A casa é cinza,
escura e silenciosa. O
corredor de acesso
aos
cômodos é frio e estreito; mal
dá para uma pessoa
caminhar sem
esgueirar-se de lado,
colada a uma das
paredes mofadas. As
portas que existem são
blindadas, com
fechaduras sem puxadores ou maçanetas
e se fecham à medida
que se caminha para o interior. As
paredes dos quartos
formam com o piso e o teto um estranho
e opressivo tronco de
pirâmide, arrematado por uma janela gradeada.
Que nunca é aberta.
Sinto-me sufocado e tento dormir, na esperança de
que algum pesadelo me
livre desta realidade sem saída.
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