segunda-feira, 28 de março de 2022

ULTIMATE FIGHTING

 
Meu amigão Bozo parece nunca perder a oportunidade de passar vergonha em público! Recentemente, em um evento do PL, nono partido ao qual já se filiou (isso mesmo, 9º), voltou a reverenciar a memória do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, torturador da ditadura militar condenado em primeira, segunda e terceira instância, chamando-o de “um velho amigo que lutou por democracia”.
 
Como o que eu gosto mesmo é de pensar besteiras, fiquei imaginando que se o Ustra lutou mesmo pela democracia, deve ter feito isso em torneios de boxe ou em campeonatos de MMA, com os adversários de olhos vendados e mãos amarradas. Só assim!

2 comentários:

  1. Apenas uns dados esparsos para se pensar.
    Alguém disse que o melhor escravo é o cara que acha que é livre. E eu digo - se é que alguém já não disse - que a "democracia" é a mais eficiente forma de perpetuar a ditadura.
    Em 1968, auge do AI-5, foi promulgada a lei 444, que regula todas as disposições do magistério público. Direito a faltas abonadas, faltas médicas parciais, dissídio anual, progressão na carreira por tempo de serviço etc etc. Uma pá de direitos concedidos em plena "ditadura". Só nos últimos quatro anos, o PSDB, na figura do Doria, revogou todas essas disposições. Só a um exemplo, se eu fico doente, se vou me consultar com um médico, por exemplo, às 10, 11 horas da manhã e tenho aulas à tarde, ou o médico me dá um atestado para o dia inteiro, ou eu simplesmente perco o meu dia de trabalho.
    Dissídio anual? Há pelo menos 15 anos, não sabemos o que é isso. E agora, ontem, a Alesp aprovou o projeto do novo plano de carreira para o magistério público, que, resumidamente, congela de vez qualquer promoção por tempo de serviço e, consequentemente, os salários. A partir de agora, quem ingressou há 20 anos e quem ingressou há um ano, passam a ter a mesma pontuação. Tirou-nos também as abonadas.
    E tudo isso era constitucional, era o tal do direito adquirido. Basta uma meia dúzia de decretos e um punhado de deputados comprados e tudo vem abaixo.
    Tínhamos muito mais direitos e muito melhores salários na época dos miitares do que hoje. Sem contar a disciplina. Sem contar o respeito à instituição escola.
    Democracia? Quem quiser que a leve. Eu quero de volta uma ditadura das boas.

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    1. Acho dificílimo comentar o que disse, pois nunca passei por essa situação. Mas tenho tanto apreço pela Liberdade que não consigo entender que alguém deseje viver sem ela, seja por qual motivo for.
      Vou repetir um raciocínio que fiz há muito tempo e talvez tenha publicado no blog. Do nascimento até a morte o cerumano está sujeito a toda sorte de restrições e normas legais ou sociais. É podado e amestrado no convívio familiar, doutrinado e moldado em algum tipo de crença, ensinado e censurado nas escolas, bitolado e enganado por alguns políticos, tem as amarras do casamento e a convenção de condomínio a obedecer, precisa comportar-se de acordo com a idade ou o status social, deve obedecer a uma constituição de mais de 200 artigos e todo um cipoal de leis, decretos e normas.
      Pois bem, não consigo entender que esse sujeito, com mais amarrações que ligações clandestinas em poste de energia, resolva fazer parte de ordens secretas, onde receberá mais um pacote de normas, ritos e posturas. Troque “maçonaria” por “ditadura das boas” e entenderá que é assim que vejo seu desejo. Mas, como cantou o Cláudio Zoli, “cada um, cada um”.

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FOLHA DE PAPEL

  De repente, sem aviso nenhum, nenhum indício, nenhum sinal, você se sente prensado, achatado, bidimensional como uma folha de papel. E aí....