quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

DESABAFO

Hoje recebi um e-mail de meu filho, cujo título era “dá vontade de chorar”. O e-mail trazia apenas um link de uma notícia sobre a destruição de obras da civilização assíria em um museu do Iraque. Eu não consegui ler a notícia, pois fui invadido por uma tristeza profunda, imensa. A tristeza de quem não suporta mais a intolerância, o obscurantismo, a ignorância, o fundamentalismo, o desprezo e a repulsa por aquilo que não entendemos, não valorizamos, não sabemos, não compreendemos. E por isso nos julgamos no direito de destruir, mutilar, aniquilar, decapitar. E tome destruição de pessoas, de obras de arte, de vestígios da História.

Quantas caças às bruxas já aconteceram motivadas pelo obscurantismo e pela intolerância? Quantos livros, papiros, pergaminhos e pessoas já foram destruídos ao longo do tempo? Sinceramente, não aguento mais ler esse tipo de notícia. Nessas horas eu me lembro da cena final do filme de humor (negro) DR. STRANGELOVE OR HOW I LEARNED TO STOP WORRYING AND LOVE THE BOMB, multiestrelado pelo maluco e genial Peter Sellers. 

Nesse filme, um avião militar americano voa em direção à Rússia para soltar uma bomba atômica em Moscou, se não me engano. O comandante, um texano que usa chapéu de caubói, tenta inutilmente abrir o compartimento da bomba com os comandos instalados na cabine. Como não consegue, vai até lá, faz a abertura manualmente e desce montado na bomba, como se estivesse sobre um cavalo em um rodeio. E aí começa um festival de explosões nucleares para lá e para cá. É uma cena muito engraçada e clássica (já foi parodiada até nos Simpsons). Mas é uma graça com muita melancolia.

Mas é isso, nessas horas de tristeza imensa, que vejo como solução para a raça humana: uma guerra nuclear que extinguisse TODA a espécie. Nós não merecemos a inteligência e o cérebro que a evolução nos concedeu. Nós não merecemos.



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