Se seu avô, pai (ou mãe),
irmão, primo, sobrinho, filho, neto, inimigo, agente funerário ou até mesmo seu
ursinho de pelúcia apresentar mudanças de comportamento, fique atento. O mesmo aviso vale para seu marido, esposa, pegante, ficante, ricardão ou ricardinha. Be careful.
Passe a observar se essa
pessoa começou a ficar irritada sem motivo aparente, se está mais impaciente,
inquieta, agressiva ou pela-saco. Pode ser que esteja usando drogas.
Depressão, angústia, insônia, isolamento ou surgimento de comportamentos inadequados (tipo cheirar peido debaixo do cobertor), tudo isso é motivo
de preocupação. Especialmente se acontecer com seu inimigo. Sei lá, pode ser
que ele, surtado, queira assassiná-lo com a faca Ginso de sua (dele) avó ou com
o sabre de luz de seu (dele) sobrinho.
Observe os olhos: se a
pupila estiver frequentemente dilatada e o som do Tim Maia seja ouvido com frequência, pode ser cocaína. Se os olhos estiverem vermelhos, cantarolar às vezes "gosto muito de você, leãozinho...", o reggae
for o estilo musical preferido e um enorme apetite se manifestar na forma como o sujeito ataca
o isopor da sua (sua) caixa de cerveja, deve ser maconha.
É motivo maior de preocupação se
os olhos estão vermelhos e uma expressão vazia e apalermada tomar conta de seu (dele)
rosto, pois podem ser fruto de noites mal dormidas passadas em frente ao computador. Aí a coisa pode estar feia
mesmo, pois seu chegado pode ter criado um blog. E se o olhar, de repente, ficar vidrado e o sujeito não notar nada do que estiver rolando à sua volta, meio catatônico, sinto muito, meu senhor e minha senhora, aí realmente fodeu de vez, pois ele deve estar pensando em algum novo post para divulgar no blog.
Se fosse um tipo de droga normal, bastaria encaminhar o viciado a uma clínica de reabilitação e comer o cu do traficante (pensando bem, essa última atitude pode não ser uma boa ideia, pois é a sua - sua mesmo - integridade que poderá ir pro saco. E sem malícia, por favor!).
Para que não reste nenhuma dúvida sobre o diagnóstico correto, algumas perguntas precisam ser respondidas.
- Acordou às 5h10min e, em vez de virar para o canto e dormir de novo, voou para o computador? É blog;
Se fosse um tipo de droga normal, bastaria encaminhar o viciado a uma clínica de reabilitação e comer o cu do traficante (pensando bem, essa última atitude pode não ser uma boa ideia, pois é a sua - sua mesmo - integridade que poderá ir pro saco. E sem malícia, por favor!).
Para que não reste nenhuma dúvida sobre o diagnóstico correto, algumas perguntas precisam ser respondidas.
- Acordou às 5h10min e, em vez de virar para o canto e dormir de novo, voou para o computador? É blog;
- Parou de assistir os programas do Ratinho, Sônia Abraão ou João Cléber? É blog;
- Deixou de tocar "você é luz, é raio, estrela..." no violão que ganhou no bingo? É blog;
- Não quis renovar a assinatura de Caras? É blog, claro;
- Aumentou o consumo de tequila, cerveja barata (mas boa) ou leite com toddy? Bloguíssimo!
Um blog é uma droga de abordagem quase espiritual, deve ser entendido como se o coitado que o criou tivesse sido abduzido, sugado para dentro do monitor do micro. E nem sempre há remédio para esse mal.
A única esperança real de cura é se um dia o viciado, olhos fixos na tela, depois de se decepcionar pela milésima vez com a quantidade ínfima de visualizações do último post, exclamar - "Ainda vou acabar com essa merda!"
Carinhosamente, com o auxílio de dois seguranças de boate parrudões (de terno preto, por favor) e de um taco de basebol bem manejado, diga para ele: - "Não olhe para a luz!"
Um blog é uma droga de abordagem quase espiritual, deve ser entendido como se o coitado que o criou tivesse sido abduzido, sugado para dentro do monitor do micro. E nem sempre há remédio para esse mal.
A única esperança real de cura é se um dia o viciado, olhos fixos na tela, depois de se decepcionar pela milésima vez com a quantidade ínfima de visualizações do último post, exclamar - "Ainda vou acabar com essa merda!"
Carinhosamente, com o auxílio de dois seguranças de boate parrudões (de terno preto, por favor) e de um taco de basebol bem manejado, diga para ele: - "Não olhe para a luz!"
Exagerar na tequila, é? Adorei o texto e a faceta descontraída. É realmente tuddoooo isso.
ResponderExcluir"J"
valeu!
Excluirleite com toddy... que vício mais maledeto é esse?
ResponderExcluirPra você ver... Mas nem isso existe mais, depois que a glicose passou de 100. Aí eu cortei também o o açúcar da minha vida. Mudando de assunto, você achou um título genial para este post
Excluircontinuando: o título que você usou no Marreta é genial, muito melhor que o burocrático "Poltergeist" que eu usei. Agradelo duplamente: o título e a transcrição.
ExcluirValeu!