Um dia eu descobri que as pessoas comuns, anônimas permanecem “vivas” enquanto alguém ainda guarda seus retratos, sabe como se chamavam e se lembra de seus casos. Quando nada mais disso acontece elasdesaparecem, viram apenas “poeira de estrelas”.
segunda-feira, 1 de março de 2021
IDEIAS À TOA SOBRE VIDA E MORTE
Um dia eu descobri que as pessoas comuns, anônimas permanecem “vivas” enquanto alguém ainda guarda seus retratos, sabe como se chamavam e se lembra de seus casos. Quando nada mais disso acontece elasdesaparecem, viram apenas “poeira de estrelas”.
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Famosa frase, "if you have nothing to say, say nothing"
ResponderExcluirMortos são estranhos pois continuam a tagarelar, esperando que alguém os escute, mas nunca dizem mais nada. Como dizem os franceses, "if you have nothing to say, say nothing, because chattering will not make you heard".
Excluirfalando sério, hoje eu me dei conta que estou morto intelectualmente, pois creio ter esgotado minha cota de ideias próprias. E não há auxílio emergencial que resolva isso. Essa percepção me fez perder a vontade de triar e remanejar os posts antigos, pois neste momento estou pouco me lixando se alguém os lerá. Prometi a mim mesmo não excluir o blog da internet, mas é uma espécie de satélite cuja fonte de energia foi totalmente consumida. Pode ser que que eu ainda pense em alguma coisa que considere valer a pena, mas estou sem vontade nenhuma de gastar energia nisso (mortos são muito temperamentais).
ExcluirHahahaha, são mesmo.
ExcluirComo estou me sentindo pouco criativo também, resolvi criar um Twitter para o Blog, somente para publicar reflexões que não merecem estar no próprio blog. Agora o blog é oficialmente uma seleção do menos pior. Quem sabe dá certo..
Vou dar o meu palpite aqui e agir como um advogado do diabo, Jotabê. Acho que parte da sua falta de "inspiração" pode vir do fato de que meio que você se acomodou com a republicação de textos antigos. Uma vez publicado um texto antigo e saciada a fome de publicações quase que diárias do Blogson, você relaxa, não fica matutando, quebrando a cabeça por um novo texto. Tente deixar o seu bichinho virtual passar um pouco de fome, fique dois, três dias, uma semana sem publicar nada se nada de novo lhe ocorrer, encare a abstinência. E ideias novas - se melhores que as antigas é uma outra história - surgirão.
ExcluirEm parte, é por isso que eu resisto em fazer republicações no Marreta. Quem tem que se interessar, se for o caso, por textos antigos nossos é que os lê, não nós, que os escrevemos; nós, o melhor que podemos fazer, se quisermos continuar a produzir alguma coisa, é nos esquecermos dele.
Claro que isso é só uma impressão minha.
Talvez você esteja parcialmente correto.Mas acho que estou passando por (mais) uma crise depressiva - que sempre provoca o desejo de ficar quieto, debaixo das cobertas, em uma praia deserta ou morto. Então, nem vontade de migrar os textos antigos estou tendo. De "novidade" tenho quatro textos prontos (um deles escrito em abril de 2020), mas sem vontade nenhuma de publicá-los. Talvez a "pátina do tempo" tenha se manifestado no cérebro, pois tenho me sentido muito ridículo de escrever como escrevo, um velho tentando impressionar os jovens, um avozão querendo ir às baladas com os netos. As migrações foram pensadas como uma espécie de triagem ou peneira para o que é mais atemporal e com um mínimo de qualidade (jotabélica, obviamente).
ExcluirNo meu caso, curiosamente essa migração põe mais pressão na necessidade de criar novos posts.