UPADRE
Imagino que – ou deveria ser assim – o
assunto mais comentado hoje deve estar sendo o último debate entre os
candidatos à presidência da república Ciro Gomes, Bolsonaro, Lula, Felipe
d'Ávila, Simone Tebet, Soraya Thronicke e padre Kelmon.
Comecei a assistir o debate-boca, mas, tal como sempre faço com filmes ruins, dormi no final. Só um dos personagens me surpreendeu: Kelmon, upadre. Em determinado momento da troca de insultos, o Lula o chamou de cabo eleitoral do Bozo e candidato “laranja”. Na hora já pensei que o Partido Novo estava com dois representantes, o Felipe d’Ávila e o “agente laranja” Kelmon, mas a piada era muito ruim e sem sentido, pois upadre é na verdade o laranja do mensalado e preso domiciliar Roberto Jefferson.
Mesmo que não seja eleito (graças a Deus), upadre contou a melhor piada da noite ao se confrontar com a marruá Soraya Thronicke (a onça cutucada com a vara curta do Bozo), do União Brasil. Em determinado momento o Kevin disse “vocês da esquerda” bla bla bla, “aqui são dois contra cinco”, “elegendo” como de direita só ele e o Bozo. Hilário!
Bom, não vou ficar aqui enchendo linguiça, meu pensamento é este: nunca votar em padres, pastores ou militares que tentam aproveitar-se da respeitabilidade e credibilidade da instituição à qual pertencem (ou pertenceram) para alavancar votos, especialmente se lembrarmos de que deixarão sua ocupação original se forem eleitos.
Porque ninguém se apresenta como “advogado Zé das Couves” ou “médico proctologista Beltrano”. Já “pastor Sicrano”, “cabo Fulano de Tal” é relativamente comum, não é mesmo, “padre Kevin"?
Comecei a assistir o debate-boca, mas, tal como sempre faço com filmes ruins, dormi no final. Só um dos personagens me surpreendeu: Kelmon, upadre. Em determinado momento da troca de insultos, o Lula o chamou de cabo eleitoral do Bozo e candidato “laranja”. Na hora já pensei que o Partido Novo estava com dois representantes, o Felipe d’Ávila e o “agente laranja” Kelmon, mas a piada era muito ruim e sem sentido, pois upadre é na verdade o laranja do mensalado e preso domiciliar Roberto Jefferson.
Mesmo que não seja eleito (graças a Deus), upadre contou a melhor piada da noite ao se confrontar com a marruá Soraya Thronicke (a onça cutucada com a vara curta do Bozo), do União Brasil. Em determinado momento o Kevin disse “vocês da esquerda” bla bla bla, “aqui são dois contra cinco”, “elegendo” como de direita só ele e o Bozo. Hilário!
Bom, não vou ficar aqui enchendo linguiça, meu pensamento é este: nunca votar em padres, pastores ou militares que tentam aproveitar-se da respeitabilidade e credibilidade da instituição à qual pertencem (ou pertenceram) para alavancar votos, especialmente se lembrarmos de que deixarão sua ocupação original se forem eleitos.
Porque ninguém se apresenta como “advogado Zé das Couves” ou “médico proctologista Beltrano”. Já “pastor Sicrano”, “cabo Fulano de Tal” é relativamente comum, não é mesmo, “padre Kevin"?
RI MAKE
O último debate entre os presidenciáveis aconteceu após a novela Pantanal. Como eu acho que o ambiente estava meio pantanoso, fiquei pensando que talvez desse para usar os candidatos em um remake da novela, ou melhor, um rimake. Como eu não assisto essa novela, talvez as associações não sejam as melhores, pois não conheço o physique du rôle de cada personagem (e, menos ainda, a física da rola) de cada um. Em todo caso, com a ajuda da internet tentei escalar os atores. Olha só:
Bolsonaro: Tenório - o vilão do enredo, falso, cínico, moralista e preconceituoso;
Kelmon, upadre: Maria Bruaca – já no início do debate demonstrou estar casado com o Bozo;
Vitor d’Ávila: ave tuiuiú – só serviu para compor o cenário;
Soraya Thronicke: Juma Marruá – a onça cutucada com a vara curta do Bozo;
Lula: Velho do rio ou José Leôncio– antagonista do Bozo, idoso, fala difícil;
Simone Tebet: Filó – gente fina, serena e equilibrada;
Ciro Nogueira: Tadeu ou o Tibério – peão da fazenda, com seu jeito meio rude, meio bronco, meio caipira.
O último debate entre os presidenciáveis aconteceu após a novela Pantanal. Como eu acho que o ambiente estava meio pantanoso, fiquei pensando que talvez desse para usar os candidatos em um remake da novela, ou melhor, um rimake. Como eu não assisto essa novela, talvez as associações não sejam as melhores, pois não conheço o physique du rôle de cada personagem (e, menos ainda, a física da rola) de cada um. Em todo caso, com a ajuda da internet tentei escalar os atores. Olha só:
Bolsonaro: Tenório - o vilão do enredo, falso, cínico, moralista e preconceituoso;
Kelmon, upadre: Maria Bruaca – já no início do debate demonstrou estar casado com o Bozo;
Vitor d’Ávila: ave tuiuiú – só serviu para compor o cenário;
Soraya Thronicke: Juma Marruá – a onça cutucada com a vara curta do Bozo;
Lula: Velho do rio ou José Leôncio– antagonista do Bozo, idoso, fala difícil;
Simone Tebet: Filó – gente fina, serena e equilibrada;
Ciro Nogueira: Tadeu ou o Tibério – peão da fazenda, com seu jeito meio rude, meio bronco, meio caipira.
Ainda nem vi esse debate, porque tive que ir dormir cedo pra acordar cedo no outro dia pra ir trabalhar. Existia um projeto de lei que queria propor uma "quarentena" de 4 ou 8 anos" de tempo entre alguém deixar de exercer uma função de policial ou juiz (acredito que a lei se referia só sobre esses dois) poderem se candidatar, o que eu sou totalmente contra, já que eles são cidadãos, como nós, e muitas outras pessoas usam de sua profissão como um alicerce para suas candidaturas, como padres, pastores, pai de santos, bombeiros, professores, médicos (sim, há pessoas que se candidatam até para governador como Doutor Fulano), porteiros, sindicalistas e várias outras. A gente vive em um tipo de política, principalmente no Nordeste onde muitas famílias vivem com a cabeça quase que na época das capitanias hereditárias, onde o avô "coroné" exerce carreira política, que passa pro filho, pro neto, pro bisneto e cria-se verdadeiras dinastias na política. Então essas pessoas que muitas vezes vem de outras profissões que não sejam ter parentes carreiristas na política são muito bem vindas, ao menos para mim, mas o senhor como eleitor tem todo direito a ter sua desconfiança e não votar em quer que seja.
ResponderExcluirQuanto ao "padre", é uma mera manobra política do Roberto Jeferson para garantir que não sejam 6 ou 7 contra um na hora do jogo. Acho válida a candidatura, é a direita aprendendo com a esquerda, que faz isso em tantas candidaturas, com boa parte sendo de esquerda e apoiando na cara de pau uns aos outros, só tendo divergências pontuais, como em 2018 tinham o Boulos e o Haddad num bate bola de camaradas. O único cara de esquerda (ou centro-esquerda, se preferir) que cansou desse joguinho e se pôs como uma real terceira via foi o Ciro Gomes, que bate com a mesma intensidade no Lula e no Bolsonaro, e atribui a cada um os erros e desastres que lhes cabem. A tão bela, recatada e do "feminismo free style" Simone Tebet, que fica num bate bola com a Soraya é só um mero totem fabricado por um amontoados de partidos corruptos, que tão logo no segundo turno vão correr em apoio ao Lula ou ao Bolsonaro, e vejamos de que lado a mesma vai ficar... Ou se ela ao menos vai ter a coerência de discurso que o Ciro Gomes teve ao simplesmente dar as costas pros dois.
Boa análise! Mas a minha ideia era só criar mais um besteirol, pois eu quero cada vez mais ter menos seriedade. Quanto à Simone, eu torço para que nas próximas eleições ela seja novamente candidata. E a ideia de usar a antiga profissão eu acho ridícula. Ninguém (que eu saiba) se apresenta como "açougueiro fulano" ou "vendedor de carros usados sicrano". Mesmo que respeitáveis e honestas, essas profissões não tem o charme de "pastor", "capitão", "professor". Eu acho tudo isso uma merda.
ExcluirEssa Soraya se elegeu a reboque do Bolsonaro nas eleições anteriores, e agora fica fazendo graça. É uma escrota. Eu não comia nem que ela quisesse me liberar o girassol.
ResponderExcluirNunca tinha ouvido falar nela, mas fiquei muito bem impressionado por sua eloquência e raciocínio ágil. Fora isso, nada contra.
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