George Bernard Shaw foi um dramaturgo,
romancista, contista, ensaísta e jornalista irlandês. Ganhou o Prêmio Nobel de
Literatura em 1925. Era também um fantástico autor de frases e aforismos inteligentíssimos. Na
web consta ser ele o autor desta frase:
Alguns
homens veem as coisas como são, e dizem "Por quê?". Eu sonho com as
coisas que nunca foram e digo "Por que não?"
Bacana, não? Mas não é ele o assunto de hoje. Essa frase genial apenas serve de conexão com o tema do post. Se você admira a criatividade sem limites, se você reverencia quem consegue
pensar de forma absolutamente livre, continue a ler este texto. Caso contrário,
você só achará que o tema é coisa de criança ou de adulto infantilizado e aí
talvez seja melhor assistir uma partida de futebol ou um filme sobre zumbis na TV.
Desde sempre, desde que me entendo por gente
(chavão, chavão!), gosto de desenhos animados e histórias em quadrinhos. Quando
era criança algumas "autoridades" afirmavam que a leitura de
revistinhas (ou gibis, como se dizia) poderia impedir o gosto pela boa
literatura contida nos livros. No meu caso, pelo menos essa foi mais uma dessas
bobagens ditas de forma solene que se vê por aí. Na prática, tracei tudo o que
me caiu nas mãos. E o que aprendi é que algumas histórias em quadrinhos são
infinitamente mais inteligentes e criativas que romances escritos por
medalhões.
Por que estou dizendo essas coisas? Porque
esse é o assunto de hoje. Há muito tempo, penso que o sucesso obtido pelas
primeiras histórias em quadrinhos e os primeiros desenhos animados deveu-se ao
fato de serem feitos para adultos. As crianças podiam gostar também (e
gostavam!), mas as sutilezas, as citações e o humor eram basicamente “iguarias”
para adultos.
Meus desenhos prediletos eram o Picapau
(Woodpecker), a dupla Tom e Jerry e o Pernalonga. Em seu início, eram personagens
totalmente incorretos: o Picapau era quase um psicopata, Tom e Jerry eram puro
sadismo e o Pernalonga um mestre da enganação, da falsidade e do estelionato.
Depois, foram sendo suavizados e infantilizados. Aí parei de ver.
Mais tarde vieram a Pantera Cor de
Rosa (Pink Panther), os Simpsons e os meninos escrotinhos
do South Park. Desenhos geniais, engraçadíssimos e totalmente incorretos
(o que é ótimo). Às vezes ainda assisto algum desses, mas não tenho mais tanto
interesse. Velhice, talvez.
Mas, dias atrás, descobri um novo desenho que
honra os grandes criadores e roteiristas dessa área. No Brasil tem o nome de “O
incrível mundo de Gumball”. A primeira vez que vi (passa no canal a cabo
Cartoon Network), fiquei pasmo com a farra criativa que ele apresenta. Um de
meus filhos disse que os criadores deviam estar sob efeito de drogas
alucinógenas quando o criaram.
O desenho é de uma simplicidade total e as
histórias são bastante bobinhas, mas o aspecto gráfico é alucinante: os cenários,
feitos com recursos de computação gráfica, parecem saídos de um programa de
decoração, de tão realistas. Isso quando não utilizam fotografias mesmo. Os
personagens, entretanto são o máximo do delírio: excluídos os principais, é
possível encontrar um Tiranossauro Rex hiper realista conversando com uma
nuvem; ou um balão (bexiga) de gás; ou uma impressão digital, ou um floco de
neve, ou um amendoim com chifres, ou um sorvete ou...
Cada um desses personagens com uma técnica
diferente, com uma textura diferente, com um acabamento diferente. O que se
pode dizer de um kit de bateria com problemas respiratórios, que quando tosse
faz a caixa (tambor) rufar? Só para dar mais uma pista dessa maluquice
divertida, peguei na internet uma relação de personagens e escolhi alguns:
· Gumball: protagonista da série, é um gato azul do sexo
masculino, tem 12 anos
· Darwin: peixe de estimação, adotado como
filho pela família de Gumball.
· Carrie: uma fantasma deprimida de 12 anos de idade.
· João Banana: uma banana (de verdade, mas com olhos e boca feitos de massinha de modelar (que é também personagem).
· Masami Clouder: uma nuvem muito sentimental.
· Tina Rex: um Tiranossauro Rex hiper-realista. É a valentona da escola.
· Teri Pauline: uma ursa feita com papel amassado.
· Tobias Wilson: um arco-íris que estuda no colégio de
Gumball.
· Alan: um balão verde (fotografia com olhos de hidrocor) cheio de gás hélio. Outro colega do gato.
· Carmen Cactus: um cacto fêmea que é a paixão de Alan (o
balão)·
· Anton Toast: pão de forma torrado (imagem real de uma
fatia, com olhos feitos a caneta).
· Sal Left Thumb: uma impressão digital que é um "perigoso" assaltante.
· Enfermeira Lady Angelica: um band-aid. E por aí vai.
· Sal Left Thumb: uma impressão digital que é um "perigoso" assaltante.
· Enfermeira Lady Angelica: um band-aid. E por aí vai.
Não tenho mais o que dizer, a não ser sugerir que vejam o desenho só para curtir sua criação caótica e seus personagens alucinógenos.
Uma vez vc me recomendou que eu assistisse, acho que esqueci de comentar que achei realmente interessante. Seus últimos textos andam muito bem redigidos, não posso deixar de dizer.
ResponderExcluir"J"
Preciso fazer uma confissão constrangedora: a estatística do blog indicou baixíssima visualização dos dois posts em que abordo minha infância e juventude. Fiquei tão frustrado que interrompi a sequência de lembranças pessoais e divulguei esse último texto. Quanto à avaliação generosa, lembro que são textos escritos em 2010. A partir de hoje (amanhã, à zero hora), só textos do Blogson (os últimos, só para lembrar). Obrigado, mais uma vez pelos acessos constantes.
ExcluirEsse desenho é meu velho conhecido, JB. Tenho um filho de 6 anos, logo, sou expert em desenhos animados atuais, querendo ou não.
ResponderExcluirRecomendo mais dois para você, que são transmitidos pelo mesmo canal do Gumball : Titio Avô e Steven Universe.
Vou conferir. Valeu!
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