sábado, 13 de junho de 2015

CURSO JOTABÊ DE JAPONÊS


Por volta de 1976, a empresa em que eu trabalhava participou da licitação de uma obra para a Cooperativa Agrícola de Cotia, formada majoritariamente por japoneses e descendentes. Precisando esclarecer alguma coisa, meu colega ligou para lá. O diálogo foi mais ou menos assim:

-     “Arô, quem fara?”

-     Bom dia, eu quero falar com o Senhor...

-     “Quem fara?”

-     Aqui é o Ramon Coelho, de Belo Horizonte...

-     “Samon?”

-     Não, RRRamon Coelho!

-    "Coero”?

-     Coelho!!!

-     “Ah, Coero!”

-     É... Isso mesmo...

Cagamos de rir ao ouvir a reprodução do diálogo, mas foi assim que eu descobri que os japoneses realmente têm dificuldade para pronunciar palavras que utilizam a letra “L”.

Lembrando-me desse diálogo, cheguei a uma conclusão: quando um japonês resolve fazer “haraquiri”, o que ele realmente quer é praticar um “halaquili”. O resultado acaba sendo o mesmo, mas nunca é demais usar corretamente a língua!

Depois disso, só mesmo uma reflexão Jotabê para acabar de arregaçar: 

Se você prestar atenção, vai ver que a cerimônia do haraquiri é uma espécie de self-service da flagelação.

Um comentário:

  1. Eis uma contribuição para aumentar seus vastos conhecimentos na língua japonesa, e também um desafio :
    http://amarretadoazarao.blogspot.com.br/2015/06/profissoes-japonesas.html

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MARCADORES DE UMA ÉPOCA - 4