-feira, 7 de novembro de 2022

COMENTÁRIOS QUE NINGUÉM ME PEDIU PARA FAZER

 
BIG BANG
O atual presidente já deu vários exemplos de seu destempero verbal, temperamento mercurial e comportamento  frequentemente descontrolado. Por isso, morro de vontade de saber qual terá sido sua reação nos primeiros minutos após o anúncio de que não tinha sido eleito. Como tenho mente infantil, imagino que deve ter acontecido um big bang emocional, com chutes na mobília, cabeçadas nas portas, murros na mesa, gritos de ódio, ranger de dentes e uso de todo o estoque de palavrões conhecidos (e até desconhecidos).
 
Nunca li nenhuma notícia sobre isso, mas imagino que deve ter havido uma explosão quase cósmica. Um dia, algum historiador ou repórter filho da puta ouvirá antigos assessores e publicará um artigo ou capítulo de um livro sobre “os anos Bolsonaro”. Já avisei a meu filho mais novo que pretendo ler sobre isso, mas, se não for possível, ele deverá ler para mim, nem que tenha que ir ao Centro Oriente!
 
 
ESCÓRIA
O maior problema do Bolsonaro não é ser de extrema direita nem são seus filhos (pois ninguém escolhe os filhos que tem). Também nem é tanto o radicalismo assustador e comportamento odioso que exibe; o que pega mesmo é que ele parece ter um visgo que atrai toda a escória à sua volta. Sem dar nomes aos boys, citaria pastores e bispos caça-níqueis, “influencers digitais” venais, empresários verde-amarelos, jornalistas parciais, rachadores e até lançadores de granadas. A próposito dessa última categoria fizeram uma ótima piada: "meninos usam granadas e meninas usam pistolas automáticas". Agora que o atual presidente perdeu a eleição, eu diria que ele tem uma “janela de oportunidade” para corrigir isso: basta por em prática o ditado popular “Antes só que mal acompanhado”.

 

 

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