Quando minha neta Bia estava com cinco anos,
cometeu um equívoco super tchutchuquinha: ao comentar sobre o arco-íris ela
disse “marco-íris”. O pai logo imaginou
alguma coisa relacionada com “mar”, Quando
fiquei sabendo disso, minha mente doentia logo imaginou um novo personagem de
HQ, eventualmente pertencente ao espectro LGBTQIA+ (por que não?). Quer melhor
nome para o personagem principal que “Marco
Íris”?
Aí resolvi registrar a ideia em um post a que
dei o título de “Protótipo”, não no
sentido de propriedade intelectual, apenas de preservação da memória. Publicado
em setembro de 2023, o texto trazia a essência do que eu havia imaginado:
Marco
Íris... Quer nome mais simpático? Se eu ainda tivesse inspiração e motivos para
rir tentaria fazer uma pequena série com esse personagem. Seriam desenhos
super esquemáticos, talvez do tipo "palito", quase infantis,
apresentando as "aventuras" e desventuras do protagonista, mas cheios
de non sense. Além disso, não seria nada sexualizado, nada muito malicioso.
Seriam piadas toscas tipo "quinta série", assim imagino. O cenário e
personagens coadjuvantes em formas minimalistas seriam obrigatoriamente
apresentados em cores exuberantes - menos o protagonista “Marco Íris”, o
personagem principal. Ele sempre seria representado, sempre “vestiria” apenas
tons de cinza, preto e branco.
Essa era a piada, um (m)arco íris em preto e branco. Bom, graças à ajuda das formas geométricas do
Word e ao meu “enorme” conhecimento
de Paintbrush (já declaro que não tenho
Photoshop instalado no meu computador
e nem sei mexer com essa merda), fiz um desenho mega tosquíssimo só para fixar
e ilustrar a ideia. O resultado – perdoem-me a vulgaridade – ficou uma bosta.
Ontem, entretanto, ao ver nas estatísticas
que alguém havia acessado esse post, resolvi pedir ajuda à IA Ideogram para criar um desenho mais
bonitinho dessa ideia. Mas as IA, apesar de artificiais, são muito temperamentais
e parecem ter um comportamento muito humano, pois eu pedia uma coisa e ela, de
sacanagem, me entregava outro. O texto que propus foi este:
“Desenho
caricato apresentando três crianças, um menino e duas meninas, em um cenário de
cores exuberantes, com árvores, flores e arbustos. As meninas também são
coloridas, com os rostos corados e com cabelos louros ou ruivos. Tudo é
colorido, exceto o menino que é apresentado todo ele nas cores preto branco ou
cinza, inclusive suas roupas.”
Infelizmente, esqueci-me de pedir uma versão
em que o Marco Íris se veste de
menina e as meninas usam roupas masculinas. Ficaria hilário, mas agora é tarde. E se alguém foda
em desenho quiser aproveitar essas ideias para criar uma HQ com humor de quinta
série e desenhos bem toscos e esquemáticos (do genial Angeli para baixo), tem
minha benção. Depois de quatro solicitações que resultaram em dezesseis
desenhos, escolhi o menos pior para esta postagem e deixei a IA entregue às
suas idiossincrasias humanas. Olhaí.
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Imaginei que seria mesmo (você precisa ver as imagens geradas depois de incluir a informação cross dresser e referencias a roupas masculinas na meninas e feminina no Marquinho. Aí eu seria excomungado). Mas excluindo a conotação LGBT, eu considero a piada do (m)arco-íris em preto e branco uma bo sacada. Talvez desse para fazer algumas tirinhas, uma mistura das histórias do Calvin, Mafalda, Pererê e Turma da Mônica.Mas seria bom que o traço fosse tosco e mal acabado, pois americano tem a mania de "fechar" o desenho e colocar muitos detalhes. Lembra das histórias publicadas na revista MAD em seu início? Por isso é que eu gosto do traço tosco do genial Angeli.
ResponderExcluirRealmente, suspense e terror não são a minha praia. Mas não vejo problema em uma HQ com crianças. A turma da Mônica é 100% infantil, mas os diálogos da Mafalda e do Calvin são mais adultos que uma HQ de super-heróis. É o texto que define o público. Quanto ao uso, faça o que quiser com o personagem, ele é seu.
ResponderExcluirVocê não entendeu. Ele é seu, é um presente que te dou. Faça com ele o que quiser, pois eu não farei nada. O jogo de palavras (involuntário) é de minha neta, o personagem foi imaginado por mim, mas o desenvolvimento e as eventuais histórias são ou serão criações suas e publicadas só no seu blog. Eu apenas dei o chute inicial, sacou?
ResponderExcluirPare com isso! Você não tem de me dar satisfação de nada! Entenda que o personagem e o nome são seus agora. Se quiser colocar 10 amigos ou colegas ou apenas um ou nenhum, Você é o dono. Ao contrário do que pensa, a Suno sou eu, não você. Eu dei o tema, a "letra" é sua.
ResponderExcluirQuer uma idiotice que me ocorreu agora? Alguém pergunta para ele por que não tem cores e ele responde que quando sua mãe estava grávida, ela leu e ficou muito excitada com o livro "50 tons de cinza"
ResponderExcluirÉ nessa linha besteirol que eu gosto de caminhar.
ResponderExcluir- Todo mundo ri de mim por eu ser feito só de preto, branco e cinza!
ResponderExcluir- Todo mundo não!
- E quem são essas pessoas?
- Os torcedores do Coríntians, Botafogo, Atlético Mineiro e Santos.
xxx
- Você ficaria comigo mesmo eu sendo feito só de preto, branco e cinza?
- Esquece isso!
- O que você não sabe é que meu coração é vermelho.
- Ah, que fofo!
xxx
- Não estou suportando mais esta explosão de cores!
- Por que, Marco?
- O autor desta história devia ter pensado que uma cópia xerox a cores custa cinco vezes mais que em preto e branco! Assim ninguém aguenta!
Crianças falando errado são sempre um momento de descontração. Eu corrigia logo o meu filho, nada de falar errado com 5 anos...mas tua ideia foi legal, tirando a desnecessária alusão à Sopa de Letrinhas. Crianças não são héteros, nem gays, nem trans, são crianças.
ResponderExcluirVocê tem razão no que disse, mas o humor (para mim, pelo menos) é sempre transgressor. Por isso a ideia de uma HQ com crianças. O Luis Fernando Veríssimo deu uma aula de criação de humor em sua crônica/conto "O Recital". Se quiser ler (é hilário!), siga este link: https://blogsoncrusoe.blogspot.com/2016/02/o-recital-luis-fernando-verissimo.html
Excluirconcordo que o humor é sempre transgressor mas hoje há o tal do politicamente correto. Por exemplo, fazer piadas com a turma LGBT está fora de questão, você é "cancelado" na hora e chamado de tudo que é nome terminado com "ista"...o que me dá vexação é que exatamente essa turma, procura politizar seus desejos e orientações sexuais de forma agressiva, impositiva e se estabelecendo como grupo "intocável", "incriticável", "impiadado"..."impiadado": diz-se daquele que não se pode fazer piadas...
ExcluirOs seus comentários e os do Fabiano me inspiraram a escrever um texto na linha besteirol. Mas só sairá amanhã.
ExcluirAdoro a capacidade das crianças em resolver problemas!
ResponderExcluirBeijos e Abraços,
BLOG | Instagram
Oi, Isabel, obrigado pela visita!
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