sábado, 7 de novembro de 2020

SENTI ATÉ O CHEIRO DOS GIBIS DAQUI

Recentemente, no post “Pesquisa Histórica” (https://blogsoncrusoe.blogspot.com/2020/11/pesquisa-historica.html) – cujo tema real era um levantamento que fiz sobre a grana que ganhei ao longo da vida desde dezembro de 1974, ano e mês em que recebi meu primeiro salário de engenheiro – fiz uma brevíssima citação às HQs guardadas aqui em casa. Meu amigo virtual Ozymandias mandou o seguinte comentário: “Senti até o cheiro dos gibis daqui. Quais deles encontrou?”
 
Fiquei tentado a dizer que ele deve estar com problemas de olfato e memória, pois já tinha detalhado no post “Deixados e Esquecidos”
(https://blogsoncrusoe.blogspot.com/2020/10/deixados-e-esquecidos.html) o que está guardado aqui em casa, pois além das revistas alternativas que comprei na fase adulta, o que existe aqui, arrochado em sacos plásticos que dão até preguiça de mexer são revistas destroçadas do Pato Donald e Luluzinha. Descobri também um Mandrake, um Tarzan e uma reedição do Fantasma, uma história lá de 1942, por aí. Ou seja, nada de super-heróis, nem mesmo revistinhas do “Super Pato”.
 
Este comentário já mereceria um novo post, pois aqui no Blogson, já sabe: “resposta grande vira post”. Mas as antenas sensíveis de meu amigo Ozy captaram vibrações que eu jamais conseguiria imaginar que existissem. Comentando sobre isso com o filho que ainda mora conosco, ele lembrou que ao se casar, um de seus irmãos deixou centenas de HQ no armário que utilizava, todas elas também arrochadas em sacos plásticos.
 
Resolvi conferir e fiquei pasmo: há mesmo centenas de HQ de super-heróis da Marvel e sei lá mais de quem, do início da década de 2000, apresentadas em dois tamanhos. Contei um pacote de revistas com tamanho semelhante ao da revista Veja, medi sua espessura, medi a altura das quatro pilhas onde estava, fiz uma regra de três básica e cheguei ao total estimado de 180(!) revistas X-Men de 2006.
 
Fiz o mesmo com as revistas com tamanho semelhante ao de revistas infantis e cheguei à estimativa de mais 250 revistas (A Teia do Aranha, Super-homem e sei lá que mais). Perguntei ao proprietário se pretende vender essa tranqueira e a resposta foi - “Não, deixa aí por enquanto”. Isso apenas prova que casa de vô é foda, pois é o lugar ideal para que lembranças e objetos antigos sejam preservados mesmo quando os filhos se mudam. Que o diga o Zulu, cachorro de outro filho, que está aqui em casa há oito anos, em caráter provisório, lógico.
 
E é isso, meu caro Ozy, você estava certo, seu olfato está apuradíssimo. Mas já aviso que não aceito pedidos de mais detalhes, pois não pretendo ler nenhuma dessas revistas. Fui. 

6 comentários:

  1. "casa de vô é foda" - é q vcs são bonzinhos

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    1. já ouviu falar em "carregar água na peneira"? Pelos meus filhos eu carrego (aliás, já carreguei mesmo. Um dia peguei um plástico transparente, forrei uma peneira, coloquei água e brinquei - "quem disse que não dá para carregar água na peneira?")

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  2. Porra, Jotabê, descobre todo um tesouro enterrado em vossa casa e não há de o ler? Senti até inveja da descoberta daqui. Ao menor, pare de enrolar e termine aquele PDF do Velho Logan.

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    1. Pois é, Ozy. Parte da culpa é de minha mulher, que colocou todas as revistas em sacos de plástico justíssimos. Quando se tenta tirar só uma a chance de arrancar a capa é muito grande. Se todas do pacote forem tiradas o saco corre o risco de ser rasgado. Além do fato de não ter mais paciência de ler HQs de super-heróis. Quanto ao Logan, eu li mas fiquei constrangido de comentar. É muito sangue, muita porrada, coisas que não se encaixam bem com minha mente septuagenária. Mesmo assim, continuo agradecendo sua gentileza de me disponibilizar os pdf. Abraços.

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    2. Se tem uma coisa que eu faço questão de preservar é o saco. Esse é o motivo de manter minhas unhas sempre bem aparadas (para não escalavrar o saco).

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MARCADORES DE UMA ÉPOCA - 4