domingo, 17 de julho de 2016

PERÍODO SABÁTICO

Desde a criação deste blog, em 07/06/2014, e durante mais de um ano, eu publiquei um texto (ou desenho) por dia. Naquele período, por conta de um TOC moderado já várias vezes citado, a cada dia da semana era reservado um estilo ou temática específica. Assim, ao domingo era reservada a abordagem de assuntos com predominância religiosa. No começo, aproveitei vários textos que tinha mandado por e-mail para algumas pessoas. Eram textos movidos por uma genuína inquietação interior. Não significando que eram sérios ou chapa branca.

Falei (mal) de quase todas as religiões, fiz piadas (sempre ruins), critiquei, o escambau. Só não falei do islamismo, porque, como diriam os franceses, “bien que je suis Charlie, je ne suis pas fou” (obrigado, Google!).

Continuo católico, continuo indo à missa todo domingo, continuo cheio de dúvidas, continuo irritado com a falta de vergonha na cara de alguns tele-pastores e tele-padres por aí. Continuo sendo radicalmente contra todo tipo de radicalismo e de fundamentalismo. Ou seja, tudo está como era antes. Então, ficar tentando achar algum assunto com viés religioso (esse negócio de viés é muito pedante!) para escrever acabou resultando em uma coisa apenas repetitiva, requentada, mais ou menos como qualquer música mais recente do Jorge Ben(jor). Expressando-me de forma mais clara: era só um pouco mais do mesmo.

Por isso, pensando em me desapegar dessa obrigatoriedade (que eu mesmo estabeleci), resolvi cumprir um período sabático de duração incerta, pensando em só escrever novamente sobre esse tipo de assunto se sentisse a mesma inquietação de antes. Assim, as piadas e desenhos inspirados no Antigo Testamento que fiz depois dessa decisão foram vinculados apenas às seções "Sem Noção" e "Eu não Sei Desenhar".

Pois bem, faz algum tempo, li no site do IG uma reportagem sobre o mestre da literatura de terror, Stephen King, que tem um enfoque (sobre religião) muito parecido com minha visão pessoal. Não tive dúvidas, copiei alguns trechos que mexeram mais comigo. Esses trechos da entrevista estão reproduzidos a seguir:.

- "Eu escolho acreditar que Deus existe e, portanto, posso dizer: 'Deus, eu não posso fazer isso por mim. Ajuda-me a não tomar uma bebida hoje. Ajuda-me a não tomar uma droga hoje'. E isso funciona bem para mim".

Stephen King (...) descreveu a religião organizada como "uma ferramenta muito perigosa que tem sido mal utilizada por um grande número de pessoas". (...)

No entanto, ele disse que escolhe acreditar em Deus "porque torna as coisas melhores. Você tem um ponto de meditação, uma fonte de força", disse ele disse à revista Rolling Stone.


Voltando ao Blogson: algumas pessoas (e não sei explicar isso) precisam de Deus; creem ou precisam Nele crer. Eu sou uma dessas pessoas. A crença em Deus me faz bem. Agora, se Ele existe ou não (e eu espero que sim), só esperando a próxima “encadernação” para saber. Ou, como diz a letra da música Monsieur Binot:

E o resto nunca se espera
O resto é próxima esfera
O resto é outra encarnação!!!

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