Às vezes eu ouço alguém dizer que parece ter acontecido uma “conspiração cósmica” a favor disso ou contra aquilo. Se bobear, até eu mesmo já devo ter usado essa expressão pra lá de idiota para tentar explicar o que não passa de simples coincidência. Porque imaginar que o universo se curva diante sua importância é mais ou menos o mesmo que uma ameba imaginar que você atenderá os desejos secretos de sua flora intestinal. Além do mais você não é nenhum Einstein para entender a curvatura do universo!
Vocês já devem estar entediadxs com essa conversa de bêbado em que entrei sem mais nem menos, mas a explicação está em uma reportagem que acabei de ler no portal da revista Galileu (um dos melhores lugares para se abastecer de cultura inútil). E tudo começa pelo título da matéria, absolutamente sedutor até mesmo para um abstêmio como eu (eu sei que cerveja é um assunto de propriedade quase exclusiva, uma espécie de feudo do meu amigo virtual Marreta, mas não pude resistir).
Olha só a
sacanagem: “Brasileiros criam cerveja que
repõe nutrientes e retarda o envelhecimento de células”. Ué, se isso for
mesmo verdade, até eu quero tomar uma! Para pensar nessa possibilidade, só mesmo
reexplicando minha decisão (calma, não vou repetir o que já disse antes aqui no
blog!). Talvez por ter me decidido espontaneamente em 2014 a não mais ingerir
nenhuma bebida alcoólica, tenho um inexplicável interesse em ler artigos com
diferentes abordagens da breja, da loura gelada. Pode ser que esse interesse seja também estimulado pelo fato de morar no bairro mais boêmio de BH.
Como já devo ter dito, moro no bairro onde surgiu a banda Sepultura, onde o “Clube da Esquina” vicejou e onde o pessoal do Skank ia comer espaguete no bar do Bolão; um bairro onde não é incomum a existência de dois, três e até mais bares e restaurantes no cruzamento de duas ruas ou em suas proximidades. A diversidade de estabelecimentos e frequentadores é tão grande que podem ser encontrados bistrôs e restaurantes mais ou menos sofisticados e até mesmo um “banheiro que vende cerveja”, na definição de um sobrinho sobre um boteco infecto com frequente cheiro de urina (isso é real!).
Ou seja, moro em um bairro cult (mas preferia morar à beira mar, de preferência em uma praia semi deserta). Como não posso ficar apreciando o vai e vem das ondas e nem sou como meus amigos e parentes cujo consumo de cerveja talvez possa ser medido em tonéis, só me resta ler sobre isso. E a reportagem trouxe justamente aquele tipo de assunto para quem está sem assunto (eu adoro agredir as normas cultas da língua, justamente por não conhecê-las adequadamente).
Segundo a Galileu, “Pesquisadores da Unesp desenvolveram uma cerveja saudável que pode ser consumida após treinos físicos”. Mas a informação mais importante veio no final do artigo:
“A
cerveja está patenteada pela Agência Unesp de Inovação (AUIN) e pode ser
fabricada por qualquer cervejaria, sem a necessidade de investimentos extras ou
complicações em processos. Até agora, não se tem nenhum contrato fechado entre
qualquer empresa com a patente da cerveja feita pelos brasileiros”.
Repetindo: “Até agora, não se tem nenhum contrato fechado entre qualquer empresa com a patente da cerveja feita pelos brasileiros”. Queriam o quê?
Mesmo que eu não seja uma pessoa com credibilidade para dar palpite nessa levedura, imagino que o teor alcoólico inferior a 1% afugentaria qualquer consumidor acostumado a encher a cara com cervejas boas e baratas (ou nem tanto assim) e graduação alcoólica acima de 4,5% (obrigado, Google!). Se fosse de outra forma, não existiriam bares no meu bairro, só academias de ginástica.
Porque cerveja mesmo precisa ter potencial de chapar o melão do consumidor, fazer com que ele vomite no decote da vizinha gostosa da mesa ao lado, mije de porta aberta e se esqueça de fechar o zíper. Enfim, coisas desse tipo que fazem a alegria de quem bebe e até mesmo de quem não bebeer (eu até gostaria de beber uma cerveja que “retarda o envelhecimento de células”! O problema é que para fazer algum efeito em mim talvez eu precisasse emborcar um caminhão-pipa).
Pois é, cerveja sempre rende um bom papo (não é este o caso, obviamente), mas li outra manchete que essa sim, é bizarra: “Empresa prepara cerveja para ser consumida no espaço”. Infelizmente, pelo fato de utilizar uma versão antiga do Windows, não consegui ler o resto da matéria, mas já pensou em um astronauta chapadaço no espaço? Mucho loco!
Repetindo: “Até agora, não se tem nenhum contrato fechado entre qualquer empresa com a patente da cerveja feita pelos brasileiros”. Queriam o quê?
Mesmo que eu não seja uma pessoa com credibilidade para dar palpite nessa levedura, imagino que o teor alcoólico inferior a 1% afugentaria qualquer consumidor acostumado a encher a cara com cervejas boas e baratas (ou nem tanto assim) e graduação alcoólica acima de 4,5% (obrigado, Google!). Se fosse de outra forma, não existiriam bares no meu bairro, só academias de ginástica.
Porque cerveja mesmo precisa ter potencial de chapar o melão do consumidor, fazer com que ele vomite no decote da vizinha gostosa da mesa ao lado, mije de porta aberta e se esqueça de fechar o zíper. Enfim, coisas desse tipo que fazem a alegria de quem bebe e até mesmo de quem não bebeer (eu até gostaria de beber uma cerveja que “retarda o envelhecimento de células”! O problema é que para fazer algum efeito em mim talvez eu precisasse emborcar um caminhão-pipa).
Pois é, cerveja sempre rende um bom papo (não é este o caso, obviamente), mas li outra manchete que essa sim, é bizarra: “Empresa prepara cerveja para ser consumida no espaço”. Infelizmente, pelo fato de utilizar uma versão antiga do Windows, não consegui ler o resto da matéria, mas já pensou em um astronauta chapadaço no espaço? Mucho loco!
Se eu fosse como alguns conhecidos, eu poderia dizer que "até daria para um bom publicitário - mas não conheço ninguém que me atraia". Mas esta é só uma piada de quinta série e "meus calcanhares estão bem defendidos", como dizia meu falecido amigo Pintão. Mesmo assim, acho que um slogan como este pegaria bem para a comercialização dessa loura espacial:
"Cerveja Skylab e você: uma verdadeira conspiração cósmica a favor de seu prazer”.
morar perto da praia depois de aposentado é um sonho
ResponderExcluircerveja (alcool) não combina com atividade fisica, em regra
Tem razão!
ExcluirMenos que 1%? É uma ofensa chamar isso de cerveja. Até o meu mijo tem maior graduação alcoólica que isso!!!!
ResponderExcluirImaginei que você ficaria mesmo ofendido. Até eu fiquei!
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