CANCELARAM A ONÇA!
Mesmo que todo mundo já tenha ouvido essa notícia nos telejornais, preciso guardá-la aqui no blog para que no futuro eu consiga me lembrar da história (claro, se ainda conseguir ler alguma coisa). Para mim as críticas expressam a quintessência do comportamento equivocadamente correto. Transcrevendo textos:
O estudante de biologia João Pedro Salgado
que tirou as fotos “polêmicas” manifestou sua preocupação: "primeiro fica o alerta de que as pessoas
precisam de uma formação básica. Hoje as pessoas na internet têm muito juízo de
valor, pessoas que não entendem o assunto e criticam o assunto (...) Isso
demonstra um comportamento preocupante de visão da natureza que algumas pessoas
possuem. Os animais precisam ser animais, a cena não é cruel ou algo do tipo. A
cena é simplesmente a vida em seu estado mais puro", finalizou. Olha o
print de dois comentários escalafobéticos:
Ler essa notícia me fez sentir pena dos
professores de biologia na vida real. Do jeito que a coisa anda, já, já cancelarão
a teoria da Origem das Espécies, detonarão depois o Charles Darwin e chegarão
aos professores de biologia. Te cuida, Marreta!
DÍZIMO COM QUEM ANDAS
No recente domingo de Páscoa, durante a missa dominical, fiquei pensando que católico é uma espécie de fiel ou religioso meio bagaceira, bem diferente dos evangélicos. Para começar, uma grande parte, talvez a maioria, só vai à igreja e assiste missa na Semana Santa ou feriado religioso. Por isso, ficam parecendo um sujeito em prisão domiciliar ou usando tornozeleira eletrônica – o cara está “condenado”, mas a “pena” é mais leve, menos restritiva.
Outra coisa que chama a atenção é o dízimo.
Para começar, embora os padres chamem de espórtula, a maioria dos fieis chama
mesmo é de esmola. E a grana colocada nas sacolinhas durante a missa é esmola
mesmo, até mais baixa do que os flanelinhas cobram para “tomar conta” do seu
carro. Uma vez, durante a missa, presenciei uma cena meio bizarra: na hora da
coleta, um sujeito colocou algum valor na sacola e ficou esperando o troco. Mucho loco!
Mas o que realmente diferencia os católicos
da turma do Edir Mais Cedo (porque
Deus ajuda a quem cedo madruga!) é a forma de louvar. O padre diz “Glória, Altíssimo!” e o pastor diz “Glória ao dízimo!”.
No recente domingo de Páscoa, durante a missa dominical, fiquei pensando que católico é uma espécie de fiel ou religioso meio bagaceira, bem diferente dos evangélicos. Para começar, uma grande parte, talvez a maioria, só vai à igreja e assiste missa na Semana Santa ou feriado religioso. Por isso, ficam parecendo um sujeito em prisão domiciliar ou usando tornozeleira eletrônica – o cara está “condenado”, mas a “pena” é mais leve, menos restritiva.
ALFABETO
Recentemente, conversando em uma festa com um amigo que é gay super bem resolvido e engraçado, comentei com ele sobre como eu era ignorante na juventude, pois acreditava que gay era apenas o passivo e, ainda por cima, efeminado e cheio de trejeitos - a quem chamávamos de viado ou bicha e suas variantes (bichinha, bichona, etc.).
Ele riu e comentou que há muito mais
complexidade nessa área, pois a atração sexual por pessoas de mesmo sexo não
necessariamente exige comportamentos femininos ou masculinos. E ainda brincou
que os gays são mais ou menos como os motores flex dos automóveis: podem
funcionar com “álcool”, “gasolina” ou
uma mistura dos dois, pois o que importa mesmo é “rodar”. Achei graça da comparação, e respondi: - Mas
poupe-me dos detalhes sórdidos!
Recentemente, conversando em uma festa com um amigo que é gay super bem resolvido e engraçado, comentei com ele sobre como eu era ignorante na juventude, pois acreditava que gay era apenas o passivo e, ainda por cima, efeminado e cheio de trejeitos - a quem chamávamos de viado ou bicha e suas variantes (bichinha, bichona, etc.).
E aí resolvi fazer outra piadinha. Disse a ele que cada inclusão de nova letra
na sigla original LGBT acabaria por esgotar todas as letras disponíveis e
propus uma simplificação: em lugar de LGBTQIA+ poderiam se identificar como “a turma do alfabeto”. E ficamos os dois
idiotas rindo dessas besteiras.
Se o tal cancelamento da onça fosse uma matéria ou um artigo escrito por uma publicação ao estilo do Sensacionalista, ou mesmo por mim ou por você, seria até uma sacada legal, uma crítica irônica a essa besteira de cancelamento.
ResponderExcluirMas não, não há nada de ironia nessa "discussão", nada. Ela é repleta apenas de ignorância, representa como de fato "pensa" e se comporta uma grossa fatia da nossa população, população jogada a esse estado de bestificação primeiro pela natural preguiça do brasileiro e, depois, por quase 30 anos de leis educacionais que têm por objetivo solapar qualquer aquisição do verdadeiro conhecimento. Trinta anos de Progressão Continuada, onde o aluno passa analfabeto de uma série para outra, passa só tendo que cumprir 75% de presença, de corpo presente.
Junte-se a isso tudo o crescimento desenfreado, nesse mesmo período, das igrejas neopentecostais. Ficando aqui o paradoxo de Tostines, as igrejas edirmacêdicas tornaram também a população mais burra ou a população, por estar num gradativo e acelerado processo de emburrecimento, corre cada vez mais para as igrejas evangélicas?
Evolução? Eu mal falo desse assunto hoje. Dou uma passada muito rápida por cima, só para, como diz o título da sua postagem, cumprir tabela.
Já tive alguns casos de alunos - testemunhas de jeová e adventistas do sétimo dia - cujos pais, muito educadamente, isso eu devo admitir, conseguiram junto à coordenação de uma escola em que lecionei e junto a mim, uma dispensa de seus filhos de minha aula quando o assunto fosse de encontro às crenças deles. E evolução não é o único. No caso das testemunhas de jeová, também quando o assunto são grupos sanguíneos e transfusões.
Esse tipo de gente que cancela a onça é o grosso da nossa população, Jotabê.
Sacou ?
É nessas horas que eu me pergunto como pode a espécie humana ter chegado até aqui. A propósito, gostei muito do paradoxo de Tostines. É o biscoito?
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