sexta-feira, 20 de maio de 2022

CHANEL, CORDEL

 
Na hora de dormir, normalmente sou avesso a todo tipo de coberta. Geralmente uso apenas cueca. Dependendo do calor, sigo o exemplo da Marylin Monroe – mas sem Chanel nº Cinco (em outras palavras, durmo nu, peladão).
 
Mas o frio polar que atingiu BH fez com que eu alterasse minha rotina. Passei a dormir “paramentado” como se estivesse saindo para uma expedição à Patagônia – meias grossas, calça comprida e blusa de moleton de mangas compridas. Cedi o cobertor para que minha mulher se enrolasse nele e passei a me cobrir com uma manta pesada, dobrada ao meio.
 
Creio que essa mudança de hábitos impactou um pouco o meu sono, pois passei a ter alguns sonhos louquíssimos (que prefiro não detalhar, pois minha integridade física vale mais. Só posso dizer que não fiz corpo mole).
 
Mas um desses talvez valha a pena registrar, pois lembra filme de sessão da tarde. E tudo começou com uma viagem, sem que eu me desse conta disso. O mais bizarro é que o sonho aconteceu como se existisse alguém fazendo dois papéis: eu, viajante, e eu mesmo como narrador, tentando fazer uma narrativa rimada, tipo cordel (devo ter exagerado no Toddy das dez da noite).

Não me lembro da maioria das rimas, todas muito ruins (que talvez nem tenham existido). Mas o sonho me motivou a tentar escrever uma poesia tipo cordel. Só posso dizer que já estou trabalhando nela, mas está difícil. Minha esperança é conseguir repetir esse sonho-pesadelo, só para ver como termina a história.

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