Era uma vez um time de futebol respeitado e admirado
por todos. Um dia contratou um jogador falastrão e desbocado que acabou virando o capitão da equipe. Mas era era um jogador retranqueiro, medíocre e com pouca habilidade
com a bola. Apesar de sempre proclamar jogar “dentro das quatro linhas” era
mais afeito a dar trombadas e caneladas nos inimigos – pois era assim que parecia
considerar seus adversários.
Um dia, cansada de seu jogo feio e das muitas faltas que ele cometia, a torcida de seu próprio time pediu e conseguiu sua
substituição. Demonstrando sua origem no futebol de várzea, o ex-capitão catimbeiro
recusou-se a aceitar que tinha sido mandado para o vestiário. Sua vontade era agredir o juiz, demitir a comissão técnica e calar a torcida, seu desejo era poder
furar a bola ou chutá-la para o mato. Mas esqueceu-se de que não jogava mais em
campo de terra e nem a bola era de meia.
Moral da história: Não há moral nas fábulas modernas, pois a maioria
delas é imoral.
Nenhum comentário:
Postar um comentário