terça-feira, 9 de julho de 2024

CRÔNICA - RICARDO KERTZMAN


De acordo com definição encontrada na coluna que publica no portal Isto É e em outros jornais, “Ricardo Kertzman é blogueiro, colunista e contestador por natureza. Reza a lenda que, ao nascer, antes mesmo de chorar, reclamou do hospital, brigou com o obstetra e discutiu com a mãe. Seu temperamento impulsivo só não é maior que seu imenso bom coração”.
 
Em sua página encontra-se a possibilidade de compartilhamento do texto através de várias mídias – Facebook, Linkedin, Whatsapp, e-mail e Twitter (imagino que o Elon Mala tenha se inspirado no Eike Batista para substituir o nome original por “X”). Mas considero uma falha lamentável desse colunista que não ofereça também um link para o famosérrimo Blog Crusoe. 

Para corrigir essa  miopia em marketing, resolvi divulgar aqui no blog sua crônica publicada no dia 05/07/2024, pois tem tudo o que aprecio: ironia, bom humor e críticas ao Bozo e ao Lula. Lêaí.
 

Depois de Bolsonaro, o imbrochável, temos Lula, o garanhão; pobre Brasil
 
Jair Bolsonaro e Lula têm mais semelhanças que diferenças: populistas, demagogos, mentirosos, autoritários, filhos que enriqueceram depois que os “papis” tornaram-se figurões da política, processos e condenações judiciais às pencas (ainda que algumas tenham sido amigavelmente anuladas). Praticamente almas gêmeas, eu diria.
 
O patriarca do clã das rachadinhas e das transações imobiliárias milionárias – sempre maravilhosamente bem-sucedidas -, envolvendo muito “dinheiro vivo”, fruto, segundo um sortudo bolsokid, de espetaculares vendas de panetones de chocolate (inclusive fora de época), sempre se vangloriou da forma física e extrema virilidade.
 
Surgiram daí os autoelogios imorrível e imbrochável. Afinal, um bravo capitão que não morreu após uma facada, jamais morreria por uma “gripezinha qualquer”. É uma pena que centenas de milhares de brasileiros não puderam dizer o mesmo. Já Dona Michelle Bolsonaro, diante de uma enorme multidão, ouviu o coro: “imbrochável, imbrochável”.
 
Já o termo “incomível” surgiu depois. Um colunista meio maluco, incomodado com a frequência com que o maníaco da cloroquina atacava os homossexuais, escreveu: “Bolsonaro deve ser gay”. Quem nunca ouviu falar em “projeção” (Freud explica) pesquise e entenderá a ironia do autor da coluna, coincidentemente, o mesmo desta.
 
O presidente “quinta série”, então, na falta de algo mais importante para fazer, como administrar o País, por exemplo, decidiu responder à provocação infantil deste escriba: “Não adianta me cantar; sou incomível’. Na boa, não sei como o Brasil sobrevive a isso e a estoquistas de vento, se é que se lembram de Dilma Rousseff.
 
Luiz Inácio Lula da Silva, a quem carinhosamente me refiro como ex-tudo (ex-réu, ex-condenado, ex-presidiário), é outro que sempre jactou-se da forma física – e com justiça, aliás. Também sempre se vangloriou da própria “força de trabalho” – igualmente justo. Uma pena que quantidade não signifique qualidade, não é mesmo?
 
Estava faltando, portanto, a medalha de ouro sexual. Nesta sexta-feira (5), o Pai do Ronaldinho dos Negócios finalmente empatou o jogo com Bolsonaro, e agora é, também, um garanhão insaciável: “Quando digo que tenho energia de 30 [anos] e tesão de 20, eu estou falando com conhecimento de causa”. Aêêêê, presida!!
 
E continuou: “Quem acha que o Lulinha está cansado pergunta pra Janja. Ela é testemunha ocular”. Ai, ai… Nem parece o mesmo senhor que confundiu uma garrafinha de água mineral com um microfone, um pouco mais cedo. É mais um que, na falta do que fazer e dizer, apela para o “populacho”. Lula coelho? Bem, Freud explica (outra vez).

 


4 comentários:

  1. É isso o que eu penso. E tem gente que acha que eu sou de esquerda por criticar a extrema direita. O Lula e o Bozo são a mesma farinha colocada em sacos diferentes. Os sacos representariam as convicções de cada um e a farinha é a essência que os torna imagens espelhadas um do outro. Eu considero o Bozo infinitamente pior que o Lula, mas quero distância dos dois. Talvez esteja errado ou equivocado, pois política é uma coisa que não me desce bem.

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  2. Eu sou um sonhador e acredito que dá para aproveitar o bom de cada visão e tentar homogeneizar.

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  3. Pois é, é exatamente isso. Pobre povo brasileiro que ficou na polarização entre dois garanhões.

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