Não tinha pensado em mover este texto (publicado originalmente em 20/07/2014), pois hoje me diz muito pouco. Mesmo assim, resolvi fazer sua migração para 2021 por um único motivo: ele documenta que em 30/07/2014 surgiu a parceria entre o Blogson Crusoe, "micro empresa (ME)" mirradíssima e anêmica e o "grande atacadista" A Marreta do Azarão (um legítimo blockbuster - ou "blogbuster"), parceria que elevou os acessos diários ao Blogson a níveis nunca dantes esperados por mim, ou seja, de zero a 15. Olhaí.
Domingo passado um pensamento estranho roubou minha
concentração durante a missa das nove. Fiquei Imaginando um cenário de guerra onde uma
cidade, uma fortaleza ou um exército, está cercado por forças inimigas que,
ainda que estejam em menor número, fazem várias manobras para conquistar ou
subjugar os resistentes. Bem, isso não é enredo de filme B sobre a Segunda
Guerra. Eu estava pensando em como é complicado ser católico, hoje em dia.
De um lado, somos cercados pelo ”exército” de
evangélicos com sua versão digital dos “vendilhões do templo” – os tele-pastores,
muitos deles proprietários de mansões, jatinhos e fazendas (deve ser porque gostam
muito de rebanhos...), que prometem a realização de “milagres” por atacado, que
fazem a cura de coisas como uma dor de cabeça de fundo emocional ser
transformada em “milagre”, que prometem riqueza e prosperidade através de suas
“Correntes” (da Fé, da Prosperidade, da Cura, etc.), que tentam arrebanhar e
seduzir seguidores de outras seitas e religiões com orações na hora do almoço
(“nessa oração...”). Curioso é que,
sendo cristãos, falam em “descarrego” com a solenidade de um macumbeiro. Deve
ser porque eles não têm mesmo nada a
perder.
Do lado oposto, vemos avançar em nossa
direção batalhões de ateus, tropas de agnósticos, tentando desqualificar a fé
dos que a possuem, tentando nivelar aqueles que creem em um mesmo patamar
(baixo) de inteligência e cultura, que minimizam os efeitos benéficos da
prática religiosa, que esquecem ou omitem as contribuições do catolicismo em
favor da cultura, da defesa dos perseguidos e outras mais. Jamais, entretanto,
se esquecem das falhas e equívocos da Igreja em épocas distantes, provocadas
por ignorância e fundamentalismo, tais como “conversão” de judeus e indígenas
na marra, cruzadas para reaver o controle de Jerusalém, destruição de
monumentos e templos de outras religiões, a “Santa Inquisição”, que de santa
não tinha nada, e por aí vai. Mas, longe de mim (até mesmo por questões
afetivas) querer nivelar todos os ateus e agnósticos no mesmo patamar de
intolerância e superioridade em que muitos se colocam.
Se só esses ataques já seriam suficientes
para disseminar a dúvida, para minar a autoestima dos católicos, notícias
vindas de lugares distantes (ainda bem para nós) falam de terroristas
fundamentalistas assassinando, explodindo e se auto-explodindo em nome de um
ódio irracional e como forma de intimidar pelo medo os que não professam o seu
credo.
Agora, duro mesmo é não desequilibrar com a
ação de sabotadores da fé escondidos e abrigados bem no centro da comunidade
católica, justamente aqueles que deveriam nos orientar e aconselhar – mas que
nos atingem com seu comportamento repulsivo e criminoso, que nos constrangem e
envergonham – eles, eles mesmos, os padres pedófilos.
Com tanto assédio vindo de tantos lados
diferentes, fica até fácil não prestar muita atenção em fantasmagorias e no
mundo dos espíritos...
Bom dia. Obrigado pelo comentário lá no Marreta. Seu texto é bom, bem escrito, coisa rara na net. E parte desse texto, a que você imagina batalhões de ateus, tropas de agnósticos, tentando desqualificar a fé dos que a possuem, achei muito boa. Apesar de, por várias vezes ao longo da vida, ter sido "assediado" por religiosos que queriam me enfiar sua fé goela abaixo, nunca tentei disseminar minha descrença a ninguém e também acho condenável o ateu que assim proceda. Repudio, por exemplo, a tal ATEA (Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos) e seus neoateuzinhos, que ficam se fazendo de vítimas, de discriminados. Sobre eles, escrevi um texto, acho que você poderá gostar : http://amarretadoazarao.blogspot.com.br/2012/11/2-encontro-nacional-de-ateus.html Em tempo : adicionei seu blog na minha lista de leitura do Marreta. abraços.
ResponderExcluirA Marreta do Azarão
Já quase 7 anos? Tô ficando velho, mesmo.
ExcluirRapaz, velhos estamos eu e o Bogson, você ainda é uma criança!
ExcluirTenho certeza de que você se lembra desse :
ResponderExcluirhttps://br.pinterest.com/pin/323766660694977954/
Eu me lembro da latinha, sim. Mas só comecei a usar mesmo depois de me casar, pois minha mulher detestava café (tomava coca-cola pela manhã). Antes do casamento eu bebia mesmo é café com leite (com o leite sempre gelado e com nata, uma maravilha).
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