Em 29/12/2020, dia em que
comecei a escrever este “desabafo-colcha
de retalhos-explicação” para anunciar a publicação sequencial de quatro
posts mega depressivos e escritos em momentos distintos, quarenta países já
tinham começado a vacinar sua população. A Argentina – arqui-rival do Brasil no
futebol – estava ganhando de goleada no quesito vacinação, pois começou naquele
dia a aplicar a Sputnik, outra
vacina "comunista" (ahahah!!!).
Esses fatos, acentuando pensamentos
recorrentes e embolados com as restrições que a idade traz, geraram e geram
espasmos depressivos que eu tento registrar como testemunhos de uma época
infeliz em que me sinto acuado, sitiado por exércitos de vírus e de boçais,
impedido de sair de casa sem correr o risco real de ser contaminado por um nano
organismo que cavalga jumentos, antas e cavalões.
Na deliciosa música “Às vezes”, da Tulipa Ruiz há este
versos “Às vezes quando eu chego em
casa o silêncio me arrasa e eu ligo logo a TV”. Sorte dela poder chegar em
casa, sinal de que saiu em algum momento. Infelizmente, por pertencer ao
chamado grupo de risco (idoso, obeso, hipertenso, hipotiroideu e com
uma “alteração não identificada no
pulmão”), posso contar nos dedos das mãos do Lula as vezes em que saí de
casa. Minha mulher é ainda um pouco mais vulnerável. E esta é a chave deste
post.
Essa clausura vai dando uma
gastura, um cansaço, uma tristeza que ao se acumular muito extravasa, "sai pelo ladrão" na forma
de depressão, desalento, irritabilidade, fissura de dormir por um ano em
posição fetal. Isso pode afetar (e afetou) o relacionamento com a mulher, os
filhos, e com quem mais eu consegui “cravar
os dentes”. Aí, para aumentar a dose, a dor, o terror, ouvi dizer depois de muitos atrasos e evasivas que a
vacina chinesa não teria a mesma cobertura de outras vacinas. Isso não me
incomodou tanto, pois desde que aprovada pela Anvisa eu tomaria essa vacina,
qualquer vacina, mesmo que fosse feita de cocô de pombo ou restos de comida (lavagem)
recolhida em chiqueiros de porcos.
Naquele momento o que mais
me exasperou foi a queda de confiança que tinha em um mauricinho que deveria
ter sido transparente desde o início, contraponto necessário a um imbecil e
ignorante terminal que não percebe que tudo o que deseja seria facilmente
obtido se tivesse quebrado seus preconceitos e corrido atrás das vacinas, de
quaisquer vacinas, fossem elas desenvolvidas na China, na Alemanha, em Katmandu
ou na África subsaariana, pois a vacinação maciça da população seria (será) para a
Economia como água fresca para uma planta desidratada pelo calor. Mas parece
ser esse um pensamento demasiadamente elaborado para seu cérebro primitivo de
troglodita moderno.
Pois bem, depois de muita queda de braço desnecessária entre dois prováveis candidatos à presidência da “res pública”, tão mais inaceitável quando se fica sabendo que 250.000 mortes poderiam ter sido evitadas se a Anvisa tivesse analisado e liberado a “vachina” Coronavac tão logo as primeiras doses chegaram ao Brasil, finalmente a primeira dose foi aplicada.
Hoje, dia 17/01/2021, depois de muita enrolação, a Anvisa aprovou o "uso emergencial" das vacinas de Oxford (AstraZeneca) e Coronavac (a mesma que o imbecil terminal tanto criticou, menosprezou, condenou e ironizou). Imagino como ele deve estar puto pela primeira dose ter sido aplicada em São Paulo, pois parece que tudo o que queria era ter a primazia e o direito de iniciar a vacinação (com a AstraZeneca) antes que seu rival paulista pudesse fazê-lo (com a Coronavac), o que atenderia sua obsessão pela própria reeleição em 2022 (parece que “só pensa naquilo”). Mas a Índia fez como uma de suas vacas sagradas, cagou e andou para esse desejo, pois tem mais o que fazer.
Pois bem, depois de muita queda de braço desnecessária entre dois prováveis candidatos à presidência da “res pública”, tão mais inaceitável quando se fica sabendo que 250.000 mortes poderiam ter sido evitadas se a Anvisa tivesse analisado e liberado a “vachina” Coronavac tão logo as primeiras doses chegaram ao Brasil, finalmente a primeira dose foi aplicada.
Hoje, dia 17/01/2021, depois de muita enrolação, a Anvisa aprovou o "uso emergencial" das vacinas de Oxford (AstraZeneca) e Coronavac (a mesma que o imbecil terminal tanto criticou, menosprezou, condenou e ironizou). Imagino como ele deve estar puto pela primeira dose ter sido aplicada em São Paulo, pois parece que tudo o que queria era ter a primazia e o direito de iniciar a vacinação (com a AstraZeneca) antes que seu rival paulista pudesse fazê-lo (com a Coronavac), o que atenderia sua obsessão pela própria reeleição em 2022 (parece que “só pensa naquilo”). Mas a Índia fez como uma de suas vacas sagradas, cagou e andou para esse desejo, pois tem mais o que fazer.
Este texto está tão caótico e fragmentado (a causa é ter sido escrito em três datas diferentes) que resolvi dividi-lo em dois, pois as partes não estavam colando direito. Mas a diferença de publicação é só de dois minutos.
Para encerrar esta primeira parte deixo claro que não sou contra quem é de
Direita; sou contra quem apoia a anta presidencial e é da Direita radical. O mesmo
pode ser dito em relação à Esquerda. Não sou contra quem é de Esquerda, sou
contra o PT, seus caciques e os fanáticos que só sabem gritar "Lula livre". Sou de centro-direita moderadíssima – mas contra
quem vota ou pertence ao Centrão. E radicalmente (essa
foi só para provocar espanto) contra todo tipo de radicalismo e
fundamentalismo, seja ele político, comportamental ou religioso.
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