Para encerrar esta série sobre meus avós maternos, uma espécie de "Memórias Sentimentais de Jotabê", resolvi postar as fotos que recebi de minha irmã. Como já disse antes,
imagens, lembranças, documentos preservados servem para manter
"vivas" as pessoas comuns, anônimas. Mas não vejo problema nenhum em fazer alguma
piada ou comentário irônico sobre elas, pois o sentimento principal que tenho por essa gente é carinho, mesmo nunca tendo conhecido alguns. Assim, em vez de ficar
enrolando, passemos às apresentações.
A primeira imagem é a "restauração"
daquela foto incrível apresentada na parte 2 desta série. Sinceramente, alguns
"ficaram bem na foto", mas a feiura da maioria (minha avó incluída) é
constrangedora, fazendo-me pensar em uma "Família Adams"
cabocla.
Sobre essa foto minha irmã fez o seguinte
comentário ao enviá-la: "A outra foto (não é xerox) é um retrato desse
retrato original e o fotógrafo fez por conta própria uma
"restauração" ridícula; colocou óculos no bisavô, um vestido na Tia
Anita que é a do retratinho colado e modificou a fisionomia dela também, um
troço muito tosco". Só posso acrescentar: e com sobrancelhas de
Frida Kahlo!
Os próximos retratos mostram a mãe de minha avó já
bem velhinha. Segundo minha tia Aidê, sua avó "Dindinha" morreu em 01/07/1948. Curiosamente, seu rosto envelhecido não combina com sua imagem
mais nova, na fotografia restaurada. E a expressão de desencanto, mesmo que minha avaliação não seja correta, faz pensar que é fruto das "estripulias imobiliárias" cometidas
pelos próprios filhos.
Com meu bisavô a coisa é quase surreal, pois teria morrido talvez em 1917(!), pouco tempo depois dessa fotografia e antes do casamento de minha avó.
Com meu bisavô a coisa é quase surreal, pois teria morrido talvez em 1917(!), pouco tempo depois dessa fotografia e antes do casamento de minha avó.
Os últimos retratos mostram meu avô ainda muito
novo – talvez com uns trinta anos (olha o estilo do sapato!) – e minha avó, já
velhinha (talvez já no início da demência), com seu jornal, onde sempre procurava
"imóveis para comprar". É com essa imagem que lembro-me dela dançando quadrilha ao som de "Your mother should know".
Estupendo trabalho, JB. Por mais capítulos e séries como essa. É tão difícil e importante achar quem consiga ver/transmitir as coisas como são, e mais ainda quem consiga ver a beleza dos detalhes que quase sempre são negligenciados pela memória que o tempo faz questão de varrer.
ResponderExcluir"J"
Obrigado pelo comentário. Dentro de algumas semanas pretendo divulgar outra série familiar, dessa vez traçando o perfil dos irmãos de minha mãe. Mas estou meio travado, pois talvez alguns nem tenham casos assim divertidos que mereçam ser registrados. Há também o fato de que a maioria ainda está viva, o que inibe um pouco. Mas já tenho o título: OS FILHOS DE FRANCISCO (E JULIETA). Obrigado mais uma vez. Valeu!
ExcluirE quem é você naquela foto da família?
ResponderExcluirConsiderando que a foto foi feita em 1917 ou 1918 e eu nasci em 1950, eu estava parcialmente no DNA de minha avó, que nem havia casado ainda. (corta o álcool!)
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