O Blogson Crusoe foi criado para desovar o besteirol que eu pensava e enviava por e-mail a meus amigos e filhos. E sempre continuará a ser esse seu motor principal, porque eu realmente gosto de pensar e falar besteiras, fazer trocadilhos e jogos de palavras infames e piadas de quinta série. Essa é a pegada do blog e sempre será sua inspiração e foco principal. Mesmo que ninguém ache graça das minhas idiotices, tenho certeza de que duas pessoas acham: eu e minha dupla personalidade (piada!). Apesar disso, talvez por falta de assunto ou excesso de presunção comecei a escrever "poesias", a contar casos de família e de amigos e até a falar dessa coisa inssossa que é a política.
Por isso, desde a criação do Blogson em 2014, publiquei
várias críticas ao PT, ao Lula e à Dilma. Em 2018, puto com a possibilidade da
volta do PT ao poder mediante a eleição do Haddad, votei no Bolsonaro para
presidente. Não foi um voto feliz, pois tinha votado no Henrique Mirelles no
primeiro turno. Era apenas o voto possível, o voto útil. Torci muito por seu
sucesso e para que fizesse uma boa administração do país. Entretanto, depois de
sua desastrosa (para não dizer criminosa) gestão da pandemia, passei a
detestá-lo com a mesma intensidade com que detesto o Lula e seus “cumpanheros”.
Mas o Bozo foi além, ao exibir um perfil autoritário e a deixar ou incentivar a
exploração descontrolada da Amazônia, com seus desmatamentos gigantescos e
garimpos ilegais em terras indígenas. Talvez muitas pessoas não liguem para
isso, mas eu me preocupo com o futuro do planeta e com questões ambientais – porque, mesmo que eu não esteja mais por aqui quando o aquecimento global e a poluição
atmosférica mostrarem suas garras e dentes de predador, meus filhos e netas estarão.
Aí 2022 chegou. Votei na Simone Tebet,
confiante que seria (ou será, no futuro) uma grande presidente para este país
cheio de gente escrota e sem educação. Era um voto inútil, um voto no sonho de um país mais
civilizado, menos bronco, menos ridículo. E foi apenas isso, um sonho. O
segundo turno trouxe novamente a necessidade de dar um voto útil. Por absoluta
rejeição à permanência da extrema direita no poder, votei no Lula, mesmo que
não tenha sido um voto feliz.
Mesmo que o odeie, eu acho o Lula um cara simpático, super inteligente e bem humorado. Se eu não o odiasse, diria que é um grande, um imenso sujeito.
O problema foi ele ter permitido que acontecesse o Mensalão e o Petrolão. Sem falar no projeto "campeões
nacionais", que fez com que fundos de previdência privada de empresas
públicas fossem "incentivados" (mesmo sem respaldo técnico) a
investir em empresas que projetariam a imagem do Brasil no mundo, caso das empresas
“X” do Eike Batista. Por causa dessa gracinha, descontam hoje de minha aposentadoria
ou "pensão" mais de mil reais por mês, para cobrir o rombo criado
pela aplicação em investimentos que viraram pó. Eu odeio o Lula e todo o PT por
isso, mas preferi votar nele só para tirar da jogada um idiota com perfil de candidato
a Hugo Chavez da extrema direita.
Acho que o Lula poderá se redimir das
burradas que fez ou deixou fazer se fizer um governo realmente de centro-esquerda,
sem se deixar influenciar demais pelos radicais do PT. E torcerei muito para
que faça uma boa administração (assim como torci no início pelo Bolsonaro).
Entretanto, pelo andar da carruagem, já estou com medo de que a história se
repita e que eu comece a malhar o novo governo, pois tenho receio de que ele
ponha para puxar esta carroça chamada Brasil uma cavalgadura da área econômica
(e que já cagou como ministro da Dilma). Mesmo assim, terá valido a pena por para
correr um jegue que se julga um cavalão.
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