Por volta de 1976, a empresa em que eu trabalhava participou da licitação de uma obra para a Cooperativa Agrícola de Cotia, formada majoritariamente por japoneses e descendentes. Precisando esclarecer alguma coisa, meu colega ligou para lá. O diálogo foi mais ou menos assim:
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“Arô, quem fara?”
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Bom dia, eu quero falar com o Senhor...
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“Quem fara?”
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Aqui é o Ramon Coelho, de Belo Horizonte...
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“Samon?”
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Não, RRRamon Coelho!
- "Coero”?
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Coelho!!!
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“Ah, Coero!”
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É... Isso mesmo...
Cagamos de rir ao ouvir a reprodução do
diálogo, mas foi assim que eu descobri que os japoneses realmente têm
dificuldade para pronunciar palavras que utilizam a letra “L”.
Lembrando-me desse diálogo, cheguei a uma
conclusão: quando um japonês resolve fazer “haraquiri”, o que ele
realmente quer é praticar um “halaquili”. O resultado acaba sendo
o mesmo, mas nunca é demais usar corretamente a língua!
Depois disso, só mesmo uma
reflexão Jotabê para acabar de arregaçar:
Se você prestar
atenção, vai ver que a cerimônia do haraquiri é uma espécie de self-service da
flagelação.
Eis uma contribuição para aumentar seus vastos conhecimentos na língua japonesa, e também um desafio :
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