sexta-feira, 18 de março de 2022

QUE HISTÓRIA É ESSA, JOTABÊ?

Só recentemente descobri o programa “Que história é essa, Porchat?”, apresentado por volta de 14h00 (parece que existem outros horários além dessa sessão, específica para aposentados e coça-sacos). É um programa leve e bem humorado em que três famosos e dois desconhecidos contam situações bizarras ou pitorescas que viveram ou presenciaram. No finalzinho do programa o apresentador faz três ou quatro perguntas padrão para os três famosos. Uma delas é Qual brasileiro te causa orgulho? Alguns dos citados são meio previsíveis: Pelé, Airton Senna, etc.
 
Por estranhar algumas dessas indicações, resolvi seguir os passos (embora os meus estejam meio claudicantes) de um amigo virtual metódico e bom de listas, o gente boa Scant, meu coach para assuntos relacionados ao combate à depressão (não a dele - que não tem, mas da minha). E é isso justamente o que resolvi fazer. Uma lista do tipo “Qual brasileiro...”
 
Por sobra de tempo e excesso de personalidades, resolvi dividir por temas ou assuntos. Neste ponto a lista ficou meio capenga, justamente por deixar de fora muitas categorias e a culpa disso é minha conhecida ignorância. Como falar de pintura ou escultura se não conheço nada desses assuntos? Outro ponto a considerar é que tenho muitas restrições ao sentimento de orgulho; por isso, resolvi trocar por respeito e admiração.
 
Deixo claro que não se trata de escolher os melhores, mas apenas indicar aqueles de quem gosto muito. E se tenho respeito e admiração por alguns famosos, sinto também desprezo e aversão a uma penca de gente. Por isso, há também uma lista de pessoas a quem repudio. Acho que a lista ficou meia boca, mas esta é a sina do blog. Saca só:
 
Música – composição:
Tom Jobim (imbatível), Milton Nascimento, Lô Borges, Cartola
 
Música – letra:
Caetano Veloso e Chico Buarque, mas não dá para esquecer Vítor Martins, Aldir Blanc, Noel Rosa e Guilherme de Brito
 
Literatura – prosa:
Rubem Braga (para mim, basta esse, pois o que me atrai são os livros, não seus autores)
 
Literatura – versos
Vinícius de Moraes, Ferreira Gullar (eu sei que o Drummond pode ser melhor, mas eu gosto mais desses dois).
 
Literatura de humor:
Millôr Fernandes (imbatível) e Luis Fernando Veríssimo
 
Desenho de humor:
Angeli
 
Esporte:
Cesar Cielo (recordista mundial!) e Pelé (só como esportista; como pessoa é um lixo)
 
Jornalismo:
Elio Gaspari e Ricardo Boechat (imensa perda!)
 
Político que ganharia meu voto:
Fernando Henrique (imbatível), Simone Tebet, Fabiano Contarato e os internacionais (que inveja de seus eleitores!)  Barack Obama e Nelson Mandela (in memoriam)
 
Faltam muitas categorias, mas o saco encheu e a ignorância falou mais alto. Só abri exceção para fazer o inverso do orgulho e da admiração:
 
Políticos para repudiar, odiar ou desprezar:
80% dos políticos brasileiros, com menção (des)honrosa para a  Famiglia Bolsonaro (pai, filhos e espírito de porco), Lula, Abraham Weintraub, Gleisi Hoffmann, Ricardo Salles, José Dirceu, Ernesto Araújo, Rui Falcão, todas as gangues do Centrão, Mensalão e Petrolão e (in memoriam) Olavo de Carvalho. E ainda os internacionais Putin, Nicolas Maduro e Daniel Ortega
 
Para finalizar, o melhor blog da internet:
Blogson Crusoe (Ahahah o quê? Para mim é, lógico!).

5 comentários:

  1. Porra! E cadê o Marreta nessa lista?
    Muito boa lembrança, o Guilherme de Brito.
    Essa parte do programa do Porchato é parecida com o imortal quadro "Para quem você tira o chapéu", do carcamano Raul Gil.
    É bem como dizia o Chacrinha : na televisão, nada se cria, tudo se copia. Copiando, o próprio Chacrinha, o príncipio da conservação das massas de Lavoisier, na natureza, nada se perde, nada se cria, tudo se transforma.

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    1. Rapaz, de uma das fontes onde o Blogson vai beber jorram ironia e provocação (o termo mais certo não é “jorram”, é “pingam”). Como eu poderia mencionar o Marreta de forma elogiosa? “Nunquinha”, pois aí não teria graça nenhuma.
      Quanto ao Porchat, só há muito pouco tempo descobri que existia. Mas ele tem realmente uma presença de espírito muito grande e um raciocínio super-rápido. E os casos que os convidados de seu programa contam são geralmente muito divertidos ou bizarros.
      Quanto às perguntas finais, atualmente são estas:
      - Qual brasileiro te causa mais orgulho?
      - Qual a lembrança mais antiga que tem?
      - Quando você morrer, o que precisa ter no Céu, senão você nem entra?
      -O que você gostaria de ter escrito em sua lápide?
      Para finalizar, hoje não passamos nem perto do programa do “Raul Xiiiil”. É impossível assistir aquilo. Silvio Santos idem. Se eles ainda fizessem programas de entrevistas provavelmente seria legal, mas programa de auditório? Nem pensar! Eles não transformam mais nada e esse é o problema deles.

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    2. Rapaz, isso de você dizer que não teria graça nenhuma se referir ao Marreta de forma elogiosa, lembrou-me de uma coisa. Lá pelos idos de 2004, 2005, sem ter o que fazer da vida e precisando mostrar algum tipo de serviço, a então coordenadora da escola instituiu uma espécie de votação nas salas. Os alunos deveriam mencionar e/ou eleger o(s) professor(es) que mais os havia influenciado positivamente, que mais tinha mudado sua visão de mundo, ampliado suas percepções etc etc.
      Aí, a própria coordenadora veio me dizer de uma aluna que disse que votaria tranquilamente em mim, mas que não faria isso porque acreditava que eu não gostaria de tal homenagem.
      Essa aluna, que até hoje não sei o nome, me entendeu perfeitamente.

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    3. O humor (ou a tentativa de) é mais ou menos como os espelhos deformantes de uma "Casa dos Espelhos" de um parque de diversões. E aí é que está a graça. Para mim, o blog A Marreta do Azarão é quase nível A, de excelência. O único reparo que faço é a seção "Travessuras de menina má", totalmente doispensável ´para mim. Mas sei também que se a excluisse estaria "emasculando" o blog.

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    4. Rapaz, agradeço demais (de verdade) o quase nível A de excelência. Mesmo nível atingido por você em suas postagens memorialistas. Nunca te falei isso, mas tenho uma inveja do caralho da sua memória, mesmo que muitas vezes as lembranças não sejam boas e, creio, tragam certa dor.
      Tenho uma memória fraquíssima sobre os assuntos e a história da minha família. Lembro, claro, dos meus avós e até de dois bisavós, de tios etc, mas não tenho praticamente nenhuma história para contar deles, não me lembro de quase nada. Por isso, me impressionam os seu longos e detalhados posts memorialistas.

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FOLHA DE PAPEL

  De repente, sem aviso nenhum, nenhum indício, nenhum sinal, você se sente prensado, achatado, bidimensional como uma folha de papel. E aí....