quinta-feira, 29 de dezembro de 2022

ESPERANDO A CHEGADA DO ANO NOVO

 
Como sabem as leitoras e leitores mais frequentes desta bagaça, eu me formei em engenharia (depois de cinco anos de malandragem e irresponsabilidade) no jurássico ano de 1974. Naquela época o CREA ainda era “Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura”. Hoje a Arquitetura abandonou esse barco, preferindo navegar por conta própria. Não importa.
 
Ainda recém-formado, tive a oportunidade de conhecer um engenheiro já velhinho cujo número de registro era 23. Para se ter uma ideia da diferença de idade e de tempo de formado, meu registro é 13.000 e alguma coisa.
 
Hoje minha mulher pediu-me para levar um presentinho de Natal para uma senhora que foi sua professora primária (pois é...). Ao chegar ao portão do prédio onde mora essa nossa amiga, comecei a rir sozinho na rua (coisa de gente doida ou senil). E o fato causador foi a placa com identificação da responsável técnica de uma obra que está sendo executada perto da casa dessa senhora. O CREA da engenheira tem o número 155 mil e fumaça! É mole?
 
Aí não teve jeito: na hora, pensei na musiquinha da Globo que diz “Marcas do que se foi...”.

O engenheiro de número 23 há muito tempo deve estar “dormindo profundamente” e eu, com meu CREA 13.000 já posso começar a pensar em “arrumar minha cama”, torcendo para que a engenheira número 155.000 tenha sido mais responsável que eu. "O tempo passa, o tempo voa..."

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