sexta-feira, 27 de novembro de 2015

COMENTANDO AS PENÚLTIMAS - 13

Diante dos últimos acontecimentos, fico pensando que os políticos direta ou indiretamente envolvidos com o Petrolão lembram um pouco as barragens de contenção de rejeitos de algumas mineradoras.

Só que no caso dos políticos, a ordem dos acontecimentos é invertida: primeiro lambuzam-se, provocam e deixam acontecer um "tsunami de lama"; depois, por acaso, aparecem algumas "rachaduras e trincas"; só então é que a barragem que tentam fazer (para se proteger) é rompida.

Ô CRIDE, FALA PRA MÃE! - 01

Como todo mundo sabe, o matemático grego Euclides da Cunha era multitalentoso, pois escreveu Os Sertões e até fez umas pontas na Escolinha do Golias. Mas o assunto que ele dominava mesmo é Geometria.  Como ninguém entendia merda nenhuma do que falava, teve de começar do zero, do ponto zero.

Ponto. (Do lat. Punctu.) S.m. Geom. Elemento com que se definem axiomaticamente as propriedades dum espaço.

Em Geometria um ponto é uma noção primitiva pela qual outros conceitos são definidos. Um ponto determina uma posição no espaço. Na Geometria, pontos não possuem volume, área, volume ou qualquer dimensão semelhante. Assim, um ponto é um objeto de dimensão 0 (zero).


COMENTANDO AS ÚLTIMAS - 08

HOJE É BLACK FRIDAY!

Meu filho comentou que muitas pessoas malham a comemoração do Halloween no Brasil, mas ninguém reclama da Black Friday. Concordo totalmente.  Mas aí viajei na maionese.

Lembrei-me de uma faixa que vi esta semana na frente de uma loja, onde estava escrito em letras garrafais: BLACK FRIDAY. Logo abaixo, o dado esclarecedor: “do dia 19 a 29/11”. Dá pra entender um negócio desses? É mais ou menos como alguém criar uma banda, dar a ela o nome de Black Friday e anunciar que só canta covers do Black Sabath. Se você não entendeu a piada, só posso dizer que do tipo daquela em que o sujeito chega em casa para almoçar e diz -"eu sou húngaro". Também não entendeu? Então peça ao Google para traduzir sabath e saturday. Continuemos.

Outro caso de mau entendimento do inglês aconteceu com o senador Delcídio do Amaral: creio que ele misturou Halloween com Black Friday, pois tentou fazer travessuras para ocultar as gostosuras do Petrolão. Mas a sede era tanta que acabou pego em plena Black Wednesday. Sacanagem, não deu para esperar a Black Friday!

Mas se ficar preso até o Natal e deixar a barba crescer, pode até ser o Papai Noel do xadrez, pois já tem neve nos cabelos e é gordinho. As bochechas devem estar rosadas de vergonha. Ah, e a roupa do bom velhinho super combina com ele, pois é "vermelha PT". Agora, se alguém perguntar pelo saco do velhinho, só posso acrescentar que já colaram o saco nele.

domingo, 22 de novembro de 2015

sábado, 21 de novembro de 2015

KOMODO

- Você se lembra de uma foto em que o John Lennon está deitado peladão, abraçado à Yoko Modo, que está vestida? Ele está com uma perna sobre ela.

- O nome é Yoko Ono, pô!

- Você é ruim de entender ironia! É Yoko Modo mesmo, por que ela nunca foi nada além de dragão! Dragão de Komodo, entendeu?

- Puta merda! Mas, porque você está falando disso?

- Porque a Daniela Mercury reproduziu essa foto na capa de um disco dela. E quem está nua e com a perna sobre a companheira vestida é ela.

- Doidimais!

- Estava pensando outro dia sobre o aumento da visibilidade do pessoal LGBT. Não sei se a quantidade aumentou ou se estão mais desencanados.

- É verdade. Hoje a coisa mais comum é ver um casal gay de mãos dadas ou beijando em público, numa boa.

- E o legal é que muitos têm barba, cara de machão, marombados. Se estivessem sozinhos, ninguém saberia sacar sua preferência sexual.

- É mesmo! Meu pai disse que na sua época de criança, a meninada achava que gay era só aquele viadinho desmunhecado, que evaporava só de bater um ventinho.


- Hoje não para saber...

- Isso é outro dos seus trocadilhos?

- Não, mané. Aconteceu isso comigo.

- Alguém achou que você não era gay?

- Vá cagar, idiota! O que aconteceu é que eu estava no ponto do ônibus e chegou um sujeito bem aparentado, de barba e cara de machão. Perguntou se o ônibus tinha passado e foi puxando conversa.

- Aí você se apaixonou!

- Cara, você é chato pra caralho!

- E o que aconteceu?

- De repente, ele começou a me assediar.

- O que você fez, deu pra ele?

- Não, porra! Dei a resposta mais adequada para esse momento.

- "Eu necessito"?

- Não. Só disse -"Não rola". Talvez devesse ter dito -"Não rôla".

- Putaquipariu! Até para dizer "não" você faz trocadilho!

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

INANIMADOS MUITO ANIMADOS - 01

Dias desses meu filho foi a uma Comic-Con em BH e comprou vários livros de humor gráfico.  À medida que foi lendo ia me emprestando. Pelo que vi, tem uma meninada muito boa por aí. Eu falo “meninada” porque todos devem ser mais jovens que eu (o que não é muito difícil). Para mim, um sujeito cinco anos mais novo que eu ainda tem cheiro de fralda.

Pensando bem, alguns de minha idade ou mais velhos que eu também têm cheiro de fralda, mas estou me desviando do assunto (da fralda também).

Alguns são muito bons, mas um dos livros fez com que eu me sentisse em casa (já estava mesmo!). Autor e livro são, respectivamente Guilherme Bandeira e “Objetos InAnimados”.

Esse livro contem só cartoons com os objetos mais diversos em situações engraçadas e muito bem sacadas, várias delas criadas a partir de jogos de palavras. Nada mais jotabélico, concordam?

Daí me deu vontade de brincar graficamente com essa ideia também. Só espero que esse "menino" não tenha tido antes o mesmo pensamento. Vê aí.










TRILHA SONORA - ANEXO

Este post saiu por engano duas vezes (filho da puta!): no final da tarde de quinta feira e à zero hora de sexta-feira (hoje). Não sei se alguém chegou a vê-lo nas duas vezes, mas foi retirado porque na primeira vez eu ainda estava dando uma revisada nele. Na segunda vez (sacrilégio!) quatro ou cinco músicas foram cortadas na hora de copiar para o blog. Vamos ver se sai certo agora (o que, sinceramente,  não faz diferença nenhuma para ninguém, só para mim).

O Blogson era ainda um bebê de poucos dias quando eu abordei o assunto “trilha sonora”, que, aliás, é o título do post mencionado, a partir da suposição que as pessoas talvez tenham uma "trilha sonora" particular de suas vidas, músicas que funcionariam como marcadores de datas, lembranças ou emoções. Na época, até preparei uma relação de links para ouvir as músicas citadas da minha própria trilha. Por constrangimento e para não deixar o post muito grande, acabei deixando de fora essa lista.

Mas, como disse de forma magnífica o Mario Quintana, "nunca escrevi uma vírgula que não fosse uma confissão". Por isso, se alguém quiser ouvir uma parte do som que me guiou na juventude, é só usar os links abaixo (espero que os links ainda sejam válidos, pois deu trabalho procurar isso na época). Algumas músicas não foram mencionadas no texto, mas fizeram parte da minha vida também, ainda que sem estardalhaço.

E, claro, as músicas do final do anos sessenta e início dos setenta mostram que naquele momento eu era um autêntico bicho-grilo (antepassado do atual tilelê). Só não usava drogas. É isso.



João Gilberto - Trevo De Quatro Folhas
Frankie Laine - Jezebel
https://www.youtube.com/watch?v=dHvn1VH7q0E
Bolero de Ravel
https://www.youtube.com/watch?v=dZDiaRZy0Ak
Elvis Presley - Tutti Frutti
https://www.youtube.com/watch?v=zt6pESDSiW0
Brenda Lee – Jambalaya
Peter, Paul & Mary – Five Hundred Miles
Paul Anka - Put Your Head On My Shoulder
Bobby Vinton-Blue Velvet
https://www.youtube.com/watch?v=icfq_foa5Mo
The Beatles - I Want To Hold Your Hand
https://www.youtube.com/watch?v=ipADNlW7yBM
The Beatles - She Loves You
https://www.youtube.com/watch?v=-2uaMlIpph8
Trini Lopez – If I Had A Hammer
https://www.youtube.com/watch?v=FPtJtpTuMdI
Bobby Solo – Uma Lacrima Sul Viso
Rita Pavone – Datemi Un Martello
https://www.youtube.com/watch?v=TKTJ2NIO0yE
Trini López - Corazón De Melón
Jovem Guarda
Animals - House Of The Rising Sun
https://www.youtube.com/watch?v=MgTSfJEf_jM
Jacques Brel - Ne Me Quitte Pas
https://www.youtube.com/watch?v=Sk7_HY9svAw
Gilbert Bécaud - Et Maintenant
https://www.youtube.com/watch?v=PnWiMdY2NaU
Mama Cass Eliot - Dream A Little Dream Of Me
The Mamas & The Papas - Dream A Little Dream Of Me
Aline - Christophe
https://www.youtube.com/watch?v=3Y-vdsxmPTk
Scott Mckenzie - San Francisco
Steppenwolf - Born To Be Wild
https://www.youtube.com/watch?v=5UWRypqz5-o
Joe Jeffrey Group - My Pledge Of Love
https://www.youtube.com/watch?v=JhHuH4JUTXE
Shocking Blue - Venus
https://www.youtube.com/watch?v=aPEhQugz-Ew
Jimi Hendrix - All Along the Watchtower
https://www.youtube.com/watch?v=TLV4_xaYynY
Mungo Jerry - In The Summertime
https://www.youtube.com/watch?v=wvUQcnfwUUM
Richie Havens - Freedom
Canned Heat- Going Up The Country
https://www.youtube.com/watch?v=Luq3g47cbWI
Joe Cocker – Cry Me A River
https://www.youtube.com/watch?v=qjp_iG9vzEU
Eagles – Hotel California
https://www.youtube.com/watch?v=puHoadtIivc
B.B. King – Who Are You
https://www.youtube.com/watch?v=2WTRmEyajFY


Hoje, do baixo dos meus 65 anos, tirando funk, pagode, axé e sertanejo em suas várias versões, ouço quase tudo (não sobrou muita coisa, né?), mas, principalmente, os discos da carreira solo de George Harrison, João Gilberto e a turma da Bossa Nova (repetidas vezes) e, claro, rock.

O que não me impediu de descobrir sons muito interessantes através do rádio do carro e das sugestões de meus filhos. Sem forçar muito a barra, poderia indicar essas (o último link é de uma música que me faz crer que talvez a humanidade um dia possa viver sem bombas, sem terroristas e em paz). Vê aí:

Norah Jones (Filha Do Ravi Shankar) - Don't Know Why
Tulipa Ruiz - Às Vezes
Paulinho Moska - Somente Nela
Orquestra Brasileira De Música Jamaicana - O Guarani
Orquestra Brasileira De Música Jamaicana - Águas De Março
Dr. John – Makin’ Whoopy
Rod Stewart e Dolly Parton - Baby It's Cold Outside
Duke Ellington - Take The A Train
Willie Nelson - Stardust
Willie Nelson - Georgia On My Mind
Rhapsody in Blue (autor: George Gershwin)
https://www.youtube.com/watch?v=cH2PH0auTUU



PORVIR

Já adianto que o texto que será lido a seguir não foi escrito pelo personagem Jotabê, um sujeito que gosta de usar a terceira pessoa para falar de si próprio. 

Esse texto é a introdução de um post escrito por meu amigo virtual Azarão, imperador absoluto do blog "A Marreta do Azarão" e sniper verbal (ou literário), pois "atira" com muita eficiência e pontaria nos assuntos que o enfurecem. 

Se tem um cara que sabe escrever muito bem sobre a velhice - e não a fica chamando de terceira idade, melhor idade, feliz idade e outras escrotices - é o Jotabê, autor do excelente e espirituoso blog Blogson Crusoe.
Ele fala da velhice como o que ela é, algo natural, diz das óbvias limitações que ela traz, mas não faz isso em tom choroso ou de autocomiseração, faz de maneira leve, imprime - não sei se é intencional - um tom meio professoral, de quem dá conselhos aos mais jovens - 99,9% dos que o leem, segundo estimativa dele próprio -, eu nem diria conselhos, Jotabê dá umas dicas, uns toques, sem aquele ar solene de bronca e cobrança.

Vou repetir pela enésima vez: não sou criativo, sou reativo, tipo casa dos espelhos, pois deformo, modifico ou interpreto coisas que leio, escuto ou vejo. É o caso do texto transcrito acima (vou perder uma oportunidade dessas, de enaltecer minhas infinitas qualidades através da visão de outra pessoa? É nem que isso acontecerá!).

Falando é nem, lembrei-me do ENEM e de alguns jovens que conheço, aparentemente sem rumo, que deveriam ter feito as provas dessa seletiva. Aí pensei o que significa o ENEM para eles. Deve ser algo como Eu Naum Estudo Muito (se a grafia internética estiver errada, por favor, corrijam-me).

Mas voltemos ao tema deste post, porque não estou aqui para falar de jovens, estou aqui para falar da melhor idade (é uma delícia!), ou melhor, para esclarecer algumas coisas.

O Marreta acertou em parte quando disse que imprimo um tom meio professoral (HP Officejet 4500 Desktop).

Mas não sou professor (ele é que é), o que eu sou mesmo é arauto ou cronista. Eu sou que nem São João Batista, a voz que clama no deserto. E o que proclamo aos quatro ventos (queria entender que ventos são esses!) é o que acontece comigo e, por extensão, o que provavelmente acontecerá com os mais jovens. Então, o que eu sou mesmo é futurólogo, um divulgador do porvir (boa essa!).

Já disse em outro post que o futuro que espera essa moçada não é nada róseo, mas fui muito radical nessa avaliação. Pensando com mais calma, posso dizer que sim, o futuro pode ser róseo para os velhinhos. Pelo menos no babador que utilizarem na hora da papinha ou no lápis usado no Livro de Colorir trazido por algum familiar mais solidário e entregue com sorriso um pouco constrangido. Jardim Secreto, por exemplo, é uma gracinha! (Isso deve ser dito à moda Hebe, com os dentes bem fechados, como se estivesse mordendo um papel – ou a fronha, dependendo da preferência do freguês).


P.S. Para os velhinhos mais descolados, existe um Livro de Colorir que tem o sugestivo nome "Suruba para Colorir". Não estou mentindo! Quem quiser ver uma amostra, siga este link 

http://www.pop.com.br/comportamento/suruba-para-colorir-o-livro-que-reune-desenhos-eroticos-de-grandes-ilustradores/
  




quinta-feira, 19 de novembro de 2015

UM ESPÍRITA BAIXOU EM MIM?

Este post é só para tentar explicar a lógica que adoto na publicação de textos ou desenhos no Blogson.

A primeira coisa que me vem à cabeça é o fato de não ter lógica (consciente) nenhuma. Já disse que tenho uma “reserva técnica” de cinquenta textos e desenhos, escritos ou rabiscados em momentos distintos.

Além disso, ao contrário do titular do “Marreta do Azarão" que escreve à mão seus posts caudalosos, prefiro escrever direto no computador. E a razão é simples: mesmo que eu escreva à mão de forma bastante tranquila e sem hesitações, quase como se psicografasse a mim mesmo, sou o campeão da edição.

Depois de escrever direto no computador, releio os textos umas cinco vezes para avaliar o ritmo, corrijo umas dez vezes, mudo a ordem, excluo, faço o escambau. Se resolvesse fazer isso no papel não haveria caneta, caderno ou saco que desse conta.

Então, em regra geral, os posts quando saem, já estão curtidos, maturados, mesmo que a qualidade continue sendo jotabélica. Às vezes saem na mesma data em que foram produzidos; em outras, demoram dias, semanas ou até meses (lembrou-se da reserva técnica?). Quando resolvo postar de primeira, em geral fico puto com o resultado e chego até a excluir o post (como já aconteceu).

Assim, mesmo que a alternância de estados de espírito pareça uma coisa meio esquizofrênica, a explicação é que em 90% das vezes os posts já estavam prontos. Mas os sentimentos exibidos em cada um são genuínos e legítimos (sou um exibicionista emocional). Este texto, por exemplo, surgiu de um comentário que fiz no post “Soltando o Verbo”. Excluí essa minha resposta, editei, ampliei, reescrevi, modifiquei, troquei a ordem dos parágrafos, enfim: fiz o cacete a quatro antes de sair esta bosta que estão lendo.

Agora, por que resolvo divulgar esse ou aquele texto, não faço a mínima ideia. Vai ver, na hora, baixa um santo na minha cabeça. Sei lá, um “Xico Chavier”, quem sabe? Ê, ê, mizifio!

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

PREFERÊNCIA

Para mim, pedofilia é a coisa mais nojenta que existe. Acredito que seja esse o sentimento da maioria das pessoas normais. Por mim, deviam cortar o saco e o pau de todo pedófilo comprovado. Mas uma piadinha ruim nunca é ruim. 

Sabe qual bebida os pedófilos talvez mais apreciem? Whisky barato. Qual o motivo? Porque tem só oito anos.



SOLTANDO O VERBO

Acho que já disse isso antes de outra forma, mas não tenho certeza. Como gente velha é muito repetitiva, vou correr o risco. Aliás, velho não gosta muito de correr riscos, velho gosta mesmo é de andar (duh!).

Não sei ao certo o que me move quando escrevo alguma coisa. No início, ou melhor, depois dos cinquenta, a minha inquietação fez com que eu divagasse sobre minhas dúvidas, minhas angústias, meu medo da morte. O tempo rolou e eu passei a viajar menos na maionese, mas cismei de fazer piadinhas e contar lembranças, causos. No início, torturando apenas meus filhos, expandindo depois para suas namoradas e esposas, amigos, sobrinhos, irmã, colegas.

Aí a coisa ficou meio compulsiva, com o envio maciço de bobagens e trocadilhos ridículos. Acredito que isso se deva a uma forma branda de TOC – Transtorno Obsessivo Compulsivo. Não importa. O fato é que demonstrei ser um mala, uma mala sem alça e sem classe, da feira de domingo da Afonso Pena, do Paraguai. Se ainda fosse uma legítima Louis Vuitton...

Falando sério, eu já fiquei chateado ao me dar conta que expus meus filhos ao constrangimento de ver seus amigos e amores descobrir que o pai deles é um sujeito bobo, vulgar, infantilizado, um velho sem noção, teimando em comportar-se como um jovem sem noção. Péssimo.

Creio que por uma vontade doentia de aparecer e de ser "engraçado", eu sempre acabo resvalando para a pura babaquice. Alguém pode (talvez) dizer que este texto é movido por uma baixa autoestima. Para que a verdade se estabeleça, entretanto, eu preciso dizer que meu comportamento paranoide e vulgar, esse sim, é fruto de baixa autoestima e insegurança.

Se eu fosse bom e legal, divertido e espirituoso, eu não precisaria obrigar as pessoas a ver essas qualidades (claro, se elas existissem realmente). Agindo de outra forma, eu sempre acabarei comportando-me como um imbecil que talvez apenas constranja e envergonhe seus familiares.


BERÇO ESPLÊNDIDO

Quando releio o que já postei nas seções “Papo Cabeça” e “Falando Sério” às vezes eu acho que sou o campeão das reflexões óbvias e sem originalidade ou profundidade, porque boa parte do que já escrevi enquadra-se tranquilamente no estilo “acaciano”. O que me consola um pouco nessa história é que não usei a técnica copia/ cola; tudo o que divulguei saiu (talvez fosse melhor dizer escorreu) da minha cabeça.

Este texto é mais um desses. Não tem nada de novo, original ou brilhante. É só um texto sério com a qualidade Jotabê  bobo, descartável e sem graça.


Às vezes eu vejo pessoas lamentando que o Brasil, um país tão “cheio de recursos naturais” esteja sempre em situação de vulnerabilidade econômica ou social – e elas têm razão. Este é mesmo um país de imensos recursos naturais, mas nem parece que é assim. Outro dia, depois de ouvir mais uma cantilena (antiga essa, não?), mais uma choramingada desse tipo, fiquei pensando que não há nada de anormal nessa situação.

Quando chegou a época do vestibular, sabia que minha única opção era ser aprovado na UFMG, pois meu pai não tinha condição de pagar uma faculdade particular para mim. Mesmo assim, comecei a estudar de forma meio displicente. Uma desilusão amorosa (término de namoro) fez com que eu mudasse a forma de encarar o desafio. Passei a estudar muito, ao ponto de estudar até em pleno sábado à noite.

O resultado disso foi obter ótima classificação no primeiro vestibular unificado da Universidade Federal de Minas Gerais. Passar bastante bem classificado poderia indicar um futuro profissional tranquilo e de sucesso. Para isso, bastaria que eu continuasse estudando normalmente, em um ritmo pelo menos igual a 60% do adotado para entrar na faculdade.

Infelizmente, isso não aconteceu. Falta de maturidade, displicência e irresponsabilidade gigantesca fizeram que eu me formasse em um dos últimos lugares. O reflexo disso foi uma permanente insegurança que me acompanhou durante toda a vida profissional.

Praticamente recém-formado, ouvi do dono da empresa de onde estava sendo demitido que tinha “muito potencial”, pois era inteligente, etc. Trinta anos depois, ouvi o mesmo comentário enquanto era comunicado de minha transferência para outro setor da empresa (para onde eu não queria ir!).

Aparentemente, “potencial” é uma coisa que nunca me faltou. O diferencial é a forma como “usei” esse potencial.

A mesma coisa acontece com os “recursos naturais” do país. De nada adianta sua abundância se não há um aproveitamento decente para eles.

Tal como aconteceu comigo, falta planejamento integrado e de longo prazo (estudo), falta bom senso aos governantes e políticos (maturidade) e sobra corrupção, empreguismo e falta de foco (irresponsabilidade).

Com potencial para ser “o país do futuro”, o Brasil permanecerá “deitado eternamente” enquanto privilegiar soluções provisórias ou equivocadas, do tipo “tabelamento de preços”, “pedaladas fiscais” e outras gracinhas. 

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

SÓ VOU CONTAR ATÉ TRÊS!

-        Que você está lendo aí?

-        Um artigo super legal sobre o povo mais primitivo do mundo.

-        Lendo sobre história de família, né?

-        Vá à merda! Troglodita aqui é você, mané!

-        E quem é essa gente? Aluno de escola pública em prova do ENEM?

-        Não fala isso! Olha que doido: é uma tribo brasileira, brother!

-        Só podia ser! E o que eles têm de especial?

-        Os caras só sabem contar até três! Na língua deles é assim: "um", "dois" e “muitos”!

-        Caraca!, os caras devem ser super da paz!

-        Por que você está falando isso?

-        É que se um ficar puto com o outro, o pau come de cara!

-        Já acordou bêbado?

-        É sério! Como eles poderão contar até dez para se acalmar?

-        Cara, você é muito doente!

ALELUIA!

  Há muito tempo, deixei de comentar as notícias que lia nos grandes portais da internet. Esses comentários recebiam títulos como "Come...