sexta-feira, 13 de maio de 2016

IMPEACHMENT NÃO É GOLPE - MAÍLSON DA NÓBREGA

Enquanto acompanho a votação que está rolando agora no Senado, mantenho um olho na TV e outro no computador (12/05/2016, 4h31min da madruga! Velho dorme pouco, sabia? Aliás, se eu não lembrasse mais o Sr. Barriga, talvez eu pudesse ser chamado de Seu Madruga).

Resolvi dar uma revisada e atualizada neste texto, pois depois de tê-lo publicado no início de abril, quando o pau estava quebrando na Câmara, resolvi retirá-lo (e não faço a menor ideia do motivo). Mas agora, quando o "passaporte" da Dilma está pronto, só faltando dar uma "carimbadinha", resolvi ressuscitá-lo, pois existem coisas que eu continuo tendo muita dificuldade de entender. Uma delas é a preferência “nacional” dos petistas e congêneres pelo uso da expressão “pela democracia” ao votar contra a continuidade do processo de impeachment da Dilma. Poderia até dizer, cheio de espanto e com os olhos arregalados (mais do que já são normalmente): -"Como assim, cumpanheros? A qual 'democracia' vocês se referem?"

Acho bizarro que justamente aqueles que já tentaram mais de uma vez cercear a liberdade de imprensa (a irmã siamesa da democracia) no Brasil, os mesmos que sempre aplaudiram, reverenciaram e talvez até tenham feito boquete nos Irmãos Castro, Evo Morales, Hugo Chavez e seu seguidor Nicolás Maduro, são justamente eles os “defensores da democracia”!

Parem com isso! Vocês insultam a inteligência da população minimamente esclarecida e não anestesiada por seus mantras! Aliás, os mantras utilizados pelo PT não são “palavras de ordem”, mas palavras de ódio.


As cínicas palavras reproduzidas a seguir poderiam tranquilamente ser atribuídas a um estrategista ou ideólogo do PT, por serem uma aula de como manipular um povo ou grupo de pessoas, mas foram ditas por um psicopata, homicida e genocida conhecido como Adolf Hitler. Olhaí:

A arte de todos os grandes condutores de povos, em todas as épocas, consiste, em primeira linha, em não dispersar a atenção de um povo e sim em concentrá-Ia contra um único adversário. Quanto mais concentrada for a vontade combativa de um povo, tanto maior será a atração magnética de um movimento e mais formidável o ímpeto do golpe. Faz parte da genialidade de um grande condutor fazer parecerem pertencer a uma só categoria mesmo adversários dispersos, porquanto o reconhecimento de vários inimigos nos caracteres fracos e inseguros muito facilmente conduz a um princípio de dúvida sobre o direito de sua própria causa.


A VEJA de um mês atrás trouxe um excelente artigo do ex-ministro Mailson da Nóbrega, onde ele comenta sobre a idiotice do “não vai ter golpe”. E é para ele que faço minha reverência respeitosa. Olha que beleza:

A PRESIDENTE DILMA, Lula, o PT, militantes e simpatizantes têm repetido uma ideia inacreditável: estaria em curso um golpe contra o governo e a democracia no atual processo de impeachment. A infundada afirmação tem sido aceita por artistas, juristas e intelectuais, o que prova a capacidade de mistificação dos petistas.
A propaganda do risco de golpe é uma das invenções do PT para enganar os menos informados e espicaçar os adversários. Nos tempos petistas, diz Sérgio Fausto, nunca se repetiram "com tanta intensidade e frequência ideias prontas e slogans feitos para distorcer os fatos em benefício de um grupo político e estigmatizar seus oponentes".
(...)Afinal, há um golpe em marcha? Segundo ministros e ex-ministros do Supremo Tribunal Federal e juristas renomados, impeachment não é golpe. Trata-se de processo baseado em norma inscrita na Constituição. (...)
Segundo o cientista político americano Robert Dahl (1915-2014), em obra sobre a Constituição dos Estados Unidos, "a democracia e suas principais instituições pressupõem a existência de certos direitos fundamentais, comoa liberdade de expressão e a liberdade de imprensa". A Constituição e a democracia, pode-se concluir, não existem no vazio.
Golpe, ou golpe de Estado, significa uma súbita e violenta deposição de um governo por um pequeno grupo, geralmente liderado por militares. Costuma incluir o controle das Forças Armadas e da polícia. Representa uma ruptura institucional com perda de independência do Judiciário, censura à imprensa, restrições à liberdade de expressão e de reunião, prisão arbitrária de opositores e cassação de direitos de juízes e políticos.(...)
O advogado-geral da União tem reiterado a determinação do governo de recorrer à Justiça para questionar eventual decisão da Câmara em favor da admissibilidade do processo de impeachment. É uma contradição. Como lançar mão de um recurso legítimo perante o STF se existe um golpe, que consiste, entre outras violações, na negação da lei e do poder do Judiciário? O golpe imaginado pelos petistas e simpatizantes seria o primeiro da história previamente anunciado e com as instituições funcionando.(...) o PT poderia falar em erro judiciário. Nunca em golpe. 


Bom, pensando bem, isso já nem importa tanto, pois o pé do povo brasileiro está a milímetros da bunda do (des)governo petista. Agora, é só esperar um pouquinho e correr pro abraço - "abraço de Morfeu", se eu conseguir dar mais uma cochiladinha (se pudesse, mudaria Morfeu para Euterpe. Segundo as boas línguas, essa musa seria "a doadora de prazeres"). Acho que a mente já está meio intoxicada!



DÁ-LHE, TEMER!

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