Este é um texto "dragado" das profundezas de 2014. De 18/11/2014, para ser exato. Não me lembro mais por que sugeri à minha amiga virtual Maju que o lesse. E ela não só leu como comentou, um comentário gigante nunca respondido completamente. Por isso, mesmo que continue sem respondê-lo de forma adequada, preciso dizer: Maju, adorei seu comentário, me diverti profundamente com a referência à minha idade "provecta" e jamais me senti ofendido por isso. Acredito que o remanejamento seletivo de alguns posts para estes tempos pandêmicos poderá aos poucos montar a resposta definitiva que estou te devendo. Dito isso, vamos ao texto "dragado".
De tanto ver documentários sobre a vida
selvagem nos canais Animal Planet, Nat
Geo e Discovery (Jotabê também é
cultura!), posso dizer que fiz um curso de extensão em zoologia (talvez fosse
melhor dizer zéologia).
Neles aprendi que alguns animais que andam em
bando – lobos, por exemplo – tem a figura do “macho Alfa”, aquele que é o líder, o mais forte, o mais
feroz, o que come gostoso, enfim. (Tá rindo de quê? Tô errado?)
Fazendo uma analogia com a espécie humana,
percebo que tem muita gente por aí que se acha "o" macho alfa, aquele pessoal que é metido a garanhão, que tenta impor sua vontade ou seu
pensamento, que é ou tenta ser o líder de qualquer merda. Ou seja, o fodão (só na cabeça deles, lógico).
Repassando todo esse conhecimento
enciclopédico, fiquei pensando onde eu me enquadraria. Afinal, não bebo
cerveja, não gosto de futebol, não sei brigar, não sei mandar, não sou líder de
porra nenhuma. Para piorar, gosto de música, de poesia, falo “adoro isso”, “adoro aquilo”. E se eu tivesse as características do metrossexual,
talvez eu até fosse considerado um “meio-metrossexual”.
Por tudo isso, cheguei à conclusão de que jamais
poderei ser considerado um macho Alfa. Com muito favor, seria um macho Beta. Em
uma opção ainda mais radical, um macho Zeta, ou melhor, Zéta. Depois desse humor periclitante (da terra de Péricles), só posso finalizar exclamando: "Eita"! (ou "Eta!", como diriam os pirados que circulam pelas imediações do Pireu).
da Série “Sem Medo de Ser Ridículo”
Jotabê, não conheço muita gente pra tentar classificar as coisas; mas concorda comigo que, quanto mais conhecimento uma pessoa possui, mais seleta ela fica com tudo? Principalmente sobre se encaixar em grupos (causas defendidas, política, etc), se rotular sobre algo, esse tipo de coisa?
ResponderExcluirAcredito que sair da linha da ignorância (e digo isso pq penso que quanto mais conhecimento temos, ainda estamos formando só a base) faz com que vejamos as coisas de forma mais crítica?
Você já escreveu sobre as demonstrações de carinho do seu pai, e pelo pouco que li e considerando o padrão que vejo se repetir, talvez seu pai tenha sido um homem a frente de seu tempo. Minha família é italiana, meus avós (pais dos meus pais) vieram da Itália, e o que mais ouço sobre eles é que eram extremamente agressivos, principalmente os homens da família (não cheguei a conhecê-los).
Com a idade que você possui, eu acho algo sensacional, espetacular você ter cursado faculdade. Onde moro, isso é extremamente raro, inclusive a maioria das pessoas que são profissionais (principalmente da área da medicina e direito) há bastante tempo vêm de cidades de fora. Na minha família, por exemplo, não tenho nenhum familiar que cursou faculdade ou sequer curso técnico. Se sustentam através do que aprenderam trabalhando como empregados e a maioria (inclusive painho e mainha) pararam de estudar entre a 4ª e 8ª série, principalmente pq tinham que trabalhar pra ajudar os pais a sustentarem a casa.
Imagino que, pela base que sua família possui, conseguiu te criar pra que você pensasse dessa maneira (além, é claro, e sem fugir dos anos que te trouxeram tanta experiência) e tivesse um comportamento que, ao meu ver, é raro. (percebo como você tem "facilidade" em demonstrar carinho, não possui "masculinidade frágil", e sabe o que você mesmo e independente do que venham falar ou classificar). E deixando claro que não quero dizer ou super que sua família tenha tido uma posição econômica mais favorável pra isso, e sim conhecimento (talvez uma seja consequência da outra, mas espero que entenda o que quero dizer).
Peço sinceras desculpas por talvez ter dito bobagem e peço que me corrija, faça suas considerações e fale seu ponto de vista considerando tudo que eu escrevi.
Eu realmente me sinto uma pirralha e só tenho o que aprender. Além do que, conheço de ti apenas o que li em poucos posts, não consigo ter ideia do contexto em que viveu, do que precisou viver pra aprender tudo que sabe, o que sabe, enfim. Um mundo a conhecer.
Obrigada por me indicar o post e por me mostrar sua abordagem sobre.
Abraços!
Não sei te responder com clareza, pois são várias as respostas para um comentário gigante. Por isso mesmo fico sem saber o que dizer. Aqui no blog, existe a "máxima": "comentário grande vira post". Mas já falei sobre tudo isso que escreveu em vários posts. Achei realmente graça no comentário "com a idade que você possui..." O Blogson é um blog absurdamente confessional, tanto que eu o chamo de blogoterapia.Hoje eu tento focar mais na ironia e (falta de) humor. Mas nos mergulhos profundos eu estou lá por inteiro, de onde vim, porque sou assim, etc.
ExcluirÉ difícil decodificar a postura de alguém diante de algo só pela escrita. Não sei se ficou bravo, mas peço que não se aborreça, Jotabê. O comentário acabou ficando grande mesmo pois tentei ser o mais clara possível, tanto nesse post quanto ao do meu blog. Não queria deixar nada nas entrelinhas, entende?
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