segunda-feira, 9 de novembro de 2015

A VELHICE É UMA ÉPOCA DE TREVAS

A velhice é uma época de trevas! Nada melhor para começar um texto que usar uma frase de impacto, especialmente se é verdadeira. Frases assim causam a maior comoção, fazem a bolsa de valores despencar e provocam palpitações nas pessoas de alma mais sensível.

Mas enganam-se aqueles que imaginam que estou me referindo de forma metafórica ao cerco progressivo das trevas que assolam a velhice enquanto as luzes da juventude vão aos poucos se apagando. Tô nem aí, como diz a música.

As trevas a que me refiro são reais, assim como as luzes. Creio já ter falado antes sobre um conhecido que quer porque quer parecer mais novo do que realmente é. E o bacana é que utiliza métodos que sempre me surpreendem, como criar um perfil no Facebook e indicar uma idade três anos menor que a real.

Tenho por esse cara grande "apreço" (talvez devesse dizer há preço, pois sua vida gira em torno de dinheiro - quanto ganha, quanto gastou, etc.), pois cada novo caso que escuto sobre ele sempre faz aumentar o desprezo que lhe devoto. Por exemplo, quando fiquei sabendo que depois de uma briga com os filhos, ameaçou pedir exame de DNA de cada um.

Uma das últimas proezas foi começar a pintar os cabelos, brancos na quase totalidade. Em sua defesa, preciso reconhecer que muitos velhinhos também fazem isso, esquecidos que o rosto é um autêntico retrato de Dorian Gray (ou black ou brown, que são as cores que utilizam).

Pois bem, esse conhecido descobriu um método eficiente para disfarçar a brancura capilar. As mulheres (e os gays, talvez) usam "luzes" nos cabelos, um sistema de tintura que cria o efeito de reflexos delicados na cabeleira (pesquisei sobre isso, pô!). Pois bem, alguém teve a ideia de fazer "trevas", que é a criação de mechas pretas na juba branca, criando o efeito grisalho.

Agora, apesar da barriga obscena, só falta esse conhecido aplicar botox ou coisa parecida nos lábios, para ficar como as peruas televisivas (lembrei-me da Gretchen), com suas bocas de pato.

Eu disse pata? Bem pensado! Se essa for a nova surpresa do meu conhecido, só poderei exclamar quando encontrá-lo: PATA QUI PAREU!!!



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