sexta-feira, 6 de novembro de 2015

MÁ PARTILHA - J. R. GUZZO

Este blog já postou trechos de um artigo publicado na revista VEJA, de autoria desse jornalista. O resultado foi transformar-se no post mais acessado de todos os mais de quatrocentos já publicados no Blogson (com mais de três vezes o número de visualizações do segundo colocado!).

Na edição 2450 dessa revista (04/11/2015) ele foi novamente, simplesmente genial. Depois de ler o artigo de sua autoria, não resisti: precisava transcrever pelo menos um trecho de um texto absurdamente bom, pois com ele tornei-me fã incondicional de J. R. Guzzo. Esse sabe escrever! Quem quiser ler o artigo em sua íntegra, precisa comprar a revista (ou pedir emprestado), talvez ainda seja possível. Olhaí:


Após treze anos no poder, o PT e a esquerda se tornaram a mais agressiva de todas as forças que hoje atuam contra as mudanças indispensáveis para o avanço social do Brasil. São defensores intransigentes de aberrações como o "ensino superior gratuito" – um prodígio de injustiça pelo qual a empregada doméstica paga a universidade pública dos filhos da patroa. Não admitem a mínima reforma no mais selvagem sistema de concentração de renda hoje em vigor no mundo – a Previdência Social brasileira, que gasta mais dinheiro com 950000 aposentados do funcionalismo público do que com 27 milhões de cidadãos que passaram a vida trabalhando fora do governo. Chamam de "conquista social" o que é privilégio. Confundem pleno emprego com emprego a qualquer custo – e se tornam, com isso, os grandes incentivadores do barateamento do trabalho neste país. Vivem em guerra contra o lucro das empresas, incapazes de entender que empresas sem lucro não contratam nem aumentam salários. Ignoram que a única hora em que o trabalhador fica em posição de vantagem é quando as empresas estão indo bem, pois só aí investem; só quando investem, aumentam a oferta de emprego – e só aí precisam pagar mais pela mão de obra. Lula, Dilma e o PT acham que "o governo" tem dinheiro para "distribuir", quando a sua única fonte de recursos é o dinheiro dos outros – é inevitável que um dia falte,pois não pode ser reproduzido por vontade divina, e nessas horas os que menos receberam são os primeiros chamados a devolver o pouco que lhes foi dado, como se vê na recessão de hoje. Não admitem que só o bom funcionamento da economia de mercado é capaz de criar e aumentar renda. São os inimigos número 1 do mérito individual como gerador de progresso. Não aceitam a ideia de que a desigualdade tem de ser combatida com a garantia de oportunidades iguais para todos, e não com a distribuição automática dos mesmos resultados - que têm, obrigatoriamente, de variar segundo o talento e o esforço de cada um.
O Brasil que o PT quer é esse. Não pode dar certo.


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