domingo, 2 de junho de 2024

CHAMANDO O APLICATIVO

 
Às vezes eu me surpreendo com a criatividade de alguns empresários. Aparentemente, os caras conseguem tirar leite de pedra, bolando coisas de deixar meu "queixinho esquisito" caído (alguém já disso isso de mim!). Um desses “cases” é o Boate Bus. Já vi rodando aqui em BH um ônibus desses utilizados em viagens interestaduais, grandão, pintado na cor lilás ou cor-de-rosa, que funciona como boate móvel. O busão parece ter iluminação de uma discoteca, isolamento sonoro para não incomodar quem está fora da "balada" e tem ainda as janelas pintadas, talvez para eliminar a noção de noite e dia. Se isso é bom ou divertido e se vale a pena, não sei. Só fico imaginando que uma freada mais brusca talvez provoque algumas encoxadas. O problema é que não dá para escolher previamente o “alvo”.
 
Outra modernidade surgida não faz muito tempo (para mim, pelo menos) é o Uber, que tenho utilizado quando vou ao dentista, muito prático e não muito caro. Por estar ainda engatinhando nessa área, fico sendo monitorado pelo meu filho mais novo quando resolvo chamar algum. Nesses momentos é comum tomar um pequeno e educativo esporro: “Esse aí não, é mais caro!” ou “Você já indicou onde pretende ir? Cadê o endereço?” ou ainda “Se tiver dúvida na hora de voltar, me ligue que eu peço daqui de casa”. Sinto-me confortado e com a sensação de ser um jumento batizado, mas tudo bem.
 
O que chamou minha atenção é que existem várias opções na hora de utilizar esse aplicativo – Uber X, Uber Black e sei lá que mais. Existe até um Uber Eats. Mas tenho uma mente inquieta, às vezes propensa a pensar sacanagem. Por isso, fiquei matutando que as inovações nessa área não param. Imagino que qualquer hora dessas lançarão um motel bus, um ônibus convertido em uma espécie de motor home diferenciado, um motor room, dividido em dois ou três confortáveis quartos, ideal para uma rapidinha com a coleguinha de trabalho, no centro da cidade, durante a hora do almoço, sem os transtornos do deslocamento, pois pelo menos aqui em BH a maioria dos motéis fica mais na periferia da cidade.
 
Agora, a cereja do bolo seria mais uma modalidade de uber, um substituto dos automóveis com vidros embaçados pelo vapor resultante de você sabe o quê. Esses carros, depois de adaptados para a função a que se destinam (vidros opacos, com ar condicionado, etc.), seriam uma versão econômica e individualizada dos “motel bus”. E até imagino um nome matador para esse novo serviço: Suruber. Garanto que faria sucesso!

2 comentários:

  1. Respostas
    1. Pois é, no meu caso um trocadilho idiota sempre pede a criação de um texto de suporte. Eu gosto dessas idiotices que às vezes penso, pois a falta de seriedade faz com que eu me lembre da motivação para criar um blog (que completa 10 anos no próximo dia 7!)

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