domingo, 25 de setembro de 2022

NÃO PODEMOS NOS ESQUECER DISSO

 Que se pode dizer de alguém para quem os fins justificam os meios? Que não tem princípios, lógico.
 
Ainda que seja um jogo de palavras (muito bem bolado, diga-se) traz uma verdade irretorquível. Antes de continuar, preciso dizer que este aforismo perfeito é de minha autoria (eu me amo!) e foi publicado em um post lá do início do Blogson.
 
Mas por que fazer uma auto citação tão descarada? Pela sua pertinência e atualidade, se pensarmos no ambiente de guerra psicológica que está sendo travada por nosso atual presidente, seus cupinchas e seguidores radicais.
 
Seu comportamento instável, histérico, irritadiço e agressivo diante dos resultados desfavoráveis das pesquisas - agravado pelas determinações (legais) do STE - dá a impressão de que se bobear deve estar faltando balde no mercado, tantos foram os já chutados por ele. E como militar que já foi, vive ameaçando “chamar o cabo corneteiro para tocar o toque de foda-se”.
 
Pelo andar do cavalão, ou melhor, da carruagem, se você quiser ficar protegido de uma verdadeira “tempestade no deserto” de fake news, meias verdades e grosserias até o dia das eleições o melhor que faz é deixar o celular descarregado e passar a assistir só filmes (recomendo as comédias do Mel Brooks ou Monty Python).
 
Mas se quiser ver a verdadeira face do Messias continue ligado em todas as redes sociais e canais abertos de televisão. Apenas lembre-se da frase do princípio, meio e fim (genial!). E agora, para relaxar, voltarei à leitura das crônicas do Rubem Braga.


6 comentários:

  1. Sim, isso me lembra de todos os senadores e senadoras que tiveram a oportunidade de passar a limpo na CPI muita coisa mal explicada com governos estaduais e municípios, e de forma cínica, fingiram que o problema era só o governo federal, em vez de investigar os três. Presidentes de uma CPI sobre corrupção que tem mais processos de corrupção contra si no STF do que muito jogador do Flamengo tem de gols marcados em partidas. A política como ela é... Ainda mais pensando que essa frase possivelmente veio do livro "O Príncipe" do Maquiavel que visava desromantizar os aspectos maniqueístas da política para o grande público.

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    1. Imodestamente devo dizer quer a frase é de minha autoria, foi publicada no Blogson em 2014 e que nunca li "O Príncipe". É uma frase atemporal e pode ser "pregada" em várias pessoas. Talvez você não perceba, mas seu comentário é um claro indicativo de que os textos de minha autoria não deveriam ser publicados no Ozymandias Realista pois devem incomodar a maioria de seus leitores. Você fala em cinismo; esse é o ingrediente principal em todos os governos, em todos os políticos, em todas visões.

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    2. Quando eu comentei, a postagem era só essa frase, dentro uma imagem, me permita reformular, para não criar nenhum mal entendido, e já retifico meu erro:
      A frase "Os fins justificam os meios" é popularmente atribuída a essa obra de Maquiavel, só que pesquisando rapidamente aqui agora, vi que era uma atribuição injusta, que a mesma inicialmente veio do poeta Ovídio (https://pt.wikipedia.org/wiki/Os_fins_justificam_os_meios). Falei baseado nisso, sua frase de dizer que não se há princípios em se fazer isso é uma externalização do significado interno da frase, porque de fato a frase "os fins justificam os meios" visam a justificar o mal se ele produzir um bem maior. Semelhante, por exemplo, entrando aqui no campo da teoria, ao presidente Roosevelt ter colocado militares americanos propositalmente em Pearl Habor esperando um ataque dos japoneses na Segunda Guerra, para assim ele poder agir e entrar na Segunda Guerra Mundial. São sempre questões delicadas assim, extremas, a qual essa frase geralmente é atribuída.

      "Talvez você não perceba, mas seu comentário é um claro indicativo de que os textos de minha autoria não deveriam ser publicados no Ozymandias Realista pois devem incomodar a maioria de seus leitores."

      A maioria desses meus leitores são uma abstração. São vários tipos de pessoas, com vários tipos de crença, que leem vários tipos de coisa, isso quando leem. A minha escrita tem em boa parte das vezes o objetivo de provocar, nunca dar certezas. E acredito que nem mesmo tenho "leitores", talvez o senhor os tenha mais do que eu, se eu passo seis meses sem produzir um texto, esses "meus leitores do blog" nem mesmo notarão. Então, quando o senhor pega essa abstração e tenta moldar em padrões mais lógicos buscando um perfil do leitor médio do meu blog, o senhor pode acabar se decepcionando, porque eles não são múltiplos ideológicos meus.

      Se de alguma forma, o senhor se sente decepcionado comigo, pela minha forma de ver o mundo, não fique assim, lhe deixo folgado em dizer que não saio agredindo pessoas na rua usando uma camisa da seleção (na verdade, nunca a usei, e acho que nem me sentiria confortável usando, nem por por futebol, nem por política), ou fazendo disparos em massa de zap, ou partilhando coisas que sei que são mentiras para beneficiar alguém, ou excluindo pessoas por não votarem em quem eu quero. Eu de fato defendo a liberdade, e ela é mais do que escrever uma cartinha e continuar defendendo ditaduras comunistas que perduram até hoje, ela é um esforço diário nosso. Qualquer coletivo que leve a um totalitarismo é um inimigo em igual para mim, não me importa se nele há uma suástica, uma foice e um martelo ou uma cruz.

      Partilho os seus textos porque vejo valor cultural neles, mesmo que muitas vezes algumas críticas deles possam me parecer injustas sobre a minha perspectiva, ainda assim são críticas que acredito que devem ser feitas. Mas se o senhor se sente incomodado com as republicações, eu posso parar, se assim for sua vontade.

      A crítica sobre a CPI ainda mantenho, e acredito que é uma crítica válida para todos os brasileiros, independente de ideologia, que querem uma transparência fiscal e punição em igual para corrupção. E um dos nomes a quem ela atinge é justamente a "bem intencionada" Simone Tebet. Da mesma forma que o senhor olha pro cavalão e vê uma ameaça, eu olho para ela e a montanha de partidos fisiológicos que a erguem e vejo como uma ameaça ainda maior.

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    3. Meu caro Ozy, eu gostei tanto da sua resposta que meu comentário sobre ela vai vira novo post. Você é um cara do bem!

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    4. É muito raro eu elogiar alguém Jotabê, mas o Ozy, de fato, é um moleque do caralho, de um caráter irretocável. Se meu filho crescer assim, ficarei realizado como pai.

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    5. Eu sei, Marreta, eu também gosto muito dele. E meus comentários sobre sua resposta viraram post que acaba de ser publicado.

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MARCADORES DE UMA ÉPOCA - 4