quarta-feira, 31 de março de 2021

PORRADA!

Eu sempre achei legal assistir lutas de boxe de pesos pesados pela televisão. Mesmo cagando de sono e tendo de trabalhar no outro dia, às vezes eu ficava acordado até tarde da noite, só para ver a luta principal. Aí chegou o Tyson e acabou com a graça, pois os nocautes aconteciam já no primeiro round!

O boxe, apesar de a porrada comer solta, tem até cara de esporte, pois faz parte dos Jogos Olímpicos. O mesmo não se pode dizer das disputas de MMA e UFC (não sei a diferença nem tenho interesse em saber). Para mim, as lutas tipo Anderson Silva parecem mais combates de gladiadores, de tanto sangue que esguicha. Só que estamos no século XXI !!!!

A coisa já começa mal com o uso de um octógono telado. Fico pensando se a tela é para impedir que o saco ou um pedaço de orelha de um lutador saia voando e bata na cara de alguém da plateia. Vai saber!

A luta é tão feia que cheguei a pensar em uma alteração bacana para esse "esporte": botar criminosos condenados para lutar entre si. Cada vitória reduziria “x” dias na pena. Aí dava até morte, igual em Roma.

Depois, percebi que essa violência talvez seja só aparente. Se você estiver próximo ao octógono, pode acontecer de ouvir diálogos assim:


(20/09/2014)

8 comentários:

  1. Rapaz, eu também era desses que ficava até de madrugada para ver uma boa luta de boxe. Mas, ao contrário de você, adorava as lutas do Tyson, mesmo sabendo que eu esperaria duas horas de lutas preliminares e exaustivas propagandas da Globo para ver, muitas vezes, poucos minutos de luta.
    Lembro de uma, com Leon Spinks, cotadíssimo para fazer frente ao jovem e invencível : durou exatos 32 segundos.
    Eu tinha 19, 20 anos nessa época. Bons tempos. Bela lembrança.
    Já o tal do MMA, também acho uma viadagem disfarçada.

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    1. Esse tipo de luta, para mim, é meio que um retorno à barbárie. Pra dizer a verdade, esses diálogos surgiram depois que ouvi alguém falar no (na) tal de espacate em um programa de televisão. Esse negócio é ou seria uma abertura de perna capaz até de rasgar a pessoa ao meio. Coisa de bailarina(o), lógico. Aí comecei a rir sozinho imaginando uma cena de MMA em que alguém fala isso pro sujeito que está tentando arrancar sua cabeça com um chute. As outras frases são reciclagens de antigas piadas do Pasquim. No duro, no duro, eu acho que todos os lutadores são do tipo "macho alfa". Só que a luta é tão violenta que, na prática, acaba sendo praticada por machos analfa.

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  2. Salve, Jotabê, MMA é o nome do esporte, UFC é a organização mais famosa que trabalha com ele. O esporte evoluiu muito no sentido de preservar a integridade física dos atletas, talvez sua visão de "pedaços voando" se deva à época dos vale-tudo, o que passa longe hoje em dia do MMA. Os lutadores tem vasilina passada no rosto já para a pancada não pegar tão em cheio, bem como usam aquelas luvas que amortecem parte do impacto. Quando abre um corte, prontamente a luta é parada para que um médico avalie se o corte é muito fundo, pois se for, a luta á parada, da mesma forma o arbitro para o combate se constatar nocaute técnico, ou seja, se o atleta não tiver mais com os reflexos funcionando corretamente. Acredite ou não, os caras se machucam muito mais no boxe, muitos desenvolvendo traumas na cabeça depois de tanta pancada em um só lugar, durante tantos rounds, por anos, só checar como ficou o Ali, por exemplo.

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    1. Rapaz, eu gostava era do vale-tudo. Da época do Royce Grace. Não tinha rounds, não tinha interrupções das lutas, não tinha limite de tempo, era até um pedir arrego, não tinha classificação por peso, já vi um francês lutador de savate (a luta do Batroc) de 62 kg derrotar um lutador de sumô de 130 kg.
      O UFC embichou o vale-tudo.

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    2. Eu só fiquei sabendo disso depois que já tinham "civilizado o Coliseu". Devia ser curioso mesmo (apesar de não curtir essa loucura).

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    3. Meu caro e sempre bem vindo Ozy, falar dos "pedaços" foi só uma forma de fazer piada com a porrada que come solta. Mas não deixa de ser uma coisa muito louca reviver os tempos dos gladiadores. Abraços.

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  3. Você disse que esse tipo de esporte é uma volta à barbárie. Uma volta? E quando foi que o ser humano, como espécie, saiu dela? Aliás foi a bárbarie que trouxe nossa espécie até aqui. Fôssemos seres cordiais e politicamente corretos, ecológicos etc, como hoje nos querem, teríamos sido todos devorados pelos tigres-de-dentes-de sabre. Querendo ou não, o que mantém uma espécie viva é a sua capacidade de canalizar uma boa dose de violência e sede de sangue.
    Você disse que estamos no século XXI. E o que isso deveria significar? O "nosso" século XXI é tão-somente uma contagem arbitrária de tempo, que também é um conceito arbitrário criado por nós. Uma contagem de tempo,só isso, não um medidor de nossa civilidade.
    Tem um filme bem "bagaceira" com o Stallone, chamado o Demolidor, que brinca um pouco com isso que eu disse, mostra um futuro onde todo mundo é viadisticamente correto, nem armas existem mais. Até o dia em que.... eles precisarão de novo do Stallone. Pããããããããta... Se puder, assista. Vale como divertimento.

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    1. Nada tenho a objetar ao seu comentário. A Natureza é uma filha da puta "sádica" e insensível. Taí o panda que não me deixa mentir: ruim de adaptação, ruim de alimentação, não se interessa muito por sexo, bom só para inspirar bichinhos de pelúcia fofinhos. Mas que a barbárie, no curto prazo pelo menos, só favorece os mais rudes, fortes, raivosos temperamentais, radicais e chatos pra caralho, infelizmente é verdade

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