tag:blogger.com,1999:blog-22058426616677188672024-03-29T10:12:04.458-03:00Blogson CrusoeO blog da solidão renovadaJotabêhttp://www.blogger.com/profile/14925216667676727880noreply@blogger.comBlogger2833125tag:blogger.com,1999:blog-2205842661667718867.post-23629090896931904582024-03-29T00:00:00.017-03:002024-03-29T00:00:00.249-03:00CUNEIFORME<div style="text-align: justify;"> <br /><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">Você já parou para pensar qual foi a maior
conquista da humanidade? Talvez você diga “não”, por ter mais o que fazer, por
estar focado no trabalho ou no desenvolvimento pessoal, por ser avalista de um
cunhado desmiolado, por aí. Por ser aposentado “raiz”, daqueles que não fazem
porra nenhuma, eu dei-me ao luxo de pensar nesse assunto.<br /></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"><o:p> <br /></o:p></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">Para começar, tentei identificar as maiores
conquistas para depois decidir qual delas – na minha opinião! – seria a maior
de todas. E a lista que fiz foi esta: a conquista do fogo, a invenção da roda,
a domesticação de animais e a invenção da escrita. Só pesos pesados, concordam?<br /></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"><o:p> <br /></o:p></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">Entendo ser difícil determinar uma única
"maior conquista" da humanidade, mas eu não estou aqui para escrever
um tratado de antropologia ou coisa semelhante. Meu negócio é só exercitar o
cérebro e – com muita sorte – divertir as cinco ou seis pessoas que acessam
este blog. Vamos lá.<br /></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"><o:p> <br /></o:p></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">A conquista do fogo pode ter sido crucial
para a evolução do sapiens, ao permitir o cozimento de raízes e alimentos de
difícil digestão. Permitiu também uma maior proteção contra predadores, aqueceu
e iluminou as cavernas utilizadas pelos primeiros humanos. Mas fico pensando
que mesmo sendo uma conquista fundamental, foi mais fruto do acaso, foi mais um
insight que um processo refletido, pensado, criado. Até hoje nossos primos
primatas não utilizam o fogo e estão muito bem, obrigado.<br /></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"><o:p> <br /></o:p></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">A domesticação de animais colocou o filé à
parmegiana ao alcance da mão e facilitou o transporte de cargas mais pesadas
que os escravos conseguiam suportar, além de agilizar o contato de um ponto a
outro. Se o Pheiddipedes tivesse um cavalo ele não precisaria correr 42,195 quilômetros
nem ter caído duro depois de correr a mesma distância de volta entre Esparta e
Atenas. Claro, nem teria inspirado a criação da prova mais longa do atletismo
moderno.<br /></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"><o:p> <br /></o:p></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">Mesmo que a invenção da roda tenha revolucionado
o transporte e permitido a construção de veículos cada vez mais sofisticados e
especializados, nunca é demais lembrar que os povos andinos não utilizavam a
roda a não ser quando escorregavam e desciam rolando aquelas pirambeiras.<br /></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"><o:p> <br /></o:p></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">E chegamos à invenção da escrita pelos
sumérios, um povo que criou há 6.000 anos a mais antiga das civilizações, uma
civilização que além da escrita cuneiforme, desenvolveu métodos eficientes de
irrigação, de construção e sistemas numéricos e de medição. A divisão da hora em
sessenta minutos e do minuto em sessenta segundos veio de lá.<br /></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"><o:p> <br /></o:p></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">Mas o que realmente me encanta e fascina é a
invenção da escrita, por ser um “luxo” teoricamente dispensável. Para mim, o
criador desse “luxo” de 6.000 anos está seguramente entre os
maiores inventores da história da humanidade, pois a escrita não é um produto
de primeira necessidade (como atestam as redes sociais de hoje). É uma invenção
sofisticada que deve ter merecido muita dedicação e inteligência para ser
imaginada e desenvolvida. Quem a desenvolveu elevou-se acima da vulgar
realidade cotidiana para criar uma forma de registrar genealogias, operações
comerciais, preces e lendas.</span></div><div style="text-align: justify;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">E é para esse gênio do passado que
eu – que escrevo cada vez pior, que cada vez mais agrido a gramática, esqueço
palavras e atropelo a concordância – que eu respeitosa e carinhosamente rendo
minha homenagem por ter sido o primeiro (outros, em outras línguas fizeram depois o mesmo) a criar a maior conquista da humanidade.<br /> </span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"><o:p> </o:p></span></div>
Jotabêhttp://www.blogger.com/profile/14925216667676727880noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2205842661667718867.post-84807263854441952322024-03-27T06:33:00.016-03:002024-03-27T11:23:19.864-03:00VIÚVAS DE MARIDO VIVO<div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;"><span face="Arial, "sans-serif"" style="font-size: 12pt; text-align: justify;">Talvez por ter achado muita graça do medo de
ser preso do nosso ex-pres, que o levou a passar dois dias na embaixada da
Turquia, lembrei-me de um caso contado por minha mulher.<br /></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"> <br /></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">Um dia, durante uma conversa despreocupada,
uma de suas amigas desmistificou a ideia da “adorável mãezinha”:<br /></span><i><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">- Minha
mãe sempre foi uma pessoa má; não é porque envelheceu que se tornou boazinha,
ela sempre foi ruim!<br /></span></i><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"> <br /></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">É interessante observar como a maioria das pessoas
reage diante de uma velhinha enrugada, encurvada e sorridente. Para os mais
jovens uma idosa assim é vista como a personificação da bondade, da santidade.
Como diria alguém que conheci, <i>“é porra
nenhuma!”<br /></i></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"> <br /></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">Assim são as “viúvas” do Bolsonaro, assim
foram as “viúvas” do Lula enquanto ele esteve preso. Aparentam ser amistosas e cordiais, mas nem sempre são. Cheias de rancor, parecem nunca se conformar
com a “perda” de seus ídolos. Fecham a cara, emburram e ficam de mal, bastando para isso que alguém mais sensato e menos radical critique ou faça piadas sobre as atitudes condenáveis de seus
mitos. “Viúvas” que parecem minimizar ou relativizar as más qualidades ou intenções
daqueles que idolatram.<br /></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"> <br /></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">Essas pessoas me fazem lembrar das velhinhas
que, com terço na mão, participaram no longínquo ano de 1964 das gigantescas
marchas da “Família com Deus pela Liberdade”, sem saber que a primeira coisa a acontecer
seria justamente a perda da Liberdade.<br /></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"> <br /></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">Sempre achei patético
esse tipo de comportamento anestesiado dos radicais de direita ou de esquerda e
a única coisa que consigo sentir é pena dessas “velhinhas”, dessas “viúvas de
marido vivo”.</span></div>
Jotabêhttp://www.blogger.com/profile/14925216667676727880noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-2205842661667718867.post-16296523601517543952024-03-26T10:34:00.006-03:002024-03-27T10:09:29.371-03:00 DEU NO NEW YORK TIMES<div style="text-align: justify;"> <br /><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">DEU NO NEW YORK TIMES<br /></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"><o:p> <br /></o:p></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">No dia 25 de março o jornal homenageado pelo
Jorge Benjor publicou a seguinte notícia:<br /></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"><o:p> <br /></o:p></span><i><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">On Feb. 8, Brazil’s federal police
confiscated former President Jair Bolsonaro’s passport and arrested a pair of
his former aides on accusations that they had plotted a coup after
Mr. Bolsonaro lost the 2022 presidential election.</span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"><o:p> <br /></o:p></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">Four days later, Mr. Bolsonaro was at the
entrance to the Hungarian Embassy in Brazil, waiting to be let in, according to
the embassy’s security-camera footage, which was obtained by The New York
Times.</span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"><o:p> <br /></o:p></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">The former president appeared to stay at the
embassy for the next two days, the footage showed, accompanied by two security
guards and waited on by the Hungarian ambassador and staff members. Mr.
Bolsonaro, a target of various criminal investigations, cannot
be arrested at a foreign embassy that welcomes him, because they are legally
off-limits to domestic authorities.</span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"><o:p> <br /></o:p></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">The stay at the embassy suggests that the former
president was seeking to leverage his friendship with a fellow far-right
leader, Prime Minister Viktor Orban of Hungary, into an attempt to evade the
Brazilian justice system as he faces criminal investigations at home.</span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"><o:p> <br /></o:p></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">The Times analyzed three days’ worth of
footage from four cameras in the Hungarian Embassy showing that Mr. Bolsonaro
arrived late on Monday, Feb. 12, and left the afternoon of Wednesday, Feb. 14.
In between, he mostly stayed out of sight.</span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"><o:p> <br /></o:p></span></i><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"><i>The Times verified the footage by matching it
with images of the embassy, including satellite imagery that showed the car in
which Mr. Bolsonaro arrived parked in the driveway on Feb. 13.</i><br /></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"><o:p> <br /></o:p></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">Que em língua de gente significa:<br /></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"><o:p> <br /></o:p></span><i><span face="Arial, "sans-serif"" style="font-size: 12pt;">Em 8 de fevereiro, a polícia federal do
Brasil confiscou o passaporte do ex-presidente Jair Bolsonaro e prendeu dois de
seus ex-assessores sob acusações de que haviam planejado um golpe após o Sr.
Bolsonaro perder a eleição presidencial de 2022.</span><span face="Arial, "sans-serif"" style="font-size: 12pt;"><o:p> <br /></o:p></span><span face="Arial, "sans-serif"" style="font-size: 12pt;">Quatro dias depois, o Sr. Bolsonaro estava na
entrada da Embaixada da Hungria no Brasil, aguardando para entrar, de acordo
com as imagens das câmeras de segurança da embaixada, que foram obtidas pelo
The New York Times.</span><span face="Arial, "sans-serif"" style="font-size: 12pt;"><o:p> <br /></o:p></span><span face="Arial, "sans-serif"" style="font-size: 12pt;">O ex-presidente pareceu permanecer na
embaixada nos dois dias seguintes, mostraram as imagens, acompanhado por dois
seguranças e atendido pelo embaixador húngaro e membros da equipe. O Sr.
Bolsonaro, alvo de várias investigações criminais, não pode ser preso em uma
embaixada estrangeira que o acolhe, porque elas são legalmente proibidas para
as autoridades domésticas.</span><span face="Arial, "sans-serif"" style="font-size: 12pt;"><o:p> <br /></o:p></span><span face="Arial, "sans-serif"" style="font-size: 12pt;">A estadia na embaixada sugere que o
ex-presidente estava buscando usar sua amizade com um líder de extrema direita,
o primeiro-ministro Viktor Orban da Hungria, para tentar escapar do sistema
judiciário brasileiro enquanto enfrenta investigações criminais em casa.</span><span face="Arial, "sans-serif"" style="font-size: 12pt;"><o:p> <br /></o:p></span><span face="Arial, "sans-serif"" style="font-size: 12pt;">O Times analisou imagens de três dias de
quatro câmeras na Embaixada da Hungria, mostrando que o Sr. Bolsonaro chegou
tarde na segunda-feira, 12 de fevereiro, e saiu na tarde de quarta-feira, 14 de
fevereiro. No intervalo, ele ficou principalmente fora de vista.</span><span face="Arial, "sans-serif"" style="font-size: 12pt;"><o:p> <br /></o:p></span></i><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"><i>O Times verificou as imagens comparando-as
com imagens da embaixada, incluindo imagens de satélite que mostravam o carro
em que o Sr. Bolsonaro chegou estacionado na entrada em 13 de fevereiro.</i><br /></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"><o:p> <br /></o:p></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"><o:p> <br /></o:p></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">E DEU NA IMPRENSA BRASILEIRA<br /></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"><o:p> <br /></o:p></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">Em fevereiro de 2024 os diversos órgãos da
imprensa noticiaram que o O general Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da
Defesa do governo de Jair Bolsonaro (PL) chamou o ex-comandante do Exército,
general Freire Gomes, de <i>“cagão”</i> ao saber que ele não aceitou participar do
suposto plano de golpe de Estado.<br /></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"><o:p> <br /></o:p></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"><o:p> <br /></o:p></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">COMENTÁRIO<br /></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"><o:p> <br /></o:p></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">Que posso dizer sobre essas duas notícias? Na
minha opinião, O Braga Neto pode até ter usado a <i>“munição” </i>correta, mas acho que apontou para o <i>"alvo"</i> errado, concordam?.<br /></span><o:p> </o:p></div>
Jotabêhttp://www.blogger.com/profile/14925216667676727880noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2205842661667718867.post-51392988128229243972024-03-25T10:20:00.004-03:002024-03-25T11:42:49.232-03:00PREGABALINANDO UMA HISTÓRIA<div style="text-align: justify;"> <span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"><o:p> <br /></o:p></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">Como já disse algumas vezes, eu gosto de
contar histórias e “causos”, mas sou péssimo para imaginar enredos. Por isso
minhas histórias são relatos do que vi, ouvi ou protagonizei. E este é mais um
caso do tipo.<br /></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"><o:p> <br /></o:p></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">Talvez os seis leitores mais ou menos
frequentes deste blog saibam que tenho andado muito cansado e mentalmente
esgotado por impossibilidade de ter um sono contínuo, reparador. Ao contrário, meu sono tem sido fatiado em períodos de três, duas e até uma hora.<br /></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"><o:p> <br /></o:p></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">Por isso, para relaxar, pensei em pedir ao ChatGPT para
escrever uma história mirabolante, sem pé nem cabeça. Mas o resultado foi um
desastre, pois era uma história bobinha falando de <span style="background: white;">uma cidade no meio do deserto onde os pássaros tinham asas de prata e as
árvores cresciam de cabeça para baixo. Havia ainda chuvas de pirulitos, nuvens
de algodão doce, unicórnios malvados e todo tipo de idiotices mais adequadas a
uma história para crianças de seis anos.<br /><o:p></o:p></span></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; font-size: 12pt;"><o:p> <br /></o:p></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; font-size: 12pt;">Decepcionado e puto com o
resultado, resolvi escrever minha própria história com alguns dos personagens da
bobagem original. E aí fui desconstruindo algumas situações. Cidade no meio do
deserto é quase um clichê; por que não um deserto no meio da cidade?<br /></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; font-size: 12pt;"><o:p> <br /></o:p></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; font-size: 12pt;">O anel de edificações foi
uma consequência óbvia que me levou ao nome dado à cidade - <i style="mso-bidi-font-style: normal;">“</i></span><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">As-ovdeuolde”<span style="background: white;"> (</span></span></i><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; font-size: 12pt;">ou<i style="mso-bidi-font-style: normal;"> “ass of the world”)</i> e cu do mundo, seu apelido carinhoso. O nome
oficial do Mineirão é Estádio Magalhães Pinto, do Maracanã é Mario Filho, mas
alguém se lembra dos nomes oficiais?<br /><o:p></o:p></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; font-size: 12pt;"><o:p> <br /></o:p></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; font-size: 12pt;">E continuei inventando
idiotices trocadilhos de quinta série e quinta categoria, que é o tipo de humor
que mais gosto de ler e de tentar fazer. Mas eu precisava definir como tinha chegado
àquela cidade esquisita.<br /></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; font-size: 12pt;"><o:p> <br /></o:p></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; font-size: 12pt;">Foi aí que surgiu a
pregabalina, medicamento que minha mulher tomou para combater a dor intensa que
sentia. Mas começou a delirar tanto que, deitada na cama, ficava tentando pegar
alguma coisa no ar. Acreditando que estava falando com nosso filho mais novo,
perguntou-me onde estava o Zé (eu). Todos achamos graça dessas pirações, mas logo
abandonamos esse remédio com várias indicações, mas totalmente do capeta.<br /></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; font-size: 12pt;"><o:p> <br /></o:p></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; font-size: 12pt;">E foi delirando que visitei
aquela cidade alternativa. Precisando também de alguma coisa menos “insensata”
para fechar a história e sair da alucinação, resolvi transcrever um pequeno
trecho do Livro do Apocalipse, escrito por quem estava bêbado ou drogado, e finalizei com os versos da música <i>Alucinação</i>, do do Belchior. Por isso não há como criar outras histórias delirantes.</span></div>
Jotabêhttp://www.blogger.com/profile/14925216667676727880noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2205842661667718867.post-47316417674119565522024-03-24T00:28:00.001-03:002024-03-25T10:19:06.811-03:00PREGABALINA<div style="text-align: justify;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">Como eu estava esguichando ansiedade, alguém
recomendou que eu usassse pregabalina. Até pensei que seria uma pomada com propriedades, digamos, <i>anestésicas</i>, mas não era. Era um danado dum
comprimido que provoca alucinação. E mesmo que meu nome não seja Belchior eu
viajei na maionese, uma viagem que me levou a uma cidadezinha <i>sui gênero</i>.<br /></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"> <br /></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">A cidade não fica no meio de um deserto, é o deserto, um deserto de idéias e areia</span><span style="font-size: 16px;"> </span><span style="font-size: 16px;">que fica no meio da cidade</span><span style="font-size: 12pt;">. E por detestarem areia sem praia,
nem mesmo para a prática de vôlei de praia, os habitantes foram edificando seus
prédios em torno do deserto. E esse anel é tão perfeito que as autoridades
com aquela velha mania de homenagear desconhecidos que ninguém conhece
resolveram dar à cidade que se chamava Nada o pomposo nome de As-ovdeuolde, um brilhante cientista local, morto ao fazer sua primeira experiência. Mas os moradores, graças ao anel
urbanístico assim formado, chamam sua cidade – mesmo que ela nunca venha – de
cu do mundo.</span></div><div style="text-align: justify;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"> <br /></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">Por ser uma cidade com pouca renda e outros
aviamentos, os autoritários resolveram transformá-la em um polo turístico para
esotéricos, hippies velhos, bichos-grilos, tilelês, maconheiros, loucos mansos
e todo tipo de gente que sonha com um mundo para chamar Dirceu.<br /> </span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"> <br /></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">A primeira providência foi chamar uma moradora
com dotes artísticos, para pintar um trecho da borda do deserto, um arco de
circunferência. Mas a tinta escolhida acabou e a artista se viu forçada a usar
várias cores para realçar o arco. E o resultado ficou tão expressivo que os
moradores mandaram pintar “Arco da Iris” (Iris era o nome da pintora) em uma
placa indicativa do lugar (subjuntiva também). Resolveram também arranjar uns
unicórnios para dar mais sorte ao município.<br /></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"> <br /></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">O problema é que os unicórnios arranjados
eram apenas uns pangarés usando um chifre falso, um corno feito em impressora
3D. Acho que foi daí que surgiu a expressão cornucópia. Arranjaram também uns
pássaros sem asa, da família das pombas rolas, só para dar sentido ao ditado de
que mais vale um pássaro na mão que dois presos na gaiola. E por serem mansos,
muita gente quis pegar as rolas na mão.<br /></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"> <br /></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">Para completar as atrações turísticas,
arranjaram um sapateiro-cantor que cantarola “tu pisavas nos astros distraída”
enquanto costura estrelas em seus sapatos.<br /></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"> <br /></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">A cidade conta (e reconta) com um pintor do
vento, como ele mesmo se define. Em dias de vendavais e com a ajuda de uma
pistola ele joga a tinta para o alto, na esperança que a cidade fique com uma
cor local, mas só as roupas nos varais indicam se obteve sucesso ou não.<br /></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"> <br /></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">Por sempre viverem no mundo da lua a
principal diversão da gentalha que mora naquela cidade é fazer luaus e tomar
aluá enquanto admiram seu deserto de ideias.<br /></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"> <br /></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">Estava passeando pela cidade quando vi <i>uma estrela que havia caído do céu sobre a
terra. Foi-lhe dada a chave do poço do abismo. Ela abriu o poço do abismo
e de lá subiu uma fumaça, como a de uma imensa fornalha, de tal modo que
escureceu o sol e a atmosfera. e da fumaça saíram gafanhotos que se
espalharam sobre a terra, e foi-lhes dado um poder semelhante ao dos escorpiões
da terra.<br /></i></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"> <br /></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">Fiquei tão assustado com aquele meta-delírio
apocalíptico (é, porque delírio dentro de delírio ninguém aguenta!), que comecei
a voltar para o mundo real, pronto para conviver com a realidade apocalíptica que
os meios de comunicação exibem em seus noticiários.<br /></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"> <br /></span><span face="Arial, "sans-serif"" style="font-size: 12pt; text-align: justify;">Enquanto a consciência ia voltando, comecei a
pensar que </span><i style="font-family: Arial, "sans-serif"; font-size: 12pt; text-align: justify;">“a minha alucinação é suportar
o dia a dia, o meu delírio é a experiência com coisas reais”</i><span face="Arial, "sans-serif"" style="font-size: 12pt; text-align: justify;">. E fim.</span> </div>
Jotabêhttp://www.blogger.com/profile/14925216667676727880noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2205842661667718867.post-75338544258682593942024-03-22T01:00:00.027-03:002024-03-22T05:15:26.834-03:00 MINHA SINA É ME DECEPCIONAR<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><div><span style="font-family: Arial, "sans-serif";"><br /></span></div><div><span style="font-family: Arial, "sans-serif";">Em uma de suas últimas entrevistas, Millôr
Fernandes soltou uma de suas frases definitivas: <i>“Ninguém que ambiciona o poder deixa de ser um filho da puta! Pode ser
um pouco mais ou um pouco menos. Mas o homem de bem, no sentido genérico e
universal da palavra “bem”, não ambiciona o poder”</i>.<br /></span><span style="font-family: Arial, "sans-serif";"><o:p> <br /></o:p></span><span style="font-family: Arial, "sans-serif";">Talvez por isso minha sina seja me
decepcionar com os políticos em quem votei e homens públicos que admirei. Sem
perder tempo com motivos e comentários, farei apenas uma lista de algumas
dessas decepções:<br /></span><span style="font-family: Arial, "sans-serif";"><o:p> <br /></o:p></span><span style="font-family: Arial, "sans-serif";">José Serra, Joaquim Barbosa, Aécio Neves,
Antonio Palocci, Sérgio Moro, Deltan Dallagnol, Jair Bolsonaro e, naturalmente,
Luiz Inácio Lula:<br /></span><span style="font-family: Arial, "sans-serif";"><o:p> <br /></o:p></span><span style="font-family: Arial, "sans-serif";">Esse aí deixei para o final, só por causa dos
móveis “sumidos” do Palácio do Planalto. No início do ano passado, Seu Lula e
dona Janja criaram um barraco porque 261 móveis do Palácio da Alvorada estavam
sumidos. Claro, só podia ser culpa do Bozo. Sem apresentar provas, o Lula
chegou a afirmar que os ex-ocupantes do Alvorada haviam “levado tudo”. Depois
de novo levantamento, descobriu-se que não faltava nenhum.<br /></span><span style="font-family: Arial, "sans-serif";"><o:p> <br /></o:p></span><span style="font-family: Arial, "sans-serif";">Essa notícia foi divulgada no dia 20 de março
de 2024. Seria prova de civilidade se o Lula se desculpasse por qualquer
acusação feita sobre isso por ele ou dona Janja ao Bozo no “calor da emoção”.
Mas ele ficou caladinho. O problema é que esse levantamento terminou em
setembro de 2023!!!!<br /></span><span style="font-family: Arial, "sans-serif";"><o:p> <br /></o:p></span><span style="font-family: Arial, "sans-serif";">Reconhecer que errou é sinal de grandeza de
espírito. E ele teve tempo para isso. Cadê a transparência, Lula, onde está a
humildade de reconhecer que se precipitou? Como bem ensinou J. Cristo<i>, "todo aquele que se exaltar será
humilhado, e todo aquele que se humilhar será exaltado" (Lc 14:11).<br /></i></span><span style="font-family: Arial, "sans-serif";"><o:p> <br /></o:p></span><span style="font-family: Arial, "sans-serif";">E eu, que votei nele, não poderia ficar mais
decepcionado. Se ele se finge de morto por causa de alguns móveis usados, como
poderei confiar nele em assuntos mais importantes? <br /></span><o:p> </o:p></div>
<br /></span></div>
Jotabêhttp://www.blogger.com/profile/14925216667676727880noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-2205842661667718867.post-29940085387427589832024-03-21T00:06:00.003-03:002024-03-21T00:06:00.142-03:00A EPOPÉIA DE GILGAMESH<div style="text-align: justify;"> <span style="font-size: large;"><br /><span face=""Arial","sans-serif"">Vocês, jovens leitoras e leitoras, já ouviram
falar de Gilgamés ou Gilgamech? E Ut-napisti ou Utnapishtin? Até alguns anos
atrás eu não conhecia e creio que pouquíssimas pessoas já ouviram falar deles.
Sem querer bancar o gato mestre – até por ser esta uma expressão muito antiga -,
os dois nomes citados pertencem à que é considerada a mais antiga obra
literária da humanidade, escrita pelos sumérios há mais de 4.000 anos.<br /> </span><span face=""Arial","sans-serif""><o:p> <br /></o:p></span><span face=""Arial","sans-serif"">Não vou dar spoiler, mas o trecho do “livro”
que fala de Ut-napisti é tão surpreendente que me deixou pirado ao tomar
conhecimento dessa história. Anos depois, mais precisamente em 07/02/2015,
publiquei um post com o trecho que me deixara chapado. Então, poderá perguntar o
leitor ou leitora mal humorada, para que publicar outro post sobre "mais do
mesmo"?<br /> </span><span face=""Arial","sans-serif""><o:p> <br /></o:p></span><span face=""Arial","sans-serif"">E eu vos direi que o motivo foi ter descoberto
na internet o texto completo da <i>“Epopéia de Gilgamesh”</i>, que será meu próximo
livro a ser encarado. Afinal, uma história de mais de 4.000 anos merece um
mínimo de deferência. Em outras palavras, é uma obra “preferencial”, assim como
eu.<br /></span><span face=""Arial","sans-serif""><o:p> <br /></o:p></span><span face=""Arial","sans-serif"">Deixando a goma de lado, se alguém quem quiser se
encantar com a história de Ut-napisti basta seguir este link:</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span face=""Arial","sans-serif""><a href="https://blogsoncrusoe.blogspot.com/2015/02/deuses-tumulos-e-sabios.html">https://blogsoncrusoe.blogspot.com/2015/02/deuses-tumulos-e-sabios.html</a></span></div><div style="text-align: justify;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"><br /></span></div>
Jotabêhttp://www.blogger.com/profile/14925216667676727880noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2205842661667718867.post-57622352050762607082024-03-19T12:11:00.001-03:002024-03-19T12:11:00.136-03:00A INCAPACIDADE DE SER VERDADEIRO - CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE<div style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;"> <br /><span style="font-family: Arial, "sans-serif";">Paulo tinha fama de mentiroso. Um dia chegou em
casa dizendo que vira no campo dois dragões da independência cuspindo fogo e lendo
fotonovelas.<br /></span><span style="font-family: Arial, "sans-serif";"><o:p> <br /></o:p></span><span style="font-family: Arial, "sans-serif";">A mãe botou-o de castigo, mas na semana seguinte
ele veio contando que caíra no pátio da escola um pedaço de lua, todo cheio de buraquinhos
feito de queijo, e ele provou e tinha gosto de queijo. Desta vez Paulo não só ficou
sem sobremesa como foi proibido de jogar futebol durante quinze dias.<br /></span><span style="font-family: Arial, "sans-serif";"><o:p> <br /></o:p></span><span style="font-family: Arial, "sans-serif";">Quando o menino voltou falando que todas as borboletas
da Terra passaram pela chácara de Siá Elpídia e queriam formar um tapete voador
para transportá-lo ao sétimo céu, a mãe decidiu levá-lo ao médico. Após o exame,
o Dr. Epaminondas abanou a cabeça:<br /></span><span style="font-family: Arial, "sans-serif";"><o:p> <br /></o:p></span><span style="font-family: Arial, "sans-serif";">– Não há nada a fazer, Dona Coló. Este menino
é mesmo um caso de poesia.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><span style="font-family: Arial, "sans-serif";"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><span style="font-family: Arial, "sans-serif";"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, "sans-serif"; line-height: 115%;"><span style="font-size: large;"><i>(Poesia e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1988)</i></span></span></div>
Jotabêhttp://www.blogger.com/profile/14925216667676727880noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2205842661667718867.post-16122347478496621282024-03-19T00:19:00.000-03:002024-03-19T00:19:03.410-03:00ME CANSEI DE LERO LERO<div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, "sans-serif"; font-size: 12pt;">Cansei. Literalmente, cansei. Ao ser criado,
o Blogson era um refúgio alegre, bem-humorado e despreocupado, onde eu desovava
meu humor de quinta série, meus desenhos de jardim de infância e todo tipo de
besteirol que surgia em minha mente. Infelizmente, não é mais.</span></div>
<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;"> <br /></span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Hoje, cada vez mais decepcionado com as
pessoas, com os políticos, com a política, fui ficando amargo, rançoso, velho,
envelhecido. E isso fez meus comentários e textos estacionarem em um nível que
não me agrada. O que eu tinha para dizer de interessante ou engraçado está
contido nos posts mais antigos, não nos mais recentes (esta é uma dica de
leitura).<br /></span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;"> <br /></span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Dizem que política é a arte do possível, mas,
se isso for verdade, o Brasil está ferrado, porque os políticos e homens
públicos brasileiros são uma fonte inesgotável de decepções, tristeza e
desânimo para os eleitores que não estão chumbados no concreto das ideologias.
Pelo menos no Brasil, a política e os políticos são o buraco negro das ilusões
perdidas.<br /></span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;"> <br /></span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Até agora, eu ainda me dispunha a comentar em
outros blogs visões diferentes das minhas, mas a não divulgação de alguns
desses comentários mostrou que pouco importa o que eu penso e digo; o que
realmente importa é o que digo em sintonia com o autor do texto que me dispus a
comentar. Ora, se isso é verdade, para que comentar alguma coisa? Não quero
aplaudir de graça qualquer idiotice publicada. Melhor é tomar sorvete, ler um
livro, dormir à tarde. Ou, como disse Torquato Neto, o bom é <i><span style="background: white;">“desafinar o
coro dos contentes”.<br /><o:p></o:p></span></i></span><i><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;"><o:p> <br /></o:p></span></i><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Por isso, decidi que a partir de hoje não
comentarei mais nada em nenhum dos blogs que ainda tenho paciência de acessar.
E vou fazer uma confissão: muitas vezes eu fiz comentários sem nenhuma vontade,
só para provocar uma reação igual nos posts qye publiquei. Em outras palavras,
eu me prostitui emocional e intelectualmente ao fazer comentários que não tinha
a mínima vontade de fazer, só para conseguir maior acesso ao Blogson. Por isso,
a partir de hoje, os 2,3 leitores desta bagaça ficam desobrigados de fazer
qualquer tipo de comentário no <i>blog da
solidão renovada</i> (ou ampliada).<br /></span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;"> <br /></span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Outras mudanças ainda acontecerão, mas, por
enquanto, isso já basta.<br /></span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;"> </span></div>
Jotabêhttp://www.blogger.com/profile/14925216667676727880noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2205842661667718867.post-83084881939038875992024-03-18T07:00:00.001-03:002024-03-18T07:00:39.837-03:00RESPOSTA GRANDE...<div style="text-align: justify;"> <br /><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">Que o mundo, apesar de lindo, sempre foi um
lugar ameaçador para se viver, talvez pouca gente ignore. Oculta em suas
paisagens estonteantes sempre existiu uma ameaça natural à espreita. Lindo com
um tigre e, como ele, extremamente perigoso. E foi nesses ambientes que a espécie
humana desenvolveu suas técnicas de sobrevivência, sua esperteza,
oportunismo e violência.<br /></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"><o:p> <br /></o:p></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">Infelizmente a seleção natural errou a mão e
o acaso fez também surgir a crueldade, a ambição, a intolerância, a crendice, a
maldade e o sadismo, transformando-nos na espécie animal mais desprezível e
perigosa já criada.<br /></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"><o:p> <br /></o:p></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">Um dos dois leitores desta bagaça pode estar
se perguntando por que eu me intoxico tanto com overdoses de leite com toddy
(gelado, por favor), mas eu explico. </span><span style="font-size: 16px;">O Blogson tem uma "<i>cláusula pétrea"</i> que estabelece que </span><i style="font-size: 16px; mso-bidi-font-style: normal;">“resposta grande vira post”</i><span style="font-size: 16px;">.</span><span style="font-size: 12pt;">E já disse que não mais queria falar de
política neste blog, mas vou usá-la só para fazer onda.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;">Tudo começou com minhas
ironias, críticas e comentários às duas mais recentes publicações que li no blog </span><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-style: normal;"><i>“A Marreta do Azarão”. </i>A mais fresquinha trata do</span><span style="font-size: 12pt;"> lançamento
(é isso mesmo, não é </span><i style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-style: normal;">fake news</i><span style="font-size: 12pt;">?) do
perfume </span><i style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-style: normal;">“Jair Bolsonaro”</i><span style="font-size: 12pt;"> (que mau
gosto!).</span></div><div style="text-align: justify;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"><o:p> <br /></o:p></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">Para quem não sabe, o titular desse blog é o
que mais se aproxima do que entendo por “amigo virtual”. Não somos, claro, pois
ele já me “cancelou” em seu blog por divergência de pensamento ideológico
(vejam vocês!), enquanto eu nunca o excluí - talvez porque a sina dos moderados
é tentar entender os radicais. E ele é. Mas tive também o azarão de admirar
seus dotes literários, sua ironia e seu sarcasmo.<br /> </span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"><o:p> <br /></o:p></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">Por isso e só por isso, mesmo não tendo nenhuma simpatia pelo PT, às vezes comento seus
libelos inflamados contra o atual presidente (já está no trigésimo) ou faço
provocações que o deixam enfurecido. O problema é que às vezes ele erra a mão e
sai um <i style="mso-bidi-font-style: normal;">PraTo</i> mal cozido ou mal
temperado, como o mais recente. E é nessas ocasiões que eu cutuco <i style="mso-bidi-font-style: normal;">a vara com onça curta</i>, tentando
avacalhar seu raciocínio intoxicado. </span><span style="font-size: 12pt;">E foi o que aconteceu com o post do “perfume” a ser lançado.</span><span style="font-size: 12pt; mso-spacerun: yes;"> </span><span style="font-size: 12pt;">Transcrevendo o comentário e a réplica:</span></div><div style="text-align: justify;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"><o:p> <br /></o:p></span><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">Não
consigo deixar de achar graça do ato falho (ou fálico) do perfumista ao dizer
"Eu dei tudo de mim". Mas, para mim, a "identidade
olfativa" correta seria cheiro de pólvora e de golpe. Sem nenhuma
elegância.<br /></span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"><o:p> <br /></o:p></span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">Vejo
que a idade não lhe roubou o olfato, ele continua aguçadíssimo, tanto quanto
delirante, afinal, consegue sentir o cheiro de um golpe que não aconteceu e o
da pólvora de tiros que nunca foram dados.<br /></span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">Curioso
que esse seu faro de sabujo não tenha captado o cheiro de morte e de sangue nas
mãos do PT nos casos Celso Daniel, Eduardo Campos, Teori Zavascki e, mais
recentemente, Mariele Franco etc, quando votou no "moderado", no
mafioso que reocupa o Planalto.<br /></span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"><o:p> <br /></o:p></span></i><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">O divertido nessa história é perceber que o comentário do Marreta valida uma <i style="mso-bidi-font-style: normal;">“lei comportamental”</i>
que eu criei e que chamei primeiro de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">“Lei
de Smurf</i>” (para brincar com a sonoridade da<i style="mso-bidi-font-style: normal;"> “Lei de Murphy” </i>e renomeada depois para<i style="mso-bidi-font-style: normal;"> “Primeira Lei de Jotabê</i>) e cujo enunciado é este:<br /></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"><o:p> <br /></o:p></span><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">Se você
criticar a atitude de alguém, sempre encontrará quem tente amenizar ou
justificar o comportamento da pessoa criticada com fatos e argumentos que nada
tem a ver com o objeto da crítica.<br /></span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"><o:p> <br /></o:p></span></i><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">Eu estava ironizando o perfume do odioso Bozonaro e você vem com acusações ao PT! Mas fique tranquilo, meu caro Marreta, vou
dizer o que penso do seu comentário. Os assassinatos de Celso Daniel e de
Mariele Franco são duas tragédias nacionais que exigem punição exemplar para os
mandantes e os executores. Já supor que os desastres aéreos com o juiz Teori Zavascki e o
pré-canditato Eduardo Campos atenderam aos planos de poder do PT é (até agora)
viajar em mais uma teoria da conspiração.<br /></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"><o:p> <br /></o:p></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">O que penso e creio disso tudo é que o mundo com seu desfile eterno de putins, trumps, maduros, netanyahus, e todo tipo de idiotas e tiranos de várias nacionalidades e ideologias é uma miséria. A ambição dos homens é uma miséria, a crueldade dos homens é uma
miséria, este país é uma miséria, a espécie humana é uma miséria. E essa miserabilidade
sempre acabará transformando a vida dos povos do mundo em tragédia, independente de quem
estiver no poder.<br /></span><o:p> </o:p></div>
Jotabêhttp://www.blogger.com/profile/14925216667676727880noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2205842661667718867.post-78924001087600568022024-03-17T07:42:00.006-03:002024-03-17T07:42:41.520-03:00VIAGEM<div style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;"> <br /><span style="font-family: Arial, "sans-serif";">Já vejo meus setenta e quatro anos se
aproximando, prontos para substituir ou aniquilar os desgastantes setenta e
três, vividos com dor, perplexidade e medo. Espero que a nova idade seja mais
gentil comigo.<br /></span><span style="font-family: Arial, "sans-serif";"><o:p> <br /></o:p></span><span style="font-family: Arial, "sans-serif";">Mas não preciso dela para perceber que o
tempo passou. E nem me iludo que ele volte apoiado em plásticas que não farei e
em cabelos que não tingirei. Amores passados, amigos falecidos, oportunidades
desprezadas, nada disso retornará. Não adianta nem é saudável sentir saudade do
que passou.<br /></span><span style="font-family: Arial, "sans-serif";"><o:p> <br /></o:p></span><span style="font-family: Arial, "sans-serif";">Hoje eu me vejo como se estivesse dentro de
um veículo em movimento, um avião, um carro, um metrô. O veículo se move, mas
eu estou imóvel dentro dele. Não estático, mas parado, quieto. Ele se move, mas
eu não. Para mim o tempo que vivo é o que está dentro do veículo e o nome desse
veículo é Presente. </span></span></div>
Jotabêhttp://www.blogger.com/profile/14925216667676727880noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2205842661667718867.post-88016333280631466812024-03-15T18:12:00.002-03:002024-03-15T22:19:14.042-03:00SENHA<div style="text-align: justify;"> <br /><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">Estou sentado em uma ala do hospital dedicada
à ortopedia. Já retirei a senha para atendimento e mantenho os olhos fixos no painel, esperando que meu número seja logo chamado, pois a consulta foi agendada para
as 8h e já são 8h07. Não gosto de me atrasar para nada e sou super ansioso. A
título de brincadeira, digo que deveria ter nascido prematuro, pois minha
ansiedade parece ter surgido antes de mim.<br /></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"><o:p> <br /></o:p></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">Os desconhecidos que também esperam ser
chamados sorriem condescendentes. Acordei às 4h, rolei na cama até as 5h,
levantei-me, fiz o café e esperei chegar as 6h para ir à padaria comprar o pão
nosso de cada manhã. Por isso, a espera para que minha senha surja no painel
torna-se um pouco enervante.<br /></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"><o:p> <br /></o:p></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">À minha frente acontece um desfile constante
de braços na tipoia, botas ortopédicas, joelhos enfaixados, cadeiras de rodas
de vários tipos e tamanhos, pés e pernas engessadas, muletas, bengalas e todo
tipo de artefato que minore o sofrimento e desconforto de quem nunca antes
tinha precisado desse suporte.<br /></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"><o:p> <br /></o:p></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">Minha senha finalmente é chamada. Apresento a
carteira do convênio, assino alguns papeis e espero, espero. Um raio X é
pedido, nova senha é tirada e eu espero, espero. Volto ao médico que diz estar
tudo bem. pede para já agendar a retirada de pontos “para a próxima semana”.
Mais uma senha é emitida e eu espero, espero, espero. A espera é tão longa que
muitos desistem de esperar e vão-se embora. Saio do hospital às 11h45. O que imaginava ser
apenas uma consulta transformou-se em exercício de resignação e paciência.
Gostaria que existisse também uma senha para refazer a vida!</span></div>
Jotabêhttp://www.blogger.com/profile/14925216667676727880noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2205842661667718867.post-73131075006731606282024-03-14T09:36:00.002-03:002024-03-14T11:23:56.314-03:00FARMÁCIA<div style="text-align: left;"><span style="font-size: medium;">Três vezes por dia, duas vezes, uma vez por dia<br />Em jejum, de manhã, à tarde, ou à noite</span></div><div style="text-align: left;"><span style="font-size: medium;">Durante sete dias ou em todos os dias</span></div><div style="text-align: left;"><span style="font-size: medium;">Todos os dias, todos os dias, todos os dias.</span></div><div style="text-align: left;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: left;"><span style="font-size: medium;">Formatos, cores e tamanhos variados<o:p> <br /></o:p>Pomadas, cremes, cápsulas, pílulas, sprays, ampolas,
adesivos<br />Para dor leve ou moderada, intensa ou neuropática<br />Náuseas, diabetes, hipertensão, depressão, ansiedade, esofagite<br /><o:p> <br /></o:p>Algodão, Allegra, Aradois, Betrat, Colecalciferol<br />Clorexidina, Deller, Diamicron, Divena, Durogesic, Eliquis<br />Forxiga, Furosemida, Glifage, Hidratante, Lenço umedecido<br />Loratadina, Massageol, Metadona, Micropore<br /><o:p> <br /></o:p>Milgamma, Miosan, Morfina, Mud, Nesina, Novalgina<br /> Nutren, Pamelor,
Pepsamar, Polaramine, Prednisona<br />Pregabalina, Qtern, Quetiapina, Restiva, Sanador, Targin</span></div><div style="text-align: left;"><span style="font-size: medium;">Tramadol, Transtec, Trok G, Tylex e Vonau<br /><o:p> <br /></o:p>Fortificantes, vitaminas, complementos, suplementos<br />Diuréticos, analgésicos, antiinflamatórios,
antihistamínicos<br />Anticonvulsivantes, antialérgicos, antipiréticos,
anticoagulante<br />Anticonstitucionalissimamente. <span face=""Calibri","sans-serif"" style="line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">Tirando isso, estamos bem.</span></span></div>
Jotabêhttp://www.blogger.com/profile/14925216667676727880noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-2205842661667718867.post-16659557054655117422024-03-12T18:24:00.008-03:002024-03-12T20:35:12.031-03:00O BESTEIROL VOLTOU!<div style="text-align: justify;"> <br /><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">Sabe quantas palavras você precisa conhecer para
ser fluente em uma língua estrangeira? De duas mil a três mil. Mas se quiser
manter um lero com um escritor, um intelectual, precisa de um vocabulário de
até 50.000 palavras.<br /></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"><o:p> <br /></o:p></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">Eu nunca tive essa pretensão, principalmente
por tropeçar na minha própria língua. E para passar vergonha no crédito ou no
débito é melhor ser monoglota. Estou dizendo isso na esperança que você conheça
a fábula da raposa e as uvas.<br /></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"><o:p> <br /></o:p></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">Mas uma situação de que não posso fugir é o
fato de estar perdendo vocabulário, justamente aquele adquirido através das
leituras que fiz e dos livros que li. Se essa perda continuar a acontecer
talvez eu tenha de tomar aulas com minhas netas de cinco e seis anos, que
sempre me encantam e surpreendem ao empregar palavras que muitos adultos nem
conhecem, como quando uma delas disse para a mãe estar “abismada” com alguma
coisa.<br /></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"><o:p> <br /></o:p></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">Ter um bom vocabulário é sinal, portanto de
boas leituras e convivência com gente culta e com boa instrução formal. Dito de
outra forma, a linguagem que você utiliza é fruto ou influência do meio em que
vive.<br /></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"><o:p> <br /></o:p></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">Lá no início do blog eu escrevi um texto
brincando com as palavras utilizadas por alguns grupos evangélicos. E disse “brincando”
por ter apenas a intenção de fazer rir os “2,3 leitores” do blog. A introdução do
post já indicava a motivação: <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Já notei
que os evangélicos da linha neopentecostal apropriam-se de algumas palavras de
uso comum e dão a elas uma conotação puramente religiosa. Para acabar com essa
mesmice, imaginei uma releitura de algumas palavras “eleitas”. Vê aí:<br /></i></span><span style="background: yellow; mso-bidi-font-size: 12.0pt; mso-highlight: yellow;"><o:p> <br /></o:p></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">Se
alguém se interessar em conhecer esse besteirol o link é este:<br /></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"><a href="https://blogsoncrusoe.blogspot.com/2014/11/glossario-evangelico.html">https://blogsoncrusoe.blogspot.com/2014/11/glossario-evangelico.html</a></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="background: yellow; mso-bidi-font-size: 12.0pt; mso-highlight: yellow;"><br /></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">Como
talvez saibam os cinco ou seis leitores que ainda acessam esta bagaça, fiquei
quatro dias confinado dentro de um hospital por conta de uma cirurgia a que
minha mulher se submeteu. Nesse meio tempo, já cansado de ler os livros que
levei, deixei a mente <i style="mso-bidi-font-style: normal;">“devagar”</i>
(divagar com lentidão) e pensar besteiras, aproveitando enquanto o cérebro não
vira geleia (até já arrumei um apelido para meu cérebro deteriorado: <i style="mso-bidi-font-style: normal;">“zéleia”</i>). E aí saíram mais algumas
releituras (muito fraquinhas!) de palavras que ouço ou leio nas redes sociais
(nestes tempos politicamente corretos preciso deixar claro que não critico a fé
de ninguém que as utiliza). Olhaí<br /></span><span style="background: yellow; mso-bidi-font-size: 12.0pt; mso-highlight: yellow;"><o:p> <br /></o:p></span><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">Apóstolo:
Lembra o aviso de um juiz de prova de atletismo ou natação aos competidores – “Todos
a póstolos!”<br /></span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">Bispo: Peça
de jogo de tabuleiro que só anda na diagonal. Alguns têm comportamentos tão
condenáveis que bem mereceriam um xadrez para chamar de seu. Com cadeado pelo lado de fora.<br /> </span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">Glória:
nome de atriz da TV. Mas também pode ser de cantora: Glória Groove<br /></span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">Livramento:
Como todo mundo sabe, é um glorioso município mineiro com população de 43 mil
pessoas<br /></span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">Milagres:
sobrenome da atriz Gorete, criadora da hilária personagem Filó<br /></span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: rgb(246, 247, 249); font-size: 12pt;">Varoa: Imagino que seja a pronúncia lusitana para baroa;
batata baroa ou mandioquinha<br /></span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: rgb(246, 247, 249); font-size: 12pt;">Varão: Sei não, não curto. Por via das dúvidas vire o varão
para outro lado. Eu, heim?<br /></span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: rgb(246, 247, 249); font-size: 12pt;">Ungido: Ungido? Eu não sei o que é, só sei que parece com
“mugido”. Deve ter alguma coisa em comum, pois tem sempre um pastor “berrante”
perto de um mugido (ops, errei, pois o certo é ungido)<br /></span></i><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: rgb(246, 247, 249); font-size: 12pt;"><o:p> <br /></o:p></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: rgb(246, 247, 249); font-size: 12pt;">Pensando bem, talvez
tivesse sido melhor continuar sem publicar nada, E, sinceramente, é o que pretendo tentar fazer a partir de agora. 2.820 posts publicados, um tanto excluído, acho que está bom.</span></div>
<p class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"><o:p> </o:p></span></p>Jotabêhttp://www.blogger.com/profile/14925216667676727880noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2205842661667718867.post-14693325642450970092024-03-04T07:34:00.003-03:002024-03-04T07:35:41.651-03:00ATÉ O DIA QUE DER<div style="text-align: justify;"><span><span style="font-size: large;"> </span><br /><span style="font-size: large;"><span face="Arial, "sans-serif"">Acho que a <i>“aglomerada solidão”</i> em que vivo
(usando o verso de Tom Zé) leva-me a querer conversar com alguém que não seja
parente. Talvez seja esta a explicação dos posts do Blogson sempre lembrarem
uma conversa de doido manso, de quem fala sozinho, com as paredes. Este início
já comprova minha suspeita.<br /></span><span face="Arial, "sans-serif""><o:p> <br /></o:p></span><span face="Arial, "sans-serif"">Não tenho nada para publicar no blog nem sei quando voltarei a publicar alguma
coisa, pois esta semana mexerá com minha cabeça e com minha rotina. Precisarei
me organizar para arrumar a casa (literalmente) e tomar algumas providências antes
de uma cirurgia que está para acontecer (e depois também).</span></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span face="Arial, "sans-serif"" style="font-size: large;"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><span><span face="Arial, "sans-serif"">Talvez possa imitar os grandes jornais que ao ter artigos e reportagens censurados durante os governos militares, publicavam receitas de bolo na primeira página. Mas acho que não dará certo, pois já estou meio bolado (jogo de palavras vagabundo!).<br /></span><span face="Arial, "sans-serif""><o:p> <br /></o:p></span><span face="Arial, "sans-serif"">Gostaria muito que cinco dos seis leitores
que ainda acessam este blog em processo acelerado de erosão curtissem as
postagens mais antigas do Blogson (o sexto já conhece tudo). As “safras” de
2014 a 2020 são as melhores e mais criativas.<br /></span><span face="Arial, "sans-serif""><o:p> <br /></o:p></span><span face="Arial, "sans-serif"">Aos que gostam de poesia eu sugiro que
acessem o marcador <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Literatices – versos.</i>
Se quiserem rir um pouco (pode ser de pena de mim) sugiro os marcadores<i style="mso-bidi-font-style: normal;"> Sem noção, Diálogos de spamtar e Produção
terceirizada</i> (onde encontrarão mais de dez posts dedicados ao genial Millôr
Fernandes).<br /></span><span face="Arial, "sans-serif""><o:p> <br /></o:p></span><span face="Arial, "sans-serif"">Se quiserem conhecer um pouco da minha
história e de meus amigos e parentes o marcador <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Memória</i> é porto seguro para isso.<br /></span><span face="Arial, "sans-serif""><o:p> <br /></o:p></span><span face="Arial, "sans-serif"">E se quiserem conhecer minhas experiências
com humor gráfico é só acessar o marcador <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Eu
não sei desenhar</i> (</span></span><span>uma das minhas HQs prediletas é </span><i>Fiat Lux!"</i><span>, uma releitura que fiz da lenda bíblica de Adão e Eva).</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><span face="Arial, "sans-serif""><o:p> <br /></o:p></span><span face="Arial, "sans-serif"">Então é isso. Até qualquer dia, até o dia que
der. See you later, aligator!</span></span></div>
Jotabêhttp://www.blogger.com/profile/14925216667676727880noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-2205842661667718867.post-71155119112422000172024-03-03T08:22:00.021-03:002024-03-03T08:22:00.135-03:00TRISTE SINA<div style="text-align: justify;"> <br /><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">Acabei de ver no canal Arte1 um documentário sobre
o cartunista Hergé e seu personagem <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Tintim
(“Tantan”).</i> Hergé desenhou as histórias em quadrinhos do jovem repórter Tintim
durante mais de 50 anos. Em algum momento desse tempo – e o documentário destaca
isso – sentiu-se escravizado pelo personagem, como mostra o desenho feito por ele:
o personagem Tintim está com um flagelo na mão enquanto o autor se esforça para
criar as histórias. O que tinha sido prazer havia se tornado uma obrigação.</span></div><div style="text-align: justify;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEioldas0GMZ99k8Z2S2OALmz2NNkRrOwWe-w14J67IeQYBbvgeWXbyy60AMIgMRJhFAaWxFaAi4oS0MyOox-tadKxOzOwGdPb-dZiAMuL9WI-UItFf2U722eSY96Iqg7OweK1zCssRpM64HmsY_fdouVyHJl-gD9yR16irCea6omeRnPi9JAa40vUtLpzuC/s570/herg%C3%A9.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="color: black;"><img border="0" data-original-height="323" data-original-width="570" height="289" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEioldas0GMZ99k8Z2S2OALmz2NNkRrOwWe-w14J67IeQYBbvgeWXbyy60AMIgMRJhFAaWxFaAi4oS0MyOox-tadKxOzOwGdPb-dZiAMuL9WI-UItFf2U722eSY96Iqg7OweK1zCssRpM64HmsY_fdouVyHJl-gD9yR16irCea6omeRnPi9JAa40vUtLpzuC/w511-h289/herg%C3%A9.png" width="511" /></span></a></div><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"><o:p> <br /></o:p></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">Segundo matéria encontrada na internet, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">“Hergé dedicou toda a sua vida a Tintim, e nem
sempre foi fácil. ‘Tintin sou eu: meus olhos, meus pulmões, meus sentimentos, minhas
entranhas!’ ele explicou para justificar por que não queria que mais ninguém continuasse
as aventuras de seu personagem principal depois que ele morresse.<br /><o:p></o:p></i></span><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"><o:p> <br /></o:p></span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">Mas ele
era um homem atormentado, consumido pelo trabalho, preocupado com a espiritualidade
e obcecado em alcançar a perfeição - um homem muito mais complexo do que se pensava
há muito tempo. E, como muitos grandes artistas, a fama não fez nada para diminuir
o seu fardo”.<br /></span></i><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"><o:p> <br /></o:p></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"><o:p> <br /></o:p></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">Já observei que esse desconforto em continuar
fazendo o que os tornou famosos não é uma raridade entre grandes artistas, mesmo
que possa ser um sentimento transitório. Em 2016, incomodado pela pouca inspiração
para escrever textos atraentes ou engraçados (essa reclamação vem de longe!), escrevi
um post de onde tirei trechos que republico aqui.<br /></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; font-size: 12pt;"><o:p> <br /></o:p></span><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; font-size: 12pt;">Você sabe o que Joaquín Salvador Lavado Tejon, Henrique de Souza
Filho, William B. Watterson II e Arnaldo Angeli Filho têm em comum? Não sabe nem
quem são eles? Vou aliviar um pouco: eles são mais conhecidos como Quino, Henfil,
Bill Watterson e Angeli. Melhorou agora? Ainda está complicado? Difícil, heim??<br /></span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"><o:p> <br /></o:p></span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; font-size: 12pt;">Esses quatro cavalheiros são os cartunistas que criaram os personagens
Mafalda, Os Fradinhos, Calvin e Hobbes (ou Calvin e Haroldo) e Rê Bordosa. Agora,
se você disser que ainda está em dúvida, acho que seu negócio é procurar uma revista
Caras para ler (folhear, melhor dizendo) ou dedicar-se mais um pouco ao seu grupo
de WhatsApp.<br /></span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"><o:p> <br /></o:p></span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; font-size: 12pt;">Falando um pouco mais sério, os quatro cartunistas citados têm
em comum, além da genialidade, o fato de em algum momento terem parado de desenhar
seus personagens. Quino afirmou que não voltaria a desenhar Mafalda agora porque
"os jovens de hoje estão desiludidos e não querem mudar o mundo para melhor,
ao contrário da década de 1970, quando nasceu a personagem".<br /></span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; font-size: 12pt;"><o:p> <br /></o:p></span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; font-size: 12pt;">Há quem diga que Angeli "matou" a Rê Bordosa porque
a popularidade da personagem ficou tão grande "que ela estava perdendo a sua
essência e que os editores queriam torná-la produto para a grande massa, tornando
sua linguagem simples e estampando-a em lancheiras, cadernos e outros produtos.
Sendo assim, o cartunista teria resolvido dar cabo da vida da porra-louca.<br /></span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; font-size: 12pt;"><o:p> <br /></o:p></span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; font-size: 12pt;">Henfil ficou meio dividido: primeiro, o fradinho Baixim deu uma
banana para os leitores do Pasquim e saiu de cena. O fradinho Cumprido pôde então
se esbaldar, até ver que o Baixim tinha voltado. Ao abraçá-lo, vem um caminhão e
mata os dois, que param sucessivamente no céu e no inferno, tendo sido expulsos
dos dois. Não me lembro mais se continuaram a ser desenhados no Pasquim, pois o
Henfil foi para os Estados Unidos, voltou, criou a revista Fradim (com histórias
hilariantes dos fradinhos) e morreu.<br /></span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; font-size: 12pt;"><o:p> <br /></o:p></span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; font-size: 12pt;">O certo é que em algum momento esses artistas geniais pararam
definitivamente de desenhar seus personagens. Cada um teve seu motivo e saber qual
foi não vem ao caso. A única certeza é que eram magníficos, reflexivos, engraçadíssimos,
sensacionais, sucessos de público e de crítica.<br /></span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"><o:p> <br /></o:p></span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; font-size: 12pt;">Quando criei o Blogson por sugestão de um dos filhos, a primeira
coisa que me ocorreu foi aproveitar as toneladas de bobagens que tinha encaminhado
para minha família e mais três amigos. Isso até que funcionou, pois me diverti bastante
divulgando posts diários, revisando, alterando, descartando, enxugando, ampliando,
etc. Até hoje ainda tenho algum lixo inédito. Alguns, jamais poderei divulgar, pois,
nesses tempos enjoativamente corretos, correria o risco de ser, no mínimo, execrado,
excomungado, admoestado ou até processado. Fazer o que, não é mesmo? "Va',
pensiero, sull'ali dorate"!<br /></span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; font-size: 12pt;"><o:p> <br /></o:p></span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; font-size: 12pt;">Mas tenho sentido um tédio, um desencanto com os rumos do blog.
Me pego pensando sobre o que publiquei e surgem as inevitáveis perguntas: para quem
eu escrevo? A quem desejo impressionar? Tenho realmente alguma coisa a dizer? Isso
tem alguma relevância? E as respostas que encontro são respectivamente "não
sei"; "todo mundo?"; "não" e "não".<br /></span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; font-size: 12pt;"><o:p> <br /></o:p></span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; font-size: 12pt;">Diante desse quadro, lembro-me de um texto que encontrei na internet:
"</span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">Porque eu escrevia já não sei, algo de
vaidade, esforço pra ser diferente, ousar o título de poeta, intelectual, deixar
marcas na vida quando eu me for. A ideia de ser um cara genial, com ideias avançadas
e futuramente escrever no Estado de Minas e aparecer no Jô Soares pode ter funcionado
como catalisador... Mas como isso tudo é muito estúpido e sem sentido, penso que
acabei por naturalmente perceber que não havia porque escrever". O autor é
Rafael Prosdocimi.<br /><o:p></o:p></span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"><o:p> <br /></o:p></span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; font-size: 12pt;">Deu para perceber onde quero chegar, não é? (se alguém responder
"dei", vai pegar mal). Constrange-me dizer, nem minha mulher se interessa
mais em ler o velho Jotabê. Talvez porque eu não tenha mesmo nada mais a dizer (se
já tive algum dia). Talvez o bom senso esteja com ela.<br /></span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; font-size: 12pt;"><o:p> <br /></o:p></span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; font-size: 12pt;">Os "produtos" do blog com melhor aceitação são os textos
relacionados às minhas lembranças. Portanto, não adianta forçar a barra, não sei
mesmo fazer humor, sou apenas um contador de "causos". O problema é que
as lembranças se esgotam!<br /></span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; font-size: 12pt;"><o:p> <br /></o:p></span></i><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; font-size: 12pt;">Então é isso: longe de mim querer
sequer me aproximar dos artistas geniais que citei neste texto. Porém uma coisa
é certa: o que já foi prazer hoje é apenas a manifestação de uma obsessão ou maldição
– a minha sina, a minha triste sina é alimentar o blog com bobagens cada vez mais irrelevantes, porque não consigo dele me afastar (ao contrário
dos antigos leitores).</span></div><div style="text-align: justify;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; font-size: 12pt;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; font-size: 12pt;"><p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Para melhorar o astral nada como ler um texto
engraçado (para mim é!). Por isto, dentro da ideia "pague um, leve
dois", sugiro a leitura do post do link a seguir. Espero que gostem, pois até
minha mulher gostou!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;"><a href="https://blogsoncrusoe.blogspot.com/2014/09/minhas-maos-me-fazem-lembrar-o-chuck.html">https://blogsoncrusoe.blogspot.com/2014/09/minhas-maos-me-fazem-lembrar-o-chuck.html</a><o:p></o:p></span></p></span></div><div style="text-align: justify;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; font-size: 12pt;"><br /></span></div>
<p class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><a name="4689186477903291600"></a></p>
Jotabêhttp://www.blogger.com/profile/14925216667676727880noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2205842661667718867.post-77095595236517160412024-03-02T07:08:00.001-03:002024-03-02T07:08:32.399-03:00O CASE DO OCASO<div style="text-align: justify;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"> <br /></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">Se é verdade que <i>o hábito do cachimbo faz a boca torta</i> eu não sei dizer. Como não
fumo e nem tenho cachimbo, só gosto de fazer conta, fazer de conta que meus
pensamentos ainda contam. Na falta de casos para contar quis o acaso que eu
voltasse minha atenção para a diminuição dos acessos ao blog. Por isso,
resolvi analisar a quantidade média de visualizações por post e por semestre.
Quem sabe essa análise resultasse em um estudo de case, mesmo que fosse
um case de fracasso. E o case revelou ocaso.<br /></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"> <br /></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">Não se preocupe caro leitor, estimada
leitora, não há erro de digitação, o que há é uma tentativa desesperada de
fazer joguinhos de palavras. Não é um caso bom para contar. Este post apenas
mostra o ocaso do blog, provado pelas contas que fiz.<br /></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"> <br /></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">Para ser sincero, o resultado encontrado deixou-me
surpreso pois imaginava encontrar uma curva estatística na forma de sino,
indicando que as visualizações tivessem progressivamente aumentado à medida em que foi sendo conhecido, seguido por uma fase de “apogeu” e um declínio
provocado talvez pela qualidade decrescente do material postado. Entretanto,
não foi isso que aconteceu. Segundo os dados que estou sempre atualizando, a
fase áurea do blog aconteceu no primeiro ano de de sua existência e foi
decaindo até chegar à média de duas ou três(!!!) visualizações por texto
publicado. Esta descoberta dá sentido ao provérbio <i>“Falar é prata, calar é ouro”</i>. E acho que é isso mesmo que preciso
vivenciar, aprender, aceitar, garimpar esse ouro.<br /></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"> <br /></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">Olha a tendência de queda das visualizações
por post, um sinal bastante preciso da falta de interesse e de qualidade que
foi afugentando os leitores ao longo dos anos. Quer saber? Vou falar mais nada,
porque <i>uma imagem vale mais que mil
palavras</i> (hoje há fartura de clichês!). Olhaí.</span></div><p style="text-align: justify;">
</p><p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p><p class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<div style="text-align: justify;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvl4intkdhxrz58tWn7FmBHCSwjXe39OQRfTRtHeLtbHB9-xALEAEFjisum_I94xjzfTsmBAZnF0UFxTLG64-EwgOUMDBzpcTr5_2vGJ82gkhbxc0nTlcXWFj5Ra3szxlrVfi4n5AGPhxIu87tlCRft8PESCEhFCynbaNQegrCqFgL6UxRZTle-DbLynzf/s345/gr%C3%A1fico.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="270" data-original-width="345" height="231" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvl4intkdhxrz58tWn7FmBHCSwjXe39OQRfTRtHeLtbHB9-xALEAEFjisum_I94xjzfTsmBAZnF0UFxTLG64-EwgOUMDBzpcTr5_2vGJ82gkhbxc0nTlcXWFj5Ra3szxlrVfi4n5AGPhxIu87tlCRft8PESCEhFCynbaNQegrCqFgL6UxRZTle-DbLynzf/w496-h231/gr%C3%A1fico.png" width="496" /></a></div><br /><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"><br /></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"><o:p> </o:p></span></div><div style="text-align: justify;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"><o:p><br /></o:p></span></div>
Jotabêhttp://www.blogger.com/profile/14925216667676727880noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2205842661667718867.post-89396035486994202932024-03-01T13:57:00.002-03:002024-03-29T09:36:01.805-03:00SÓ FALTA A NOTA FISCAL!<div style="text-align: justify;"> <br /><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; font-size: 12pt;">Durante muito anos eu ficava
sabendo das notícias do “mundo exterior” através da compra diária do jornal de
maior circulação em BH e do “Jornal Nacional”. O jornal impresso era lido
durante o café da manhã, mas pouco me importava com as manchetes que trazia. Eu
sabia da violência e das mazelas do mundo, da minha cidade, mas isso não me
sensibilizava, pois minha mulher ficava com o primeiro caderno e eu me divertia
com o caderno “cultural”, onde lia sobre cinema, livros, filmes, discos e
shows.<br /> </span><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; font-size: 12pt;"><o:p> <br /></o:p></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; font-size: 12pt;">Eu realmente pouco me
importava com as desgraças locais ou mundiais que fossem publicadas no caderno
principal. Claro que isso revela alienação e muito descaso pelo sofrimento e
tragédias do “mundo real”. Na verdade eu vivia dentro de uma bolha confortável,
pois ganhava bem, tinha um emprego estável e era bem visto pelos colegas e
diretores da empresa onde trabalhava.<br /></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; font-size: 12pt;"><o:p> <br /></o:p></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; font-size: 12pt;">Um dia a bolha furou e eu
tive de abandonar meu comportamento <i style="mso-bidi-font-style: normal;">blasé</i>,
pois a nova realidade mostrava-se áspera e ameaçadora. Acabei passando em um
concurso de empresa pública, cujo ambiente repressor e policialesco me fez
odiar cada um dos pouco mais de 4 mil dias em que ali trabalhei até me
aposentar.<br /></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; font-size: 12pt;"><o:p> <br /></o:p></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; font-size: 12pt;">Creio que a saída da bolha começou
a provocar e a cristalizar o medo, a angústia, a tristeza e a depressão. Esses
sentimentos foram se intensificando até o momento da aposentadoria, mas já era
tarde. Eles agora faziam parte da minha natureza, do meu dia a dia. Apesar
disso consegui manter o bom humor e o desejo de fazer rir os filhos e amigos.
Esse conjunto de sentimentos estava presente na criação do blog.<br /></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; font-size: 12pt;"><o:p> <br /></o:p></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; font-size: 12pt;">Mas eu não imaginava o que
poderia acontecer a partir daí. Meu filho diz que <i style="mso-bidi-font-style: normal;">“a internet nos aproximou de gente que antes estava a uma distância
segura”.</i> Acho que ele estava certo, mas talvez eu mesmo seja uma dessas
pessoas que é bom manter à distância, pois me tornei agressivo, meio paranoico, um <i style="mso-bidi-font-style: normal;">“blogadicto”</i>, um viciado em uma droga virtual que é conhecida pelo
nome <i style="mso-bidi-font-style: normal;">“Blogson Crusoe”</i> Dito de outra
forma, eu me transformei de patrão<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>em funcionário,
em escravo do blog.<br /></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; font-size: 12pt;"><o:p> <br /></o:p></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; font-size: 12pt;">Mas não era disso que queria
falar. O que eu estava pensando em dizer é que minha sensibilidade para as
mazelas e tragédias do cotidiano germinou, aflorou e cresceu muito, fazendo com
que eu cada vez mais perdesse o que restou de bom humor. Hoje eu quase
enlouqueço quando vejo em um dos cinco portais de notícias que acesso
compulsivamente novas notícias de homens estuprando ou assassinando às vezes
com requinte de crueldade suas esposas, companheiras, amantes, namoradas e até
filhas, movidos por um senso irracional e doentio de posse.<br /></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; font-size: 12pt;"><o:p> <br /></o:p></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; font-size: 12pt;">A sensação que fica é que esses
criminosos acreditam ter a nota fiscal de compra das mulheres que violam,
espancam ou assassinam. Aí eu penso que a maldade humana, o sadismo e a
crueldade parecem estar atingindo níveis cada vez maiores, tornando o dia a dia
uma sucessão de medos, horror, revolta e dor. Fico me perguntando onde a
evolução errou ao fazer surgir na nossa espécie esse tipo de comportamento
doentio. Eu sei que a evolução é cega e cumulativa pois deixa progredir o que é
funcional para cada espécie, mas que ganho os <i style="mso-bidi-font-style: normal;">sapiens</i> tiveram<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>ao ser
capazes de estuprar, assassinar, mutilar ou torturar as mulheres, como se elas fossem
uma coisa, uma boneca inflável, um eletrodoméstico com defeito, um produto
estragado ou uma embalagem que se amassa e se joga <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>no lixo?</span></div>
Jotabêhttp://www.blogger.com/profile/14925216667676727880noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2205842661667718867.post-69743095696254816622024-03-01T03:54:00.000-03:002024-03-01T03:54:10.468-03:00OLHA O PONDÉ AÍ DE NOVO (FINAL)<div style="text-align: justify;"> <br /><span face=""Arial","sans-serif"" style="color: #221e1f; font-size: 12pt;">Eu tinha pensado em transcrever </span><span style="color: #221e1f; font-size: 12pt;">trechos do livro </span><i style="color: #221e1f; font-size: 12pt; mso-bidi-font-style: normal;">“Guia Politicamente
Incorreto da Filosofia”</i><span style="color: #221e1f; font-size: 12pt;"> em mais dois ou três posts por ter me divertido muito com a ironia e o
sarcasmo destilados no livro por seu autor, o filósofo Luiz Felipe Pondé, mas
desisti. Este é o terceiro e último post com trechos extraídos do livro.</span></div><div style="text-align: justify;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="color: #221e1f; font-size: 12pt;"><o:p> <br /></o:p></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="color: #221e1f; font-size: 12pt;">Mesmo tendo agora mais motivos
para me alegrar que entristecer, estou mentalmente cansado e um pouco deprimido. Isso significa que só quero ficar quieto no meu canto e dormir tanto quanto eu conseguir</span><span style="color: #221e1f; font-size: 12pt;">. Por isso, espero e torço para que as seis pessoas que talvez sejam hoje a
totalidade dos leitores do Blogson divirtam-se (mesmo sem concordar) com as
ponderações venenosas do Pondé.</span></div><div style="text-align: justify;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="color: #221e1f; font-size: 12pt;"><o:p> <br /></o:p></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="color: #221e1f; font-size: 12pt;"><o:p> <br /></o:p></span><i><span face=""Arial","sans-serif"" style="color: #221e1f; font-size: 12pt;">Somos basicamente covardes porque
a vida é basicamente infeliz<br /></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="color: #221e1f; font-size: 12pt;"><o:p> <br /></o:p></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="color: #221e1f; font-size: 12pt;">Ser mãe solteira só é bonito em
novela das oito<br /></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="color: #221e1f; font-size: 12pt;"><o:p> <br /></o:p></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="color: #221e1f; font-size: 12pt;">O politicamente correto é uma
forma de ser mau-caráter<br /></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-weight: bold;"><o:p> <br /></o:p></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="color: #221e1f; font-size: 12pt;">Em mim, o amor é raro como a
virtude de uma mulher louca de desejo<br /></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="color: #221e1f; font-size: 12pt;"><o:p> <br /></o:p></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">Algum sentimento todos nós temos pelo
sofrimento dos outros. Mas, se não o virmos, melhor, assim podemos ir ao cinema
e jantar fora, porque inclusive, se não fizermos isso, nossos parceiros de vida
vão nos achar uns chatos.<br /></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"><o:p> <br /></o:p></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">Nada mais chato do que o medo de não agradar.
Não querer agradar é uma das maiores formas de libertação num mundo em que
somos obrigados a amar tudo a nossa volta.<br /> </span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"><o:p> <br /></o:p></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">Ninguém é capaz de tanto amor; amamos, quando
muito, nossos familiares (e olhe lá) e umas duas ou três pessoas a mais.<br /> </span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"><o:p> <br /></o:p></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">A praga PC diz amar toda forma de vítima
social, mas isso não passa de marketing. No dia a dia, são canalhas cheios de falso
amor. Fizessem uma pesquisa de fato, provavelmente ninguém seria capaz de
comprovar tanto amor pela humanidade.<br /></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"><o:p> <br /></o:p></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-weight: bold;">Aqui encerro o
relato </span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">do
meu pecado. A praga PC deve ser combatida não porque seja bonito dizer piadas
racistas (não é), mas porque ela é um instrumento de (maus) profissionais da
cultura, normalmente gente mau-caráter, fraca intelectualmente, pobre e
oportunista, para aniquilar o livre “comércio de ideias” ao seu redor,
controlando as instâncias de razão pública, como universidades, escolas,
jornais, revistas, rádio, TV e tribunais. Nascida da esquerda americana, ela é
pior do que a esquerda clássica, porque essa pelo menos não era covarde. A
praga PC usa métodos de coerção institucional e de assédio moral, visando calar
todo mundo que discorda dela, antes de tudo, tentando fazer dessas pessoas
monstros e, por fim, tentando inviabilizar o comércio livre de ideias. Ideias
não são sempre coisas “boas”. Às vezes doem.<br /><o:p></o:p></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"><o:p> <br /></o:p></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">Ao final, a praga PC é apenas mais uma forma
enraivecida de recusar a idade adulta e de aniquilar a inteligência. O que ela
mais teme é a coragem. Por isso, diz que o povo é lindo quando não é, diz que
as mulheres estão bem sozinhas, quando não estão (estavam mal acompanhadas e
agora estão pior sozinhas, porque a humanidade é basicamente infeliz e incoerente
com relação aos desejos e às expectativas), diz que a natureza é uma mãe quando
ela é mais Medeia, nos proíbe de reclamar de gente brega ao nosso redor, mente
sobre aqueles que lutaram contra a ditadura (eles não eram muito melhores do
que os torturadores se tivessem a chance de torturar alguém), nega a
importância da culpa porque é mau-caráter, enfim, não é capaz de reconhecer
valor em nada porque nega a própria capacidade humana de fazer discernimento.<br /></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"><o:p> <br /></o:p></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">A praga PC é apenas mais uma face da velha
ignorância humana.</span></i></div>
<p class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>Jotabêhttp://www.blogger.com/profile/14925216667676727880noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2205842661667718867.post-64376983409600632382024-02-29T18:03:00.001-03:002024-03-01T07:59:20.254-03:00JOTABÊ TEM UM GHOST WRITER!<div style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;"> </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><span style="font-family: Arial, "sans-serif"; text-align: justify;">Foi no início da década de 1970, lendo O
Pasquim, que eu tomei conhecimento da expressão </span><i style="font-family: Arial, "sans-serif"; text-align: justify;">“Ghost Writer”</i><span style="font-family: Arial, "sans-serif"; text-align: justify;">. O cartunista Jaguar, criador do rato </span><i style="font-family: Arial, "sans-serif"; text-align: justify;">Sigmund Freud</i><span style="font-family: Arial, "sans-serif"; text-align: justify;"> (</span><i style="font-family: Arial, "sans-serif"; text-align: justify;">Sig</i><span style="font-family: Arial, "sans-serif"; text-align: justify;"> para os íntimos), ícone do jornaleco, parece ter entrado em uma
entressafra criativa para criar as hilárias tiras do Sig. Por isso, durante
muito tempo, o jornalista e cronista da BBC Ivan Lessa mandava o roteiro das
tiras e o Jaguar ilustrava. E nas tiras aparecia o nome do jornalista como </span><i style="font-family: Arial, "sans-serif"; text-align: justify;">“ghost writer”.<br /></i><span style="font-family: Arial, "sans-serif";"> <br /></span><span style="font-family: Arial, "sans-serif";">Hoje me ocorreu a ideia de usar um <i>ghost writer</i> para melhorar a qualidade
decrescente dos próximos textos que cismar de escrever. E o <i>ghost writer</i> (mais ghost, impossível)
será o ChatGPT. Só que a ordem será assim: depois de penar para escrever um
texto minimamente inteligível pedirei ao chato do GPT para reescrevê-lo. Assim,
quem não souber dessa treta poderá pensar: <i>“Como
Jotabê está escrevendo bem! Meio careta, meio pudico, mas não há agressões à
gramática e a fluência está ótima!’<br /><o:p></o:p></i></span><span style="font-family: Arial, "sans-serif";"> <br /></span><span style="font-family: Arial, "sans-serif";">A seguir, o mesmo texto reescrito pelo
ChatGPT. Mas a duplicidade acaba aqui. A partir de agora e sempre que der na
telha meus textos serão reescritos pela IA, devidamente identificada. Antes de
continuar, só uma piada daquela época para explicar o nome do rato de “pés de
elefante”: <i>“Deus criou o sexo, Freud
criou a sacanagem”</i>. Olha o Sig aí.</span><span style="font-family: Arial, "sans-serif";"><br /></span><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizvzHxv68vcUuctQ-qgAoor3iA_q7FXyn9a74gs_vqXjeQ-9ve2jtZanrvAuZap8jES4-s715A2f-vQi1SBLgJ03nkzImhag8kLZvnDUUjZQ5vN2brAMpm9__ReK6tM05JkKlXPGHFt51EbSnle6XZoZbhv-C8ddtWMkeyRxk__5iPX7P9DhuDBLs_7_Yi/s263/heil.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="263" data-original-width="237" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizvzHxv68vcUuctQ-qgAoor3iA_q7FXyn9a74gs_vqXjeQ-9ve2jtZanrvAuZap8jES4-s715A2f-vQi1SBLgJ03nkzImhag8kLZvnDUUjZQ5vN2brAMpm9__ReK6tM05JkKlXPGHFt51EbSnle6XZoZbhv-C8ddtWMkeyRxk__5iPX7P9DhuDBLs_7_Yi/s16000/heil.png" /></a></div><br /><span style="font-family: Arial, "sans-serif";"> </span><span style="font-family: Arial, "sans-serif";"> <br /></span><i><span style="font-family: Arial, "sans-serif";">Foi nos
primeiros anos da década de 1970, lendo O Pasquim, que tomei conhecimento do
termo "Ghost Writer". O cartunista Jaguar, criador do personagem
Sigmund Freud (ou Sig, para os íntimos), um ícone do jornal, parecia estar
passando por um período de pouca criatividade para elaborar as divertidas tiras
de Sig. Por essa razão, durante um bom tempo, o jornalista e cronista da BBC
Ivan Lessa enviava o roteiro das tiras e Jaguar as ilustrava. E o nome do
jornalista aparecia nas tiras como "ghost writer".<br /></span></i><i><span style="font-family: Arial, "sans-serif";"> <br /></span></i><i><span style="font-family: Arial, "sans-serif"; line-height: 115%;">Hoje, ocorreu-me a ideia de utilizar um ghost
writer para aprimorar a qualidade decrescente dos próximos textos que eu
decidir escrever. E o ghost writer (mais "ghost", impossível) será o
ChatGPT. No entanto, a dinâmica será diferente: depois de me esforçar para
redigir um texto minimamente inteligível, solicitarei ao ChatGPT para reescrevê-lo.
Desta forma, aqueles que não estiverem cientes dessa estratégia poderão pensar:
"Como Jotabê está escrevendo bem! Talvez um pouco conservador, mas não há
erros gramaticais e a fluidez está excelente!"</span></i></span></div>
Jotabêhttp://www.blogger.com/profile/14925216667676727880noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2205842661667718867.post-10673306162718166422024-02-28T10:36:00.001-03:002024-02-28T10:36:03.777-03:00OLHA O PONDÉ AÍ DE NOVO (PARTE II)<div style="text-align: justify;"> <br /><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-weight: bold;"><span face="Arial, "sans-serif"" style="font-size: x-large; font-style: normal;">Continuando com a promoção <i>"pague um, leve dois" </i>eis o link de um dos posts que mais gostei de escrever, um poema que nada tem a ver com o texto do Pondé apresentado a seguir</span></span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-weight: bold;"><span face="Arial, "sans-serif"" style="font-size: x-large; font-style: normal;">: </span><span face="Arial, "sans-serif"" style="font-size: x-large; font-style: normal;"> </span></span></i></div><div style="text-align: justify;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-weight: bold;"><span face="Arial, "sans-serif"" style="font-size: medium; font-style: normal;"><a href="https://blogsoncrusoe.blogspot.com/2015/08/eu-envelheco.html"><span style="font-size: medium;">https://blogsoncrusoe.blogspot.com/2015/08/eu-envelheco.html</span></a></span></span></i></div><div style="text-align: justify;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-weight: bold;"><br /></span></i></div><div style="text-align: justify;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-weight: bold;"><br /></span></i></div><div style="text-align: justify;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-weight: bold;">Está na moda dizer que </span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">o “outro” é lindo. Mentira. Quando o “outro” não cria problema,
não há nenhum valor ético supremo em tolerá-lo. E, quando cria, quase sempre
ninguém o tolera.<br /><o:p></o:p></span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: yellow; font-size: 12pt; mso-highlight: yellow;"><o:p> <br /></o:p></span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">Veja,
por exemplo, os eventos para diálogo inter-religioso. A discussão não pode
durar mais do que meia hora, e logo deverão servir os <span style="mso-bidi-font-style: italic;">drinks </span>e os <span style="mso-bidi-font-style: italic;">croquettes</span>,
porque mais do que meia hora implicaria começar a falar a sério sobre as
diferenças entre as religiões (as religiões não querem todas a mesma coisa,
isso é conversa “de mulherzinha”). Imagine cristãos e judeus conversando sobre
suas religiões. Cristãos assumem que Jesus foi o Messias que os judeus
esperavam (e também que Ele é Deus), e, portanto, os judeus teriam perdido o
bonde da história ao não reconhecer Jesus como Messias. Por sua vez, os judeus pensam
que os cristãos pegaram o bonde errado ao assumir que Jesus foi o Messias.
Logo, conflito. Melhor tomar <span style="mso-bidi-font-style: italic;">drinks </span>e
comer <span style="mso-bidi-font-style: italic;">croquettes</span>.<br /></span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"><o:p> <br /></o:p></span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">Muçulmanos
são lindos, índios são lindos, a África é linda, canibais são lindos, imigrantes
ilegais são lindos, enfim, todos os “outros” são lindos. Uma das áreas mais
amadas pela praga do politicamente correto é a chamada “ética do outro”, ou
seja, uma obrigação de acharmos que o “outro” é sempre legal. “Outro” aqui
significa quase sempre outras culturas ou algo oposto a Igreja, Deus,
heterossexual, capitalismo ou arrumar o quarto e lavar o banheiro todo dia.<br /></span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"><o:p> <br /></o:p></span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">Evidente
que conviver com o diferente é essencial numa sociedade como a nossa, assolada pelos
movimentos geográficos humanos, mas daí a dizer que todo outro é lindo é falso
e, como sempre acontece com o politicamente correto, desvaloriza o próprio
drama da convivência com o outro.<br /></span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: yellow; font-size: 12pt; mso-highlight: yellow;"><o:p> <br /></o:p></span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">Salta
aos olhos que muita gente se faz de bonzinho em cima do discurso politicamente correto
tipo “<span style="mso-bidi-font-style: italic;">save the whales</span>”.
Parece-me difícil sobreviver se quisermos salvar tudo o que vive sobre o
planeta. E o que mais espanta é que justamente a tal da natureza é a primeira a
ser cruel, e eles parecem que não veem. Basta ver o canal Discovery para
perceber que não existe a natureza politicamente correta, ela é o oposto dessa
praga.<br /></span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: yellow; font-size: 12pt; mso-highlight: yellow;"><o:p> <br /></o:p></span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">O
politicamente correto parece ser anticientífico. Mas, mais do que isso, ele faz
mal para homens e mulheres porque atrapalha milhares de anos de seleção natural
de comportamentos nos quais homens e mulheres se reconhecem. A pressão pela
“crítica ao macho” contamina as relações porque, apesar de se falar muito hoje
em dia sobre homens serem mais sensíveis do que outrora, as mulheres (que não
suportam fracos) só aguentam a sensibilidade masculina até a página três.
Passou daí, elas se enchem.<br /></span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: yellow; font-size: 12pt; mso-highlight: yellow;"><o:p> <br /></o:p></span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-weight: bold;">As feias odeiam as bonitas </span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">(os feios e pobres também porque não conseguem pegá-las).
Não, não estou sendo cínico. A beleza não é um ponto isolado no espaço, mas um
gradiente e um conjunto de características físicas associadas a traços
“invisíveis” da alma. Beleza atrai inveja, e, nas mulheres, beleza é sempre
fundamental. Sendo assim, pode uma mulher usar sua beleza como forma de
sobrevivência ou ela deve buscar ser feia porque a maioria é e, assim, ela
estaria sendo politicamente correta?<br /><o:p></o:p></span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: yellow; font-size: 12pt; mso-highlight: yellow;"><o:p> <br /></o:p></span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">A maior
inimiga da beleza da mulher é a outra mulher, a feia. A condenação do uso da beleza
feminina por parte das mulheres é uma ferramenta das que não têm, por azar (a
beleza ainda é um recurso contingente), acesso à beleza, seja porque são feias,
seja porque (no caso dos homens), em sendo feio (ou fraco), ele não pode
“pegar” a beleza da mulher nas mãos, beijá-la ou penetrá-la. Claro que há
sofrimento aqui, mas de nada adianta “resolver” o sofrimento negando um fato
óbvio: as feias têm raiva das bonitas.<br /> </span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"><o:p> <br /></o:p></span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">O
alcance espiritual da beleza é fato estudado pelas religiões: o mal inveja a
beleza do bem. Mas, para além (ou aquém) da dimensão espiritual, não há nada
melhor no mundo do que uma mulher linda a fim de você. Por isso é melhor
levarmos a beleza mais a sério. Toda tentativa de proibir a exibição da beleza
feminina é um ato nascido da inveja. Se você for bonita, observe se no trabalho
não tem alguma feia que a detesta. O ódio das feias pelas bonitas nada mais é
do que a agonia que a abundância gera na precariedade. Como somos seres
precários (somos mortais, insignificantes cosmicamente e frágeis
biologicamente), a falta de beleza é a regra (quase) universal.</span></i></div><div style="text-align: justify;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-weight: bold;"><br /></span></i></div><div style="text-align: justify;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-weight: bold;">Sou professor e gosto de </span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">dar aula, coisa rara na área. Na maioria dos casos,
professores de universidade (ou não) são pessoas que, além de não gostar dos
alunos, têm uma inteligência mediana e foram, quando jovens, alunos medíocres,
que fizeram ciências humanas porque sempre foi fácil entrar na faculdade em
cursos de ciências humanas. Claro que quase todos pensavam em si mesmos como
Marx ou Freud ainda não revelados. Ao final, o que se revela com mais
frequência é alguém fracassado que ganha mal e odeia os alunos. Professores
normalmente não gostam de ler ou de estudar, mas dizem que esse pecado é apenas
dos alunos. Há um enorme sofrimento na maioria dos professores porque têm de
fingir o tempo todo que acreditam na importância do que fazem. A maioria
sucumbe.<br /><o:p></o:p></span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: yellow; font-size: 12pt; mso-highlight: yellow;"><o:p> <br /></o:p></span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">Outro
tipo mentiroso e politicamente correto é o “artista”. As artes plásticas contemporâneas
ajudam muito para isso, na medida em que gente que não sabe desenhar pode ser
artista figurativo. Nada que eu consiga desenhar ou pintar pode ser levado a
sério como arte figurativa, porque eu não sei pintar ou desenhar nada. Um amigo
num caderno cultural importante ou uma tese de doutorado ilegível numa
universidade de nome sobre a obra de alguém pode fazer dele um grande artista.<br /></span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"><o:p> <br /></o:p></span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-weight: bold;">Um dos projetos da minha </span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;">vida é não viajar nunca mais, pelo menos, cada vez menos
e para menos longe. Exterior, nem pensar. Se acha estranho o que eu estou
dizendo, é porque você não viaja o suficiente ou porque sofre daquele tipo de
sintoma característico da “espiritualidade” da classe média, que é “querer
conhecer o mundo, os museus, os aeroportos e sentir <span style="mso-bidi-font-style: italic;">frisson </span>porque irá a Paris”. Se você bate foto dentro do avião,
é porque não há esperanças para você. Ficar feliz por sair de férias de avião é
brega. Um conselho: se você tem mais de 20 anos e acha avião chique, finja que
não acha. Sinto dizer, o mundo acabou. Fique em casa.<o:p></o:p></span></i></div><div style="text-align: justify;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"><br /></span></i></div><div style="text-align: justify;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"><br /></span></i></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div>
Jotabêhttp://www.blogger.com/profile/14925216667676727880noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2205842661667718867.post-88840297917449039512024-02-27T07:11:00.001-03:002024-02-27T07:11:24.317-03:00“FÉ DEMAIS NÃO CHEIRA BEM”<div style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><span style="font-family: Arial, "sans-serif";">Tenho ficado muito insatisfeito com a
qualidade dos textos que escrevo e publico no Blogson. A sensação é de ter
perdido vocabulário e embotado o raciocínio. Por isso, resolvi fazer uma
experiência com a Inteligência Artificial.
Peguei o texto mais recente e pedi ao ChatGPT para reescrevê-lo.
Sinceramente, achei o resultado tão superior que resolvi aproveitá-lo como
texto principal do post. Mas, para não ficar totalmente envergonhado com minha
crescente deficiência na transmissão de ideias e opiniões, resolvi publicar na
sequência o texto que escrevi. Só me recusei a utilizar o título proposto pelo “chato
do GPT”, pois não tenho tanta seriedade pretensiosa. O título proposto pela IA
é <i>"Reflexões sobre a Intersecção
entre Religião e Legislação em um Mundo em Transformação"</i>. Então,
vamos lá<br /></span><span style="font-family: Arial, "sans-serif";"> <br /></span><span style="font-family: Arial, "sans-serif";"> <br /></span><i><span style="font-family: Arial, "sans-serif";">Houve
um tempo em que eu era um devoto católico, frequentando a missa regularmente e
observando os rituais com devoção. Hoje, no entanto, minha fé foi gradualmente
erodida pelas luzes da razão e da ciência. Consequentemente, testemunhar a
religião assumindo papéis que ultrapassam seus limites me causa profundo
desconforto, como o uso da expressão "Deus acima de tudo" em
discursos recentes.<br /></span></i><i><span style="font-family: Arial, "sans-serif";"> <br /></span></i><i><span style="font-family: Arial, "sans-serif";">Respeito
a crença no Deus judaico-cristão, mas é inaceitável quando essa fé é invocada
para influenciar legislações que desconsideram outras crenças ou até mesmo a
ausência delas.<br /></span></i><i><span style="font-family: Arial, "sans-serif";"> <br /></span></i><i><span style="font-family: Arial, "sans-serif";">Essa
preocupação foi reavivada recentemente ao tomar conhecimento de uma decisão do
tribunal do estado do Alabama. Eles interpretaram uma lei existente sobre
homicídio culposo de menores, estendendo sua aplicação não apenas aos fetos no
útero, mas também aos embriões armazenados em laboratórios.<br /></span></i><i><span style="font-family: Arial, "sans-serif";"> <br /></span></i><i><span style="font-family: Arial, "sans-serif";">Embora
a maioria dos juízes tenha fundamentado sua decisão na lei, o presidente do
tribunal, Tom Parker, justificou seu posicionamento repetidamente com
referências às escrituras cristãs. Ele argumentou que os habitantes do Alabama
adotaram uma "visão da santidade da vida com base teológica" em sua
Constituição estadual.<br /></span></i><i><span style="font-family: Arial, "sans-serif";"> <br /></span></i><i><span style="font-family: Arial, "sans-serif";">Essa
abordagem, que se baseia em fontes religiosas, é um exemplo alarmante de como a
fé pode influenciar a legislação em um estado laico. Isso levanta questões
sobre a separação entre religião e governo, e destaca a controvérsia em torno
do papel da religião na formulação de leis nos Estados Unidos.<br /></span></i><i><span style="font-family: Arial, "sans-serif";"> <br /></span></i><i><span style="font-family: Arial, "sans-serif";">Particularmente,
é incompreensível para mim que a fé pessoal dos legisladores seja privilegiada
em um país que se declara secular. Na verdade, é frustrante ver a fé de alguns
legisladores sendo imposta sobre questões legais, evidenciando um viés pessoal
em detrimento do interesse público.<br /></span></i><i><span style="font-family: Arial, "sans-serif";"> <br /></span></i><i><span style="font-family: Arial, "sans-serif";">Para
ilustrar essa preocupação, compartilho uma história antiga sobre um casal que
enfrentou dilemas com o registro civil de seus filhos. A mãe, seguindo sua fé,
batizou os gêmeos com nomes católicos, mas o pai, às vezes afetado por
distúrbios mentais, registrou os filhos com nomes diferentes. O embate resultou
na prevalência dos nomes registrados oficialmente.<br /></span></i><i><span style="font-family: Arial, "sans-serif";"> <br /></span></i><i><span style="font-family: Arial, "sans-serif";">Embora
reconheça o valor consolador da fé em momentos difíceis, sou veementemente
contrário à sua utilização como instrumento de censura e punição. Fico
imaginando como essa questão teria sido tratada em estados como Alabama, onde a
religião parece ter um peso desproporcional na esfera legislativa.<br /></span></i><i><span style="font-family: Arial, "sans-serif";"> <br /></span></i><i><span style="font-family: Arial, "sans-serif";">Em
resumo, a intersecção entre religião e legislação exige uma reflexão cuidadosa
e um compromisso com a proteção dos direitos e liberdades individuais,
independentemente das convicções religiosas.<br /></span></i></span><span style="font-family: Arial, "sans-serif";"><span style="font-size: large;"> </span><br /></span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;"> <br /></span><u><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">E agora, o texto originalmente
publicado (preservação da memória, brother!)<br /></span></u><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;"> <br /></span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">O título deste post foi tirado de um filme de
1992 (por isso está entre aspas). E o texto é só um desabafo muito mal escrito,
como tem sido a praxe dos últimos tempos (eu estou escrevendo tão mal!).<br /></span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;"> <br /></span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Eu já fui um católico praticante, de ir à
missa todos os domingos e comungar, quase um carola. Hoje não sou mais, pois
minha fé sofreu a erosão causada pela razão e pela ciência. Por isso, todas as
vezes em que vejo a crença religiosa assumir papéis que não são dela eu fico
extremamente incomodado. Caso da expressão "Deus acima de tudo" usada
em discursos recentes.<br /></span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;"> <br /></span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Para mim está OK que você acredite no Deus
judaico-cristão, mas acho um absurdo se pensar em legislar baseado em uma fé
que desrespeita outras crenças, outras religiões ou até mesmo a ausência total
de fé religiosa.<br /></span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;"> <br /></span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Estou dizendo isso por ter lido a seguinte
notícia:<br /></span><i><span style="background: #F6F6F6; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">O tribunal do Alabama decidiu que uma lei existente — de
homicídio culposo de um menor — abrange não só os fetos no útero, mas também os
embriões mantidos num laboratório ou instalação de armazenamento.(...)<br /></span></i><i><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Embora
a maioria dos juízes tenha baseado sua decisão na lei, o presidente do
tribunal, Tom Parker, também tinha uma autoridade superior em mente — ele
invocou repetidamente as escrituras sagradas cristãs para explicar sua decisão.<br /></span></i><i><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">O povo
do Alabama, escreveu ele em seu parecer favorável, havia adotado uma
"visão da santidade da vida com base teológica" em sua Constituição
estadual.<br /></span></i><i><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Explorando
fontes religiosas de teólogos cristãos clássicos, como São Tomás de Aquino, e
também um manifesto cristão conservador moderno, ele concluiu que "mesmo
antes do nascimento, todos os seres humanos têm a imagem de Deus, e suas vidas
não podem ser destruídas sem apagar sua glória".<br /></span></i><i><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">(...) O
debate sobre os direitos reprodutivos nos EUA tem sido impulsionado,
em parte, pela oposição ao aborto a partir de grupos cristãos — mas
esta decisão dividiu esse movimento e acendeu a discussão sobre o papel
da religião na legislação americana.<br /></span></i><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;"> <br /></span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Para mim é incompreensível que em país laico
a legislação invoque ou privilegie a fé do legislador! Dito de forma mais elegante,
foda-se a fé de quem legisla assim, pois no fundo, no fundo, está legislando em
causa própria.<br /></span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;"> <br /></span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Para encerrar este post-desabafo vou contar
um caso real acontecido há muito, muito tempo. Um casal viu com alegria o
nascimento de duas crianças gêmeas, um menino e uma menina. A mãe, seguindo sua
fé, batizou os filhos na Igreja Católica com os nomes de José Geraldo e Maria
das Graças. Até aí tudo bem, concordam?<br /></span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;"> <br /></span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">O problema surgiu quando os familiares
descobriram que o pai – sujeito a episódios esporádicos de demência branda ou
surtos esquizofrênicos – tinha ido ao cartório para registrar o nascimento dos
filhos, momento em que deu a eles os nomes de Dalmo e Dalma. Obviamente os
nomes que prevaleceram foram os que constam nas respectivas Certidões de
Nascimento.<br /></span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;"> <br /></span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Eu continuo enxergando o papel positivo que a
fé tem para consolar, confortar ou fortalecer as pessoas vitimadas por doenças
graves ou tragédias pessoais, mas sou radicalmente contra a face censória
e punitiva dessa mesma fé. Fico me perguntando o que aconteceria se esse
caso das crianças gêmeas tivesse acontecido no estado do Alabama. O batismo
prevaleceria sobre o registro civil? Cartas para a redação!</span></div><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;">
</span></p><div style="text-align: justify;"><br /></div>
Jotabêhttp://www.blogger.com/profile/14925216667676727880noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2205842661667718867.post-39207485802994904892024-02-26T15:34:00.004-03:002024-02-26T17:56:22.524-03:00JURA DIZER A VERDADE, SOMENTE A VERDADE, NADA MAIS QUE A VERDADE?<div style="text-align: justify;"><div><span style="font-size: large;"><span face="Arial, "sans-serif""><br /></span></span></div><div><span style="font-size: large;"><span face="Arial, "sans-serif"">Antes que você
comece a ler o texto a seguir, preciso deixar claro que não tenho nada contra a
Direita nem contra a Esquerda. Eu só não suporto o radicalismo e tenho medo da <u>Extrema</u>
Direita e da <u>Extrema</u> Esquerda. Eu me considero de centro (sou o que os idiotas chamam de "isentão"). Ah, e também sinto náusea com o fundamentalismo
religioso. Tamos entendidos? Então, bora lá.<br /></span><span face="Arial, "sans-serif""> <br /></span><span face="Arial, "sans-serif"">Na reportagem
publicada pelo site <i>BBC News Brasil</i> sobre a manifestação convocada pelo
ex-presidente Jair Bolsonaro em apoio a ele mesmo, há a transcrição de trechos
de notícias publicadas pela imprensa internacional. Por falta absoluta do que
fazer, entrei nos sites dos órgãos mencionados na reportagem para ver o que
realmente estavam dizendo sobre a muvuca bolsonarista. A seguir, trechos
encontrados nos diversos veículos mencionados e trechos traduzidos pela BBC
para língua de gente (português):<br /></span><span face="Arial, "sans-serif""> <br /></span><span face="Arial, "sans-serif"">Me enrolei todo
nesta introdução, mas o que está pegando é a quantidade real de idiotas que
compareceu para manifestar seu apoio ao ex-capitão. Olha só:<br /></span><span face="Arial, "sans-serif""> <br /></span><i><span face="Arial, "sans-serif"">- </span></i><b><span face="Arial, "sans-serif"">Correio Brasiliense</span></b><i><span face="Arial, "sans-serif"">, “o advogado e ex-secretário de Comunicação do ex-presidente Jair
Bolsonaro (PL), Fabio Wajngarten, disse que são esperadas mais de 700 mil
pessoas no ato convocado na Avenida Paulista, marcada para ocorrer no próximo
domingo”.<br /><o:p></o:p></span></i><i><span face="Arial, "sans-serif""> <br /></span></i><i><span face="Arial, "sans-serif"">- </span></i><b><span face="Arial, "sans-serif"">Poder 360</span></b><i><span face="Arial, "sans-serif"">: “Ato de Bolsonaro teve de 300 mil a 350 mil pessoas Imagens aéreas da
concentração e mapa da av. Paulista permitem cálculo aproximado da
concentração; secretaria de Segurança Pública de São Paulo fala em 750 mil
pessoas...”<br /><o:p></o:p></span></i><i><span face="Arial, "sans-serif""> <br /></span></i><i><span face="Arial, "sans-serif"">- </span></i><b><span face="Arial, "sans-serif"">Le Monde</span></b><i><span face="Arial, "sans-serif"">: Six blocks of Paulista Avenue were filled with Bolsonaro supporters,
many of them saying that he is being persecuted by Brazil's Supreme Court and
that President Luiz Inácio Lula da Silva unfairly won his narrow victory in the
2022 election. Independent observers from a research group at the University of
Sao Paulo estimated 185,000 people joined in. Brazil's military police put the
crowd size even bigger.<br /><o:p></o:p></span></i><i><span face="Arial, "sans-serif"">O jornal disse que havia um grande número
de manifestantes no ato, mas destacou o comedimento de muitos dos
presentes.<br /></span></i><i><span face="Arial, "sans-serif"">"A multidão estava lá, é claro. Mas estamos
longe do entusiasmo das mobilizações anteriores. Sob um lindo sol, os rostos
permaneceram fechados, e as palavras eram controladas. O medo de serem presos
por convocarem um golpe é real entre esses bolsonaristas que agora seguram seus
ataques contra os odiados juízes do Supremo Tribunal Federal."<br /></span></i><i><span face="Arial, "sans-serif""> <br /></span></i><i><span face="Arial, "sans-serif"">- </span></i><b><span face="Arial, "sans-serif"">Le Figaro</span></b><i><span face="Arial, "sans-serif"">: Des dizaines de milliers de personnes se sont rassemblées ce dimanche
25 février à São Paulo en soutien à l'ancien président d'extrême
droite Jair Bolsonaro, de quoi tester sa popularité en plein scandale
sur des soupçons de «tentative de coup d'État». Vêtus de vert et de jaune, les
couleurs du Brésil, les manifestants affluent vers l'avenue Paulista, artère
emblématique de la plus grande métropole d'Amérique Latine. L'ancien président
a pris la parole lors de ce rassemblement où les organisateurs attendaient
500.000 personnes.<br /> <o:p></o:p></span></i><i><span face="Arial, "sans-serif""> <br /></span></i><i><span face="Arial, "sans-serif"">- </span></i><b><span face="Arial, "sans-serif"">El País</span></b><i><span face="Arial, "sans-serif"">: El expresidente de Brasil reúne en São Paulo a unos 185.000 seguidores
en su primer acto político desde que en 2022 perdió contra Lula y sus fieles
asaltaron el Congreso.<br /><o:p></o:p></span></i><i><span face="Arial, "sans-serif"">"Cerca de 185 mil fiéis, segundo uma contagem
de acadêmicos, apoiaram-no juntamente com quatro governadores aliados e dezenas
de parlamentares. Três dias depois de permanecer em silêncio ao ser questionado
pela polícia sobre a suposta trama golpista, Bolsonaro queria uma foto de
multidão para rebater o que considera uma perseguição judicial."<br /></span></i><i><span face="Arial, "sans-serif"">O jornal destacou a fala de Bolsonaro de que não
havia "tanques nas ruas" e que, portanto, não houve tentativa de
golpe. <u>Segundo o jornal, Bolsonaro "ignorou que no século 21 os golpes
são perpetrados distorcendo as leis".<br /></u></span></i><i><span face="Arial, "sans-serif"">O El País disse que o ex-presidente está "cada
vez mais encurralado pela justiça".<br /></span></i><i><span face="Arial, "sans-serif""> <br /></span></i><i><span face="Arial, "sans-serif"">- </span></i><b><span face="Arial, "sans-serif"">Daily Mail</span></b><i><span face="Arial, "sans-serif"">: Thousands of Brazilians pour into the streets of Sao Paulo after
ex-President Bolsonaro called for show of support amid claims he plotted a coup
to stay in power after election defeat<br /><o:p></o:p></span></i><i><span face="Arial, "sans-serif"">O Daily Mail enumerou as acusações contra
Bolsonaro, mas concluiu: "Mesmo assim, Bolsonaro ainda é considerado o
líder da oposição e é adorado por seus fervorosos apoiadores".<br /></span></i><i><span face="Arial, "sans-serif"">"O protesto de domingo à tarde é visto como um
teste decisivo ao seu apoio antes das eleições municipais de outubro, nas quais
se espera que a sua influência desempenhe um papel fundamental na nação ainda
polarizada."<br /></span></i><i><span face="Arial, "sans-serif""> <br /></span></i><i><span face="Arial, "sans-serif"">- </span></i><b><span face="Arial, "sans-serif"">The Independent</span></b><i><span face="Arial, "sans-serif"">: Former Brazilian president Jair Bolsonaro has
denied inciting a coup after losing the presidential
election in October 2022.<br /><o:p></o:p></span></i><i><span face="Arial, "sans-serif"">The far-right leader told hundreds of thousands of
supporters at a rally on Sunday that the allegations against him were a
"lie" as he flexed his political muscle to hit out against the
ruling government.<br /></span></i><i><span face="Arial, "sans-serif"">O Independent destacou que Bolsonaro ainda tem
muitos apoiadores no Brasil, apesar das investigações policiais contra ele.<br /></span></i><i><span face="Arial, "sans-serif"">"O evento mostrou que a mensagem de Bolsonaro
ainda ressoa entre muitos brasileiros, alguns dos quais evidentemente são a
favor de qualquer tentativa de golpe que o coloque no poder.<br /></span></i><i><span face="Arial, "sans-serif""> <br /></span></i><i><span face="Arial, "sans-serif"">- </span></i><b><span face="Arial, "sans-serif"">The Guardian</span></b><i><span face="Arial, "sans-serif"">: Tens of thousands of supporters of former Brazilian
president Jair Bolsonaro have rallied in the country’s biggest city,
in a show of strength against legal challenges that could put him in jail. Six
blocks of São Paulo’s Paulista Avenue filled with Bolsonaro supporters, many of
whom said that he was being persecuted by Brazil’s supreme court and that
President Luiz Inácio Lula da Silva unfairly won his narrow victory in the 2022
election.<br /><o:p></o:p></span></i><i><span face="Arial, "sans-serif"">O Guardian destacou na sua manchete: "Dezenas
de milhares de pessoas participam de manifestação em apoio ao ex-presidente do
Brasil".<br /></span></i><i><span face="Arial, "sans-serif""> <br /></span></i><i><span face="Arial, "sans-serif"">- </span></i><b><span face="Arial, "sans-serif"">Isto É</span></b><i><span face="Arial, "sans-serif"">: A manifestação na Paulista é bancada pelo pastor evangélico Silas
Malafaia, que estimou na sexta-feira (23) desembolsar entre R$ 90 mil e R$ 100
mil para arcar com toda a estrutura do evento, como fornecimento de água,
instalação de grades e transmissão pela internet – há seguranças privados, mas
a Polícia Militar também atua no local. Malafaia alugou dois trios elétricos
que estão dispostos em “L”: um maior, onde está Bolsonaro e os aliados mais
importantes, de onde são feitos os discursos e um segundo veículo, sem
estrutura de som, para abrigar os demais convidados, fotógrafos e
cinegrafistas.<br /><o:p></o:p></span></i><i><span face="Arial, "sans-serif""> <br /></span></i><i><span face="Arial, "sans-serif"">- </span></i><b><span face="Arial, "sans-serif"">Record News</span></b><i><span face="Arial, "sans-serif"">: Pouco antes das 17h30, os manifestantes começaram a evacuar a
área da avenida Paulista após final de ato pró-Bolsonaro, realizado neste
domingo (25). O ex-presidente – que passou a noite no Palácio dos
Bandeirantes e chegou acompanhado do governador de São Paulo, Tarcísio de
Freitas, ao evento –, discursou para cerca de 700 mil apoiadores, segundo
informações dos organizadores, e disse ser ‘vítima de perseguição’.<br /> <o:p></o:p></span></i><i><span face="Arial, "sans-serif""> <br /></span></i><i><span face="Arial, "sans-serif"">- </span></i><b><span face="Arial, "sans-serif"">Carta Capital</span></b><i><span face="Arial, "sans-serif"">: A manifestação encabeçada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na
Avenida Paulista, em São Paulo, neste domingo 25, reuniu 185 mil pessoas em seu
pico, às 15h. A estimativa de público partiu do Monitor do Debate Político, da
Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP, coordenado por Pablo Ortellado
e Márcio Moretto.<br /><o:p></o:p></span></i><i><span face="Arial, "sans-serif"">Às 17h, a contagem do grupo registrou 45 mil
pessoas. Os especialistas chegaram a esses números por meio de fotos aéreas e
com o auxílio de um software.<br /></span></i><i><span face="Arial, "sans-serif"">A equipe tirou 43 fotos entre 15h e 17h, onze das
quais foram selecionadas de forma a cobrir a extensão do ato, sem sobreposição.
Na sequência, cada foto foi repartida em oito pedaços – em cada parte, o
Monitor aplicou um método chamado Point to Point Network, para identificar
cabeças e estimar a quantidade de pessoas.<br /></span></i><i><span face="Arial, "sans-serif"">Na contagem de público, o erro percentual absoluto
médio é de 12% para mais ou para menos nas imagens aéreas com mais de 500
indivíduos.<br /></span></i><i><span face="Arial, "sans-serif""> <br /></span></i><i><span face="Arial, "sans-serif"">- </span></i><b><span face="Arial, "sans-serif"">Portal G1</span></b><i><span face="Arial, "sans-serif"">: Os apoiadores começaram a chegar pela manhã e os discursos tiveram
início por volta das 14h30. Bolsonaro chegou por volta das 15h, acompanhado do
governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Nesse horário,
segundo um levantamento de pesquisadores da Universidade de São Paulo
(USP) reunia cerca de 185 mil pessoas – o ápice da manifestação.<br /><o:p></o:p></span></i><i><span face="Arial, "sans-serif""> <br /></span></i><i><span face="Arial, "sans-serif"">- </span></i><b><span face="Arial, "sans-serif"">Secretaria de Segurança Pública</span></b><i><span face="Arial, "sans-serif"">: o ato na Avenida Paulista reuniu 600 mil pessoas.
Considerando também os presentes nas ruas adjacentes, o público chegou a 750
mil, de acordo com a pasta do governo estadual, chefiado por Tarcísio de
Freitas (Republicanos).<br /><o:p></o:p></span></i><i><span face="Arial, "sans-serif""> <br /></span></i><span face="Arial, "sans-serif"">Então, ficamos
assim: a quantidade de manifestantes presentes no ato <i>“me ajudem a tirar o cu da reta”</i> foi de<br /></span><span face="Arial, "sans-serif"">750 mil segundo o
governo estadual de São Paulo<br /></span><span face="Arial, "sans-serif"">700 mil segundo o
portal Record News<br /></span><span face="Arial, "sans-serif"">600 mil segundo a
Secretaria de Segurança Pública<br /></span><span face="Arial, "sans-serif"">300 mil a 350 mil
segundo o Poder360<br /></span><span face="Arial, "sans-serif"">185 mil segundo o
Le Monde, El País, G1 e Carta Capital<br /></span><span face="Arial, "sans-serif""> <br /></span><span face="Arial, "sans-serif"">A favor da
veracidade do número informado pela <i>Carta
Capital</i> está o detalhamento do método utilizado pela USP. Outra coisa <i>“bunitinha”</i> foi a grana desembolsada
pelo pastor Silas Mala. Veio de onde? Das doações dos fiéis ou do próprio bolso?
(creio que isso é redundância)<br /></span><span face="Arial, "sans-serif""> <br /></span><span face="Arial, "sans-serif"">Isso me leva à
seguinte constatação: em política a “Verdade” é “fluida” e tem a precisão de
acordo com os interesses de quem a veicula e de quem nela quer acreditar.<br /></span><span face="Arial, "sans-serif"" style="background: white;"><o:p> <br /></o:p></span><span face="Arial, "sans-serif"" style="background: white;">Deixei para finalizar este longo
post </span></span><span style="background-color: white; font-size: x-large;">uma imagem curiosa, que faz lembrar uma saudação antiga, de tempos
muito sombrios. Mas, claro, é só uma coincidência. Fui.</span></div><div><span style="font-size: large;"><span face="Arial, "sans-serif"" style="background: white;"><br /></span></span></div><div><span style="font-size: large;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2XqInMJyJZrkLRewNhpQ4J9hQhOc85mmHGZ-lDtf17pKU5xZ9Zwu8PlYmVFfm3zxIrJr5mYQJayXg3UlwoZvKsrDsz8G1F8CYFO0O8Tke8bs7W4VpIWhiXPpg8O1jthfmEOqZ7jeK2VhG2KYcLuJxKZdiM6fO2wUeN5fv4Bpk8-3d1TZvIuD7IqV2hzNp/s828/heil.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="466" data-original-width="828" height="272" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2XqInMJyJZrkLRewNhpQ4J9hQhOc85mmHGZ-lDtf17pKU5xZ9Zwu8PlYmVFfm3zxIrJr5mYQJayXg3UlwoZvKsrDsz8G1F8CYFO0O8Tke8bs7W4VpIWhiXPpg8O1jthfmEOqZ7jeK2VhG2KYcLuJxKZdiM6fO2wUeN5fv4Bpk8-3d1TZvIuD7IqV2hzNp/w485-h272/heil.png" width="485" /></a></div><br /><span face="Arial, "sans-serif"" style="background: white;"><br /></span></span></div>
<p class="MsoNoSpacing"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt;"> </span></p></div>
Jotabêhttp://www.blogger.com/profile/14925216667676727880noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2205842661667718867.post-18898549974563188152024-02-26T01:15:00.001-03:002024-02-26T01:15:44.185-03:00TAVEZ... QUEM SABE?<p><span style="font-family: arial; font-size: large;"> </span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: large;">Há tempos eu não dava uma espetadinha nos meus "amigos de Facebook". Hoje resolvi provocar um pouquinho os <i>donos da Verdade</i> que conheço. E aí resolvi postar essa provocação no Blogson.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgg2Iw315eDj3h8dIl4_pDCuB3HocmfTcQfWv8zUvBn3e8mA94DqQ-8h6hMWNJMc-XdmwM06d0XKz3z6HYL6Kn55cABgBdJUC81fzmL0O-0GbeoK4Hg0Y-wwZdvZN4cXln6uT74kcOLm_rQKntVcUfbmF8Xu6zZmpz_XEvL69VE3VlsCKT8GKyPks-p5j1u/s607/talvez.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="419" data-original-width="607" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgg2Iw315eDj3h8dIl4_pDCuB3HocmfTcQfWv8zUvBn3e8mA94DqQ-8h6hMWNJMc-XdmwM06d0XKz3z6HYL6Kn55cABgBdJUC81fzmL0O-0GbeoK4Hg0Y-wwZdvZN4cXln6uT74kcOLm_rQKntVcUfbmF8Xu6zZmpz_XEvL69VE3VlsCKT8GKyPks-p5j1u/w521-h360/talvez.png" width="521" /></a></div><br /><p></p><div><p class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><span face="Arial, "sans-serif""><span style="font-size: large;">A seguir o link de um dos posts que mais
gostei de escrever, pois resolvi fazer a partir de hoje uma promoção do tipo
"pague um, leve dois". Assim, se achar o post oficial uma merda, pode
ser que o do link te agrade. O perigo será se os dois forem uma merda. Eu,
heim?</span></span><span face="Arial, "sans-serif"" style="font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><a href="https://blogsoncrusoe.blogspot.com/2014/06/aceita-um-cafe.html">https://blogsoncrusoe.blogspot.com/2014/06/aceita-um-cafe.html<o:p></o:p></a></span></p><br /></div>Jotabêhttp://www.blogger.com/profile/14925216667676727880noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2205842661667718867.post-86616473890074027852024-02-25T09:31:00.000-03:002024-02-25T09:31:26.809-03:00O POLITICAMENTE CORRETO NA VISÃO DE LUIZ FELIPE PONDÉ<div style="text-align: justify;"> <br /><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Sendo da área de Exatas sou suspeitíssimo
para dar palpite sobre assuntos que não estudei e de que não entendo. Mesmo
assim, por absoluta falta de prudência e vergonha na cara gosto de palpitar
sobre tudo que atrai meu interesse e atenção. O riso, por exemplo. De onde
surgiu, por que surgiu? Para não me meter a gato mestre vou apenas tirar umas
lasquinhas desse assunto, porque não é este o tema deste post. Bora lá.<br /></span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;"><o:p> <br /></o:p></span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Para mim o riso pode ter tido sempre a função
de ataque ou defesa. Quando usado para atacar pode resvalar para a ofensa, a
grosseria e o bullying. Mas você ri tanto quando está alegre como quando está
preocupado, constrangido, decepcionado, ansioso, nervoso. Não sou especialista
nessas paradas, mas acredito que o riso tem o poder de relaxar, acalmar os
medos e as tensões, e é uma espécie de anti hipertensivo natural. Estou dizendo
isto para preparar o raro, o quase inexistente leitor que ainda acessa esta bagaça
para os trechos do Livro <i style="mso-bidi-font-style: normal;">“Guia
Politicamente Incorreto da Filisofia”</i> escrito pelo filósofo Luiz Felipe
Pondé, que resolvi publicar no blog. Você pode não concordar com seu
pensamento, mas é muito divertido conhecer suas opiniões sobre o que ele chama
de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">“Praga PC”</i> a praga do
politicamente correto. Leiaí.<br /></span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;"><o:p> <br /></o:p></span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;"><o:p> <br /></o:p></span><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Este
livro não é um livro de história da filosofia, mas sim um ensaio de filosofia
do cotidiano, mais especificamente um ensaio de ironia filosófica que dialoga
com a filosofia e sua história, movido por uma intenção específica: ser
desagradável para um tipo específico de pessoa (que, espero, seja você ou
alguém que você conhece), ou, talvez, para um tipo de comportamento (que,
espero, seja o seu ou o de um amigo inteligentinho que você tem). Mas, afinal,
que tipo de pessoa? Esse tipo que vive numa “bolha de consciência social”
(nunca entendi bem o que vem a ser “consciência social”) sendo politicamente
correto, ao que, às vezes, me refiro neste ensaio como a “praga PC”. Se você é
uma delas, tenha em mim um fiel devoto inimigo. Desejo sua extinção.<br /></span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;"><o:p> <br /></o:p></span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">A praga
PC é uma mistura de covardia, informação falsa e preocupação com a imagem.
Combina com uma época frouxa como a nossa.<br /></span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;"><o:p> <br /></o:p></span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Uma das
coisas que os politicamente corretos mais temem é a ética aristocrática da coragem
levada para a vida cotidiana, porque ela desvela o que há de mais terrível no
ser humano, a saber, que ele é o animal mais assustado e amedrontado do mundo.
Para os politicamente corretos, o correto é mentir sobre isso, a fim de aliviar
a agonia que temos porque sabemos que somos todos no fundo covardes e dispostos
a colaborar com nazistas (ou seus similares) se para nós for melhor em termos
de sobrevivência.<br /></span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;"><o:p> <br /></o:p></span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Outra
coisa que o politicamente correto detesta é a própria noção de aristocracia
(que a filosofia, já em Platão, separou da noção de “aristocracia de sangue”
para defini-la como “o governo dos mais virtuosos”), porque ela afirma que uns
poucos são melhores do que a maioria dos homens. A sensibilidade democrática
odeia esta verdade: os homens não são iguais, e os poucos melhores sempre
carregaram a humanidade nas costas.<br /></span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="background: yellow; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-highlight: yellow;"><o:p> <br /></o:p></span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">O
problema com o politicamente correto é que ele acabou por criar uma agenda de
mentiras intelectuais (filosóficas, históricas, psicológicas, antropológicas
etc.) a serviço do “bem”, gerando censura e perseguições nas universidades e na
mídia para aqueles que ousam pôr em dúvida suas mentiras “do bem”. Grande parte
do espírito que move este livro é criticar algumas dessas mentiras ou
colocá-las sob o olhar da filosofia e de alguns filósofos.<br /></span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;"><o:p> <br /></o:p></span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">O
politicamente correto hoje é muito amplo como fenômeno, mas sempre é
autoritário na sua essência, porque supõe estar salvando o mundo.<br /></span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;"><o:p> <br /></o:p></span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Para os
defensores do politicamente correto, tudo é justificado dizendo que você é
pobre, gay, negro, índio, ou seja, algumas das vítimas sociais do mundo
contemporâneo. Não se trata de dizer que não há sofrimento na história de tais
grupos, mas sim dos exageros do politicamente correto em querer fazer deles os
proprietários do monopólio do sofrimento e da capacidade de salvar o mundo. O
mundo não tem salvação.<br /></span></i><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;"><o:p> <br /></o:p></span><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">O povo
é sempre opressor. Quando aparece politicamente, é para quebrar coisas. O povo
adere fácil e descaradamente (como aderiu nos séculos 19 e 20) a toda forma de
totalitarismo. Se der comida, casa e hospital, o povo faz qualquer coisa que
você pedir. Confiar no povo como regulador da democracia é confiar nos bons
modos de um leão à mesa. Só mentirosos e ignorantes têm orgasmos políticos com
o “povo”.<br /></span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="background: yellow; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-highlight: yellow;"><o:p> <br /></o:p></span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">O
politicamente correto é um caso clássico de censura à liberdade de pensamento,
por isso, sob ele, o pensamento público fica pobre e repetitivo, por isso
medíocre e covarde. Quando se acentua a igualdade na democracia, amplia-se a mediocridade,
porque os covardes temem a liberdade.<br /> </span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;"><o:p> <br /></o:p></span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Todo
mundo que pensa um pouco vive com medo da força democrática (numérica) dos
idiotas. O politicamente correto é uma das faces iradas desses idiotas.<br /></span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="background: yellow; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-highlight: yellow;"><o:p> <br /></o:p></span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">O
encontro de Tocqueville, Nelson Rodrigues e Oakeshott é evidente: o idiota
raivoso fala sempre com força de bando e, na democracia de massa em que
vivemos, ele sim tem o poder absoluto de destruir todos os que não se submetem
a sua regra de estupidez bem adaptada.<br /></span></i><span style="background: yellow; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-highlight: yellow;"><o:p> </o:p></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="background: yellow; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-highlight: yellow;"><o:p><span style="background-color: transparent; font-family: Arial, sans-serif;"><br /></span></o:p></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-family: Arial, "sans-serif"; font-size: 12pt;"><o:p><span style="background-color: white; font-family: Arial, sans-serif;">Se gostou do que leu acima, é só esperar pelo próximo post. Se detestou, lamento dizer que ainda há "muita lenha para queimar", pois este assunto ainda renderá mais uns três posts. E deixo clara minha admiração pela cultura e ironia que o filósofo Pondé destilou em seu livro. Por isso, recomendo que o comprem, pois os posts neles baseados são formados apenas por trechos extraidos do livro. E vale a pena ler tudo (gostando ou não), só para desopilar o fígado, só para imaginar a expressão de ódio de algum amigo ou amiga politicamente correto(a).<i> See you late, alligator!</i></span></o:p></span></div>
Jotabêhttp://www.blogger.com/profile/14925216667676727880noreply@blogger.com2