Eu
sempre acho estranho ou engraçado quando vejo pessoas falando sozinhas.
Atualmente, isso nem causa mais tanta estranheza, porque há os que usam um
microfonezinho (ou o que quer que seja) para falar ao celular. Mesmo assim, me
divirto vendo alguém gesticulando na rua, como se falasse com o homem invisível ou um fantasma.
Estava
pensando nisso, quando me dei conta que eu também tenho essa mania. Só que ela
se manifesta nos textos do blog. Em boa parte deles, eu escrevo como se
estivesse falando com alguém. E, juro, não há nisso nenhuma alusão à baixíssima
quantidade de visualizações que o velho Blogson obtém. Este texto, aliás, é um
exemplo do que acabei de dizer.
Continuemos, portanto, "nosso" bate-papo: ontem, conversando com um de nossos
filhos, comentei com ele que o blog tinha se apoderado da minha mente e como eu
estava me expondo mais e mais e usando muito um de meus personagens prediletos,
o palhaço, aquele se expõe ao mais absoluto ridículo, apenas para alguém achar
graça. Ele sorriu e disse que há uma expressão em inglês para definir um
sujeito como eu. E a expressão é "attention whore" (creio que deve
ser assim). Independente da grafia, o significado seria "prostituta por
atenção". Ou, o que acredito mais condizente com a ideia: "quem se
prostitui em busca de atenção". O equivalente em português, usando uma
expressão mais antiga, seria "quem vende a alma ao diabo" por
atenção.
Como
diria o Robertinho (sou íntimo!), meu amigo, irmão, camarada: "esse cara sou eu"! Porque,
quando fico alguns dias sem postar alguma coisa no Blogson, fico super
inquieto, agitado, um verdadeiro drogadicto (porque este blog é uma verdadeira droga!).
Por isso, por não conseguir me conter, vou me expor um pouco mais. Mas acho que a maioria das pessoas gosta de se exibir, nem que seja um pouquinho, nem que seja só na frente de um espelho.
E espelhos
grandes são uma coisa bem legal quando se vai aprontar para sair. Não há quem
não dê uma ajeitadinha no cabelo, uma murchada na barriga, uma arrumada na
roupa. Olhando
para um espelho grande, pode-se admirar, refletido, o porte nobre e majestoso, a pujança da
cabeleira farta e densa e a beleza... ora, helênica sempre, claro.
Outro dia, olhando-me de perfil no espelho, percebi que tenho o porte de um astro do cinema internacional. Qual astro? Não, não é o Tom Cruise, nem o Brad Pitt ou George Clooney. O nome é Free Willy.
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