quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

EI, EI, E-MAÍL - A REVANCHE



Antigamente a alternância de comportamentos "maníacos" e "depressivos" era conhecida como  "psicose maníaco-depressiva". Sabe lá Deus por quê, creio que mudaram para "transtorno bipolar". Para um leigo como eu, aparentemente teria ficado tudo igual, exceto o fato de que essa "bipolaridade" (que eu acredito ter um pouco) me fez buscar lá na velha Física a imagem de "corrente alternada", para explicar o ping-pong do meu humor, do meu oscilante estado emocional.

O motivo dessa xaropada inicial é o resgate de um e-mail antigão, escrito e enviado para umas dez pessoas, um ou dois dias depois de ter encaminhado aquele que gerou o post "Ei, ei e-maíl". Sinceramente falando, esse tipo de coisa só interessaria a mim mesmo, "presidente do próprio umbigo". Mas, passados mais de três anos de seu envio, eu me divirto e me constranjo ao tentar imaginar o que os destinatários (especialmente meus filhos) pensavam ao testemunhar uma oscilação de humor tão rápida e tão frequente. E pensar que eu não quis fazer Psicologia por achar que não estava com a cabeça muito boa! Mais uma mensagem para a posta restante. Poderia ter escolhido para título deste post o nome "Corrente alternada", mas preferi "Ei, ei e-maíl - a revanche", para não perder o vínculo com o texto anterior.

   
Ô, gente, mas que vergonha! Normalmente, depois que encaminho um e-mail para vocês, releio para ver se alguma coisa passou batida, se havia alguma forma mais legal de dizer, etc.

Hoje, depois de reler o “Ei, ei e-,maíl”, eu gelei de vergonha. Eu sempre faço questão de me expor ao ridículo mais absoluto porque isso me diverte (claro que meus filhos devem odiar). O problema é que dessa vez eu errei a mão e, em vez de achar graça (sou muito autoindulgente), eu senti vergonha, principalmente ao inserir um novo personagem no comentário final, que é sempre uma tentativa de fazer a última gracinha. Ou seja, ao deixar de ser ridículo propositalmente, eu ultrapassei a última barreira do bom senso, pois consegui ser apenas patético, sem que me desse conta disso. O texto – que já era uma bosta – ficou repulsivo com o novo personagem.

Eu comecei a usar o “Jotabê” de sacanagem, pois conheço um sujeito idiota que conta (ou contava) vantagem usando o apelido na terceira pessoa – “Porque o Pepeu fez isso assim assim”, “O Pepeu ganha tanto” e por aí vai. Eu sempre achei isso uma pobreza só, o mesmo que sinto em relação ao Pelé quando faz a mesma coisa. Então, não fazia sentido eu querer criar um novo personagem só para “fazer reflexões”. Isso é falta absoluta de senso de ridículo ou de esquizofrenia, coisa que eu creio não ter, ou um caso claro de dupla personalidade, logo eu que não tenho nenhuma! (piadinha).

Todas as bobagens que escrevo são essencialmente jotabê, ou, melhor, são assim porque é assim que eu sou – sem noção, “boca suja”, pretensioso, ridículo. Enfim o que todo mundo que me conhece já sabe. O que eu tento sempre é me comunicar com as pessoas de quem gosto (muito) e que estão distantes de mim. E, por não ter nenhuma novidade para contar, registro as coisas que pipocam na minha cabeça.

Bom, foi mal, foi péssimo, foi horrível. Deixa o “Pintòh” no lugar de onde ele nunca deveria ter saído: só no endereço de e-mail.

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