terça-feira, 16 de janeiro de 2024

QUE TÍTULO DAR A ESTE POST?


A desvantagem de ter nascido no tempo da delicadeza, ou melhor, antes da explosão da internet, é que entender expressões geralmente em inglês para mapear esse ou aquele comportamento torna-se tarefa bastante difícil para idosos como eu. Tenho quatro filhos na faixa de 35 a 45 anos (é vero!). Enquanto moravam em nossa casa era mais fácil acompanhar as novidades, conhecer novas bandas, saber de novos costumes, filmes e livros.
 
Hoje, restrito apenas ao convívio diário com minha mulher, fico com a cara apalermada (um pouco mais do que já é normalmente) quando ouço na TV palavras como “troll”, “hater”, e os já tradicionais nerd e geek. A propósito, “geek” para mim sempre lembra o grito histérico de algum machão das antigas quando vê uma barata barateando perto de seu pé descalço.
 
Por isso, resolvi tentar entrar nesse país de que só conheço as fronteiras. Claro, com a ajuda da Wikipédia a mãe dos muito burros. E a primeira coisa que quis saber foi a diferença entre nerd e geek. E achei isto:
 
O nerd é quem está envolvido com tecnologia e gosta de passar a maior parte do seu tempo estudando e aprendendo sobre jogos e ficção cientifica. O geek é também viciado em tecnologia, porém, com um nicho mais ligado para a área do entretenimento, filmes, séries e a cultura pop no geral, como Harry Potter, Star Wars, Stranger Things e outros.
 
Além disso, muitos chamados nerds são descritos como sendo tímidos e excêntricos, bem como com muitas dificuldades em praticar, ou mesmo acompanhar esportes.
 
Foi assim que eu me dei conta de ter um convivido diariamente com um ninho de geeks, pessoas incríveis simpaticíssimas, engraçadíssimas, mas talvez distantes do que a maioria dos jovens de hoje gosta. Por exemplo, em lugar de funk ou pagode tem um que gostava de bossa-nova japonesa (isso existe!). Em compensação existe outro que se na adolescência comprava e ouvia CDs piratas de funk “proibidão”, hoje gosta de choro e MPB. Mas todos gostam de jogos eletrônicos, ficção científica, mangás e RPG e são um pouco tímidos. “Culpa de pais neuróticos”, como definiu um deles.
 
E parece que esse é um comportamento balizado pela genética, pois um dos meus dois únicos sobrinhos biológicos é exatamente igual – mesmo sendo pelo menos dez anos mais novo que nosso filho caçula e sem nunca ter convivido com os primos geek. Por isso, para provocá-lo resolvi fazer uma HQ usando emojis e palavras que ainda pretendo entender melhor. E saiu isto (meus filhos foram unânimes em achar o resultado uma merda):


4 comentários:

  1. Não entendi o que disse.. Na publicação mais recente (um dos "Pequenos Contos Noturnos") você comentou e ele respondeu.

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  2. Nem sonho do que está falando! Qual blog, qual anonimato? Se estiver falando de seu "amigo" Neófito, NUNCA ENTREI no blog dele.

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  3. Como eu não entendi seu comentário, o do anonimato, imaginei que talvez estivesse fazendo suposições erradas (continuo achando, mas não precisa mais explicitar nada). Quando eu uso uma palavra entre aspas eu estou sendo irônico ou crítico (duas coisas de que não abro mão) para dizer justamente o oposto. Assim, "amigo" pode significar simplesmente inimigo. Sacou?

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