Este post começou quando resolvi mandar o link de um disco igual ao que tenho para meu amigo (e ídolo) Mauro Condé, dono do excelente "O Blog do Maluco". Entre suas muitas qualidades e cultura está o gosto por jazz. Nem sei se isso é "qualidade", pois jazz é aquela música estranha e majoritariamente instrumental de que só uns malucos apreciam (ele é maluco).
Já estava até escrevendo o e-mail, quando resolvi transformar tudo em um post, contando uma história sobre esse link (dois posts, aliás, pois o anterior, apesar de ter sido publicado primeiro, é filho deste). Pode ser sacanagem de minha parte, mas ele (assim creio) é um dos 2,3 leitores desta bagaça e eu não poderia deixar passar uma oportunidade dessas. Por isso...
Em 1973 eu tinha 23 anos e fazia estágio em uma obra localizada no município de Matozinhos, distante uns 50 quilômetros de BH. Como eu (não) estudava de manhã, ia para lá logo após o almoço, de ônibus. Na volta, sempre pegava carona com alguém. Era uma obra razoavelmente grande e alguns serviços e técnicas utilizadas demandavam a contratação de empresas especializadas. Uma dessas mandou para lá um engenheiro bem-humorado e gente fina que ficou por ali alguns meses. Como também voltava todo dia para Beagá, acabei pegando algumas caronas com ele.
Já estava até escrevendo o e-mail, quando resolvi transformar tudo em um post, contando uma história sobre esse link (dois posts, aliás, pois o anterior, apesar de ter sido publicado primeiro, é filho deste). Pode ser sacanagem de minha parte, mas ele (assim creio) é um dos 2,3 leitores desta bagaça e eu não poderia deixar passar uma oportunidade dessas. Por isso...
Em 1973 eu tinha 23 anos e fazia estágio em uma obra localizada no município de Matozinhos, distante uns 50 quilômetros de BH. Como eu (não) estudava de manhã, ia para lá logo após o almoço, de ônibus. Na volta, sempre pegava carona com alguém. Era uma obra razoavelmente grande e alguns serviços e técnicas utilizadas demandavam a contratação de empresas especializadas. Uma dessas mandou para lá um engenheiro bem-humorado e gente fina que ficou por ali alguns meses. Como também voltava todo dia para Beagá, acabei pegando algumas caronas com ele.
Foi numa dessas que eu ouvi falar de Dick
Farney, de quem o sujeito era muito fã. Como a minha praia sempre foi o rock, eu
estava mais interessado em ouvir as fitas do Pink Floyd que ele também trazia
no carro. Mas caroneiro não tem direito a escolha nenhuma e é obrigado a escutar qualquer música
que o dono do carro resolva ouvir. Se vacilar, até Zezé de Camargo e Luciano & amigos. Mas dei sorte, pois além de “Dark Side of the Moon” (que acabara de ser lançado), ouvi também a fita do
Farnésio (nome verdadeiro do Dick Farney). E gostei!
Esse engenheiro acabou sendo contratado pela
empresa onde eu fazia estágio e a amizade consolidou-se. Antes de ser deslocado
para uma obra em Curitiba, sua cidade de origem, teve tempo de namorar e casar
com uma mineira. Nunca mais tivemos contato, com exceção dos dois discos que
mandei para ele. A história desses discos foi contada no post anterior (hoje eu estou a fim de escrever). Mas, vamos lá.
Dick Farney foi extremamente famoso nas décadas de 1950 e 1960. Era ídolo mesmo, tanto que os fãs que curtiam jazz até criaram o Sinatra-Farney Club. Os "sócios" eram gente da classe de Johnny Alf, João Donato, Paulo Moura, etc. Além disso, teve dois programas de televisão - Dick Farney Show, em 1959 (era uma época em que música dava audiência) e e Dick e Betty, em 1965, com a Betty Faria.
Resumindo: o cara era ídolo mesmo. E craque. Mandava super bem no piano e tinha uma voz incrível. Com essas qualidades, gravou discos só instrumentais e outros onde também cantava. Não sou especialista, mas eu jamais teria gravado algumas músicas que interpretou. Um sujeito amante de jazz e com um toque sofisticadíssimo de piano gravar "A saudade mata a gente" é o fim da picada. Mesmo assim, é meu reverenciado de hoje (e sempre). Como se destacou mais como pianista e cantor, não faz sentido fazer uma biografia. Quem quiser, encontra um porrilhão de coisas na internet.
Por isso, vou apresentar o link que deu origem e sentido a este post e que fizeram valer a pena comprar o disco que as contém (viu, Mauro?). Mas ele cantava bem demais e tinha uma voz incrível. Assim, incluí também os links das músicas gravadas por ele de que mais gosto. Espero sinceramente que curtam essas interpretações belíssimas. Bora lá:
Dick Farney foi extremamente famoso nas décadas de 1950 e 1960. Era ídolo mesmo, tanto que os fãs que curtiam jazz até criaram o Sinatra-Farney Club. Os "sócios" eram gente da classe de Johnny Alf, João Donato, Paulo Moura, etc. Além disso, teve dois programas de televisão - Dick Farney Show, em 1959 (era uma época em que música dava audiência) e e Dick e Betty, em 1965, com a Betty Faria.
Resumindo: o cara era ídolo mesmo. E craque. Mandava super bem no piano e tinha uma voz incrível. Com essas qualidades, gravou discos só instrumentais e outros onde também cantava. Não sou especialista, mas eu jamais teria gravado algumas músicas que interpretou. Um sujeito amante de jazz e com um toque sofisticadíssimo de piano gravar "A saudade mata a gente" é o fim da picada. Mesmo assim, é meu reverenciado de hoje (e sempre). Como se destacou mais como pianista e cantor, não faz sentido fazer uma biografia. Quem quiser, encontra um porrilhão de coisas na internet.
Por isso, vou apresentar o link que deu origem e sentido a este post e que fizeram valer a pena comprar o disco que as contém (viu, Mauro?). Mas ele cantava bem demais e tinha uma voz incrível. Assim, incluí também os links das músicas gravadas por ele de que mais gosto. Espero sinceramente que curtam essas interpretações belíssimas. Bora lá:
AS MÚSICAS PARA O E-MAIL DO MAURO:
(instrumentais, magníficas, gravadas pelo Dick Farney Trio)
Valsa de
uma cidade // Tenderly
|
https://www.youtube.com/watch?v=HPyaA39hzEc
|
"CANTORIAS" (tão magníficas quanto as instrumentais):
Aeromoça
|
https://www.youtube.com/watch?v=rl7Oza4cg7Q&list=RDrl7Oza4cg7Q
|
Alguém como
tu
|
https://www.youtube.com/watch?v=Ne3Cg8FtO_M
|
Copacabana
|
https://www.youtube.com/watch?v=BRn_b7KVZO0
|
Teresa da
Praia (c/ Lúcio Alves)
|
https://www.youtube.com/watch?v=0fTgcsPiFAI
|
Uma
Loira
|
https://www.youtube.com/watch?v=NlvXuyziKuo
|
Você (c/
Norma Bengell)
|
https://www.youtube.com/watch?v=jkvjD3SV7SQ
|
A minha favorita é Alguém como tu, muito bonita.
ResponderExcluirTirando "Teresa da Praia" e "Você", um pouco inferiores, não consigo escolher qual a melhor (as instrumentais incluídas)
Excluir