A
ferrugem invadiu minha casa
Com as chuvas que caíram recentemente
Por onde quer que eu olhe
Há sinais de sua presença
Metais cromados custosamente comprados
Exibem hoje manchas estranhas
Superfícies antes lisas e brilhantes estão
Ásperas como pedras com cracas à beira-mar
A
umidade invadiu minha casa
Por onde quer que eu olhe
Há sinais de sua presença
Pisos de pedra duramente comprados
Exibem hoje manchas estranhas
Que a memória nunca registrou
Na
pintura próxima aos rodapés
Bolhas se desfazem ou se soltam
Ao simples toque das mãos
É como se minha casa flutuasse
Sobre um lençol de água remanescente
Das últimas e torrenciais chuvas.
A
ferrugem invadiu meu corpo
Com a inesperada aparição da pandemia
Por onde quer que eu me olhe
Há sinais de sua presença
As articulações estão duras e emperradas
Os músculos estão agora atrofiados
E a pele hígida da mocidade exibe
Manchas senis que o Tempo só faz aumentar
A
umidade invadiu minha alma
Mesmo que não consiga vê-la
Há sinais de sua presença
Piso como se estivesse desnorteado
À procura de imagens borradas, manchadas
Que a memória tenta resgatar
Nos
recônditos do cérebro
Sinapses se rompem e se desfazem
Ao toque do Tempo carrasco
É como se eu afundasse
Em um mar de sentimentos represados
E pensamentos nunca confessados
Com as chuvas que caíram recentemente
Por onde quer que eu olhe
Há sinais de sua presença
Metais cromados custosamente comprados
Exibem hoje manchas estranhas
Superfícies antes lisas e brilhantes estão
Ásperas como pedras com cracas à beira-mar
Por onde quer que eu olhe
Há sinais de sua presença
Pisos de pedra duramente comprados
Exibem hoje manchas estranhas
Que a memória nunca registrou
Bolhas se desfazem ou se soltam
Ao simples toque das mãos
É como se minha casa flutuasse
Sobre um lençol de água remanescente
Das últimas e torrenciais chuvas.
Com a inesperada aparição da pandemia
Por onde quer que eu me olhe
Há sinais de sua presença
As articulações estão duras e emperradas
Os músculos estão agora atrofiados
E a pele hígida da mocidade exibe
Manchas senis que o Tempo só faz aumentar
Mesmo que não consiga vê-la
Há sinais de sua presença
Piso como se estivesse desnorteado
À procura de imagens borradas, manchadas
Que a memória tenta resgatar
Sinapses se rompem e se desfazem
Ao toque do Tempo carrasco
É como se eu afundasse
Em um mar de sentimentos represados
E pensamentos nunca confessados
Rapaz, esse poema bem que merecia receber o subtítulo : É a podridão, meu velho!!!
ResponderExcluirMuito bom!!!
Obrigado, mas falando francamente, ele só foi publicado por eu ter perdido antes um texto que estava escrevendo direto no computador. Sei lá por qual motivo, apaguei todo o texto sem querer. Como o blog não tem uma tecla de desfazer (se tem, não conheço), a solução foi dar uma guaribada neste "poema" escrito há uns dois meses, mas muito insatisfatório.
ExcluirPor isso, nunca escrevo direto no computador.
ExcluirMas gostei mesmo do poema
Valeu! Mas eu tinha escrito a maior parte no Word (sem salvar). Aí dei um control x e colei no blog. Comecei a corrigir, a substituir algumas palavras, trocar a ordem de algumas frase e, de repente, tchum! sumiu tudo. Foda! daqui a pouco sairá mais um texto merda recolhido do lixão do blog. Aliás, super merda!
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