quinta-feira, 4 de janeiro de 2024

SINCERA MENTE

 
Tudo o que eu quero é ver o Blogson bonitão, saudável, hígido. Mas ele não é nada disso, está fraquinho, caidinho, mal se aguentando de pé. Talvez o bom senso indicasse a necessidade de uma decisão como a que é tomada por alguns cantores e bandas de rock – parar de se apresentar, aposentar-se. Mas eu não sou cantor nem nunca toquei em uma banda de rock (lacuna terrível na minha vida, diga-se). Por isso seguirei cumprindo a promessa de nunca mais pensar em acabar com o blog.
 
Isso pode soar bem, mas há efeitos colaterais. Um deles é a falta do que dizer. O outro é uma impaciência e falta de saco de responder aos comentários que eventualmente são feitos no blog. Mas deixo claro que publico TODOS os que são feitos, mesmo que sejam agressões gratuitas. A única exceção que faço é quando recebo pedidos de “não publique”, que atendo obedientemente. Mas se publico todos, reservo-me o direito de responder ou não. O motivo de agir assim? Stress pessoal, cansaço, falta de saco.
 
Antes eu fazia questão de comentar alguma coisa, qualquer coisa nos blogs que seguia, na esperança de emular na blogosfera o enunciado da terceira lei de Newton. Em outras palavras, provocar uma ação e reação do tipo “eu comento no seu blog e você comenta no meu”. Hoje, seguindo apenas três blogs ativos, não me preocupo mais em divagar sobre tudo o que leio e nem espero que comentem as tranqueiras que publico no Blogson. E, para ser sincero, nem sempre leio as publicações recentes. Acho que estou cansado dessa vida de blogueiro ansioso e neurótico. Curiosamente, leio todos os comentários deixados nos blogs que acompanho (devo ter alma de fofoqueiro).
 
Então é isso. Estou tão desanimado e sem saco que nem sei como terminar este post. Talvez funcione se escrever “ponto”.

5 comentários:

  1. Eu ainda sinto uma gentil e gostosa "obrigação" de comentar nos blogs que também visitam e comentam no meu. É uma troca gostosa, legal. Ou pelo menos é pra ser.
    Esse ano você completa 10 anos de blog. Imagino os longos caminhos que percorreu. Imagino, também, como deve ser fácil se cansar.

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    1. Oi, Maju, usarei um trecho de crônica do insuperável Rubem Braga em que ele fala de sua produção literária, para responder parcialmente ao seu comentário: “com o tempo a gente fica menos ansioso e mais humilde e se às vezes contempla a filharada toda com aborrecimento pelo menos não a despreza mais por amor dos recém–nascidos, que já sabemos que não são grande coisa”. Dez anos depois da criação do Blogson eu tenho esse sentimento bem sedimentado.
      Há coisas boas? Sim, acho que sim. Razoáveis? Claro! E posts escória? Com certeza! E são a maioria. Outra analogia que eu faço é com a extração industrial de ouro: você remove e trata toneladas de material estéril ou refugo para salvar algumas gramas desse metal.

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  2. Vou testar a técnica. Foi legal você tocar nos e-books, pois eu realmente não sei como mudar seus preços. Como cantou a Marina Lima, "só vou te contar um segredo": pelo fato das capas estarem agora visíveis a quem acessa o blog, todas as vezes em que eu visualizo o blog, cada vez mais, eu percebo minha mediocridade presunçosa, pois são muito "meia boca". Se eu pudesse e soubesse fazer isso eu os o deixaria com preço zero e ainda incluiria um pedido de desculpas no prefácio.

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  3. Agradeço a sua gentileza, atenção e disponibilidade, mas não sou dono do meu tempo. Por isso, quando conseguir, tentarei fazer como me orientou. E não tenho pressa, pois continuo achando os livros medíocres, mesmo que você os valorize mais que eu.

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