Hoje acordei com uma música na cabeça que me
fez lembrar de um filme assistido há muito tempo. Mas antes de falar desse
filme e da impressão que me causou preciso contar um caso patético que talvez carregue
dentro de si uma mensagem subliminar.
PRIMEIRO EPISÓDIO
Minha prima mais velha morreu com mais de oitenta anos, vítima do Mal de Parkinson. Quando ainda estava no início da doença foi surpreendida pela decisão do marido de separar-se dela, decisão ainda mais espantosa pelo motivo alegado: o "conje", também ele com mais de oitenta anos, disse que "queria aproveitar o resto de juventude". Talvez ela devesse ter-lhe perguntado a qual "resto de juventude" ele se referia. Mais bizarro impossível, concordam?
SEGUNDO EPISÓDIO
Lá por volta de 1990, aluguei algumas fitas VHS que traziam a divertida série "Histórias Maravilhosas" ("Amazing Stories") criada pelo Spielberg, cada fita com uns três episódios de ficção. Um deles me marcou muito, em parte talvez pela trilha sonora. Creio que o título era "O Trem fantasma". É a história de uma família (pai, mãe, filho e avô) morando em uma propriedade no meio do nada mais poeirento. Talvez a casa fosse uma antiga estação de trem de uma linha desativada (mas não tenho certeza nenhuma disso). E o avô diz para o neto que muitos anos atrás tinha deixado de tomar um trem que descarrilou e matou todo mundo, algo assim. E que agora o trem viria buscá-lo para continuar a viagem.
Não me lembro mais dos detalhes exatos, mas o pai do menino (e filho do velho) reclama dessa bobagem. Aí começa a ser ouvido o som de um trem se aproximando, o chão começa a tremer e surge do nada um trem de passageiros, que para diante do olhar atônito dos pais da criança. Os passageiros estão vestidos à moda do início do século XX e o bilheteiro do trem sorri para o velho e o convida a embarcar. O velho embarca, o trem parte e desaparece novamente.
A música que embala esse episódio é "The Midnight Special" uma gravação da banda Creedence Clearwater Revival. Se alguém quiser ouvir essa música (muito boa, diga-se), siga o link no final deste texto.
TERCEIRO EPISÓDIO
PRIMEIRO EPISÓDIO
Minha prima mais velha morreu com mais de oitenta anos, vítima do Mal de Parkinson. Quando ainda estava no início da doença foi surpreendida pela decisão do marido de separar-se dela, decisão ainda mais espantosa pelo motivo alegado: o "conje", também ele com mais de oitenta anos, disse que "queria aproveitar o resto de juventude". Talvez ela devesse ter-lhe perguntado a qual "resto de juventude" ele se referia. Mais bizarro impossível, concordam?
SEGUNDO EPISÓDIO
Lá por volta de 1990, aluguei algumas fitas VHS que traziam a divertida série "Histórias Maravilhosas" ("Amazing Stories") criada pelo Spielberg, cada fita com uns três episódios de ficção. Um deles me marcou muito, em parte talvez pela trilha sonora. Creio que o título era "O Trem fantasma". É a história de uma família (pai, mãe, filho e avô) morando em uma propriedade no meio do nada mais poeirento. Talvez a casa fosse uma antiga estação de trem de uma linha desativada (mas não tenho certeza nenhuma disso). E o avô diz para o neto que muitos anos atrás tinha deixado de tomar um trem que descarrilou e matou todo mundo, algo assim. E que agora o trem viria buscá-lo para continuar a viagem.
Não me lembro mais dos detalhes exatos, mas o pai do menino (e filho do velho) reclama dessa bobagem. Aí começa a ser ouvido o som de um trem se aproximando, o chão começa a tremer e surge do nada um trem de passageiros, que para diante do olhar atônito dos pais da criança. Os passageiros estão vestidos à moda do início do século XX e o bilheteiro do trem sorri para o velho e o convida a embarcar. O velho embarca, o trem parte e desaparece novamente.
A música que embala esse episódio é "The Midnight Special" uma gravação da banda Creedence Clearwater Revival. Se alguém quiser ouvir essa música (muito boa, diga-se), siga o link no final deste texto.
TERCEIRO EPISÓDIO
Alguém poderá se perguntar por qual motivo
juntei as duas histórias em um mesmo post. E o motivo é este: tenho pensado
cada vez com mais clareza em aproveitar o resto de "juventude" que ainda tenho para tentar fazer coisas
novas ou retomar hábitos abandonados com a criação do blog.
E a mensagem subliminar é esta mesma que devem estar imaginando: precisamos estar prontos para embarcar quando o nosso trem chegar. Há poucos anos eu descia as escadas pulando de dois em dois degraus, mas hoje preciso me apoiar para descer degrau por degrau, sempre com o mesmo pé, lentamente.
Isso significa alguma coisa? Claro! Tenho pensado cada vez com mais frequência em me “aposentar”, em parar de brincar de blogueiro, parar de espremer o cérebro em busca de inspiração para novas publicações, despir-me do uniforme do sub-herói Jotabê (o "defensor dos frascos e dos comprimidos" como disse alguém). Esse pensamento ficou ainda mas claro com o isolamento forçado a que fomos submetidos por ter sido contaminados pela Covid.
E a mensagem subliminar é esta mesma que devem estar imaginando: precisamos estar prontos para embarcar quando o nosso trem chegar. Há poucos anos eu descia as escadas pulando de dois em dois degraus, mas hoje preciso me apoiar para descer degrau por degrau, sempre com o mesmo pé, lentamente.
Isso significa alguma coisa? Claro! Tenho pensado cada vez com mais frequência em me “aposentar”, em parar de brincar de blogueiro, parar de espremer o cérebro em busca de inspiração para novas publicações, despir-me do uniforme do sub-herói Jotabê (o "defensor dos frascos e dos comprimidos" como disse alguém). Esse pensamento ficou ainda mas claro com o isolamento forçado a que fomos submetidos por ter sido contaminados pela Covid.
Quero retomar hábitos antigos (tocar
violão, ouvir músicas, ler bastante, ver televisão, coçar saco, nadar) que foram deixados meio de lado por culpa do frisson provocado pelo blog. Ou
fazer coisas novas (tentar publicar e-books seguindo o caminho das pedras
indicado pelo Fabiano, meu mais recente amigo virtual), talvez criar um perfil
no Instagram, etc.
Em outras palavras, quero tentar arrumar "a casa" enquanto espero o "trem" chegar. Ainda voltarei a este assunto em outro post, pois não sei como será o "modus operandi", nem quando nem como.
Don't Know Why There's No Sun Up In The Sky Stormy Weather...
Cancelaram até o Papai Noel.
ResponderExcluirPãããããta....
https://pleno.news/mundo/inglaterra-natal-e-removido-de-universidade-por-ser-ofensivo.html
É, a vantagem que eu tenho é que minha idade talvez me proteja do crescimento desse tipo de pensamento (morrerei de velhice, não de tristeza). Uma coisa é você planejar o futuro que acha justo, a outra é tentar reescrever o passado de que discorda.
ExcluirAcho válido fazer tudo isso e continuar com o blog, compartilhando sobre. Adorei a ideia de tentar criar Instagram. Quando conseguir, me envia seu @.
ResponderExcluirVocê é a rainha da gentileza, mas estou cansado do blog. Estou me sentindo um bagaço de cana depois de extraída toda a garapa ou uma mamucha de laranja mais que chupada (fisicamente também não fico longe disso)
ExcluirMinha mulher já disse para criar um perfil no Instagram, mas não faço a menor ideia que vantagem isso pode trazer para mim. Eu não consegui excluir meu perfil dofacebook mas me recuso a acessá-lo. A maioria de meus "amigos de facebook" é de gente velha, chata, careta e sem assunto. Os que tinham mais ânsia de postar publicavam coisas a favor do Bolsonaro. Fiquei me perguntando o que ganhava com isso e a resposta foi nada. Primeiro excluí os mais radicais (ou fui excluídos por eles) e depois parei de entrar na rede.
ResponderExcluirVocê tem cinco e-books publicados. Sua marca, suas impressões digitais estão lá. É isso que eu desejo também, pois cansei de brincar de blogueiro (na verdade a inspiração secou). Por isso a ideia de deixar livros publicados, mesmo que ninguém os leia ou compre, pois o Brasil é um país de analfabetos funcionais. A vantagem é fazer uma seleção do "melhor do peor" como dizia o Emílio Surita. Aguardarei com o máximo interesse seu texto sobre isso. Abraços.
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