terça-feira, 30 de junho de 2015

COMENTANDO AS PENÚLTIMAS - 05

A nossa presidente declarou a jornalistas em Nova York que não respeita delator (“eu não respeito delator”). Bacana. 

Segundo o “Dicionário On Line de Português”, “respeito” é, entre coisas, “Consideração; sentimento que leva alguém a tratar outra pessoa com grande atenção, profunda deferência, consideração ou reverência”. Bacana também.

O excelente ex-ministro Joaquim Barbosa teria dito que (...) “'colaboração' ou 'delação' premiada é um instituto penal-processual previsto em lei no Brasil! Lei!!!" Mais bacana ainda.

Aí fico matutando: será que a Dilma aconselhou-se com alguém fora de sua equipe, antes de fazer essa declaração? Talvez o Lula, quem sabe?... Só acho que ela não deve ter consultado o Genoíno do Mensalão. Por quê? Porque ele foi condenado, lógico! Ou alguém imagina que eu estou insinuando outra coisa?


segunda-feira, 29 de junho de 2015

RECICLANDO LIXO

Este post de hoje é fruto de uma síndrome de abstinência. É a pura verdade, porque se o Blogson é uma droga, eu sou viciado nele! E como programei o post  que dá sequência às lembranças da família de meu pai para o dia 02/07, não estou aguentando esperar até lá. É muita ansiedade!

Na verdade, estou também bastante triste e preocupado com a saúde (a minha). Por isso, resolvi aproveitar um pedaço de um dos posts iniciais, justamente um da série “Entendendo o Blog”. Estava relendo algumas das primeiras postagens e achei esse, que me pareceu um texto bem-humorado (padrão Blogson, bem entendido) que talvez devesse ter sido apresentado em outra “seção”. Por isso, esperando que não pensem que é picaretagem, aí vai, com algumas adaptações para dar coerência.


Não sei se mesmo as pessoas mais próximas já perceberam  isso, mas o fato é que é eu sou meio que uma apostila ambulante de distúrbios psicológicos leves. Podem acreditar!

Embora não seja profissional da área, já identifiquei neurose não curada (não tinha mais grana para pagar o psicanalista), transtorno obsessivo compulsivo leve, depressão moderada, antipatia pelo PT (opa, isso não é distúrbio mental, é só bom senso!), um pouco de transtorno bipolar (o antigo maníaco-depressivo), uma pitada de síndrome do pânico (acho que não tenho mais), algumas fobias, medo generalizado e 100 kg de ansiedade. 

Embora na época tenha discordado veementemente, um colega me disse uma vez que eu era sociopata. Só não briguei com ele porque uma das minhas duas personalidades não quis. Mas, se vacilar, até espinhela caída eu devo ter.

Então, aproveitar trechos de um post antigo em novo post - só para acalmar minha ansiedade - não me traz nenhum conflito. Estamos todos de acordo com isso. E quando eu digo “nós”, não estou incluindo os leitores.


domingo, 28 de junho de 2015

SÉCULO DEZENOVE VÍRGULA SETE

Hoje não ouço mais as vozes daquele tempo (...)
Onde estão todos eles?
— Estão todos dormindo
Estão todos deitados
Dormindo
Profundamente.
(extraído do belíssimo poema Profundamente, de Manoel Bandeira)



O texto a seguir foi revisado e ampliado em 2013. O tema são as (poucas) lembranças que eu tenho de uma família extremamente singular (a de meu pai). Sinceramente, eu gostaria que os leitores deste blog tirassem alguma diversão deste post, tal como eu, enquanto o escrevia. Mas não tenho tanta esperança assim. Afinal, são lembranças de gente comum, com alguns casos curiosos. Os livros de memória escritos pelo Pedro Nava servem de desculpa para tornar públicas estas lembranças. É claro que a comparação não procede, pois ele abriu uma larga e bem cuidada estrada, enquanto eu consigo, no máximo, uma picada, uma trilha irregular e cheia de raízes e galhos. E como o texto é maior do que duas páginas – padrão que eu procuro obedecer no Blogson – será dividido em partes e postado sequencialmente. 



A FAMÍLIA DE MEU PAI
Preciso fazer um pequeno comentário antes de apresentar esse assunto: o embrião, a versão inicial deste texto foi escrita quando minha mãe ainda estava viva (ela morreu em 2009) e foi enviada apenas para nosso filho mais velho e para meu irmão. Meu objetivo, já naquela época, era deixar para os meninos um registro de minhas lembranças e impressões sobre a família de meu Pai. Só que eu perdi esse arquivo. Recentemente, entretanto, fuçando uns backups antigos, reencontrei o texto “perdido”.

Eu sempre curti muito esse negócio de memória, de preservação da memória, fato que foi muito aumentado depois que fiz cinqüenta anos. Então, depois de reler o que escrevi lá atrás, achei que estava legal, “leve” (como disse meu filho), mas incompleto. Faltavam datas, nomes, etc. Foi aí que eu recorri à minha irmã. De posse dos dados que ela forneceu, dei uma corrigida e ampliei alguma coisa. Talvez o texto tenha perdido um pouco da “leveza”, mas ganhou em “densidade”. A Física explica...

Deixo claro que mesmo não querendo magoar ou ofender ninguém, o texto pode ter algum deboche e sarcasmo (ironia, não, porque segundo o ator Paulo Cesar Pereio, “ironia é coisa de viado”). Por quê? Porque essa é a minha maneira de ser.

Antes de entrar nas lembranças propriamente ditas, é importante transcrever a relação que minha irmã forneceu. Dois são os motivos para isso: o mais simples (e meio delirante) é que a leitura das datas de nascimento dos tios mais velhos, todas anteriores a 1900, dá até alguma vertigem, ou, se preferirem, é como olhar as ondas de calor que sobem do asfalto em um dia muito quente, criando uma distorção das imagens. O “calor”, nesse caso, seria a passagem do tempo.

O outro motivo, mais reflexivo, tem a ver com uma ideia que me ocorreu recentemente: as pessoas que não estão citadas em livros de história, as pessoas que não tiveram algum destaque maior em vida, as pessoas que, enfim, são a quase totalidade da raça humana permanecem “vivas” enquanto alguém conseguir lembrar-se delas, enquanto puderem ser identificadas por fotos ou documentos.

E lembrar-me dos membros da família de meu Pai é mais do que importante para mim. Porque parte do que sou hoje veio lá de São José dos Oratórios, veio dessa família, de seus costumes, de sua esquisitice, de sua forma peculiar de relacionar-se com o “mundo exterior”.



O irmão mais velho de meu pai chamava-se José, e nasceu em 1892. Morreu com cinco anos de idade, vítima de meningite. Meu pai reproduzia dois casos tristíssimos sobre ele, certamente narrados por um de meus avós. Já doente, no colo de meu avô, pedia algo como -“papai, tira essa dor da minha cabeça! Um dia (provavelmente dias depois), foi chamado para ver uma procissão que passava em frente à casa onde moravam. Não aparecendo, foram procurá-lo e o encontraram de joelhos atrás de uma porta. Perguntado por que estava ali, teria respondido que estava pedindo à Nossa Senhora para que ela o levasse. Teria morrido nesse mesmo dia. Dá para imaginar os sentimentos destroçados de meus avós?

Em 30 de dezembro de 1894 nasceu tio Delvaux (Delvô). O terceiro filho, tio Lourival (Lurinho, para seus irmãos), nasceu em 25 de setembro de 1895.

Talvez tragédias familiares não fossem tão incomuns na transição do século XIX para o século XX, não sei. O fato é que mais uma aconteceu na família. Em 1897 (provavelmente), nasceu Joaquim, o quarto filho de meus avós. Com dois anos de idade, morreu de sarampo. Meu pai, visivelmente emocionado, contava que enquanto vovô levava o filho para ser enterrado, vovó Vita dava à luz o tio Chiquinho. Minha irmã também percebeu essa mesma emoção, o que significa que, para papai a dor não passava fácil, mesmo que ele nem tivesse nascido quando essas mortes aconteceram. 

Em 12 de fevereiro de 1899 nasceu Francisco Augusto, o tio Chiquinho citado. Tia Sinhá (Maria) nasceu em 17 de novembro de 1901. Tio Nhô (Josefino), companheiro de maluquices na infância e irmão predileto de meu pai, nasceu em 27 de novembro. O ano pode ser 1907 a 1909, não há certeza.

“Sô Amintas”, como eu o chamava de brincadeira, nasceu em 2 de novembro de 1911, em pleno dia de Finados. Não tenho dúvida que essa data certamente ajudou muito a moldar a sua personalidade e seu comportamento.  

Tia Neném (Augusta Natalina) nasceu em 25 de dezembro, provavelmente em 1913 ou 1914 (será que nosso filho gostaria de ter no nome o complemento “Natalino” ou Natalício”?). E, por último, tia Zinha (Vitalina), nascida em 8 de  maio de 1916.

(No próximo post encontra-se a explicação para o título deste texto).

sábado, 27 de junho de 2015

SEXTO SENTIDO

Hoje me ocorreu que a falta de um dos cinco sentidos pode até ter sua utilidade. Por exemplo, um jovem cego jamais se disporia a fazer tatuagem. Legal, né? 

Mas, para mim, a perda mais “proveitosa” seria a da audição. Por quê? Porque o surdo não precisa aturar funk, sertanejo, axé nem pagodinho. Muito chique!

E como um dos sinônimos para o substantivo “sentido” é “senso”, se acontecesse de o estimado Jotabê perder um deles, uma coisa é certa: haveria um aguçamento de todos os outros, exceto um – o bom senso.


quinta-feira, 25 de junho de 2015

HOJE EU VEJO QUE ME ACHAVA O CARA

Fuçando backups antigos, encontrei alguns textos escritos há mais de dez anos, quando ainda trabalhava. Um dos significados disso é constatar que eu nem trabalhava tanto assim. Ah, claro! significa também que, aparentemente, eu me achava O cara. Postá-los no blog serve apenas para registro das mudanças de estilo e de mentalidade por que passei desde então.


RAIVA (16/09/2003)
Conheço pessoas que são naturalmente raivosas, enraivecidas. Pensando nisso, fiquei imaginando o que seria a raiva. Seria ela algo como expectativa não realizada, desejo não concretizado, medo não vivenciado? Seria talvez a expressão do contraste entre o imaginado e o encontrado, entre a expectativa e a decepção? Fica o registro de minha perplexidade, mas não sei se há fundamento nisso que pensei.


JUVENTUDE (08/10/2003)
Acredito que novidades, especialmente as tecnológicas, são sempre bem-vindas para os jovens, em qualquer época. Penso ser o fascínio pelo novo uma de suas características mais destacadas. (De nós mesmos, em nossas juventudes). Esse fascínio em nada os inibe. Um dia, ao chegar em casa, deparo-me com meu filho mais velho mexendo dentro do computador. Perguntei se sabia o que estava fazendo e a resposta foi um -“Claro!” alegre e despreocupado. Confirmei depois que ele estava certo.

Os mais velhos – e, quanto mais idosos, mais isso se acentua – têm medo da tecnologia (estou referindo-me à maioria, naturalmente). As traquitanas que vão sendo sucessivamente lançadas no mercado (nos) assustam ou inibem. Os manuais extensos, caudalosos, herméticos são como textos sagrados, precisam de alguém para traduzi-los ou explicar. Os jovens nem usam os manuais, às vezes. Displicentemente, vão na base da tentativa e erro, decifrando a parafernália tecnológica à sua frente. Agora, se você resolve contar algo do seu passado, verá provavelmente um sorriso de ironia ou um ar de desinteresse e impaciência contida surgir. A eles não atrai muito o passado. Especialmente o mais recente e doméstico. Mas penso que isso acontece desde que o mundo é mundo.


ROLHA NA CORRENTEZA (28/10/2003)
Sempre fui movido por uma constante inquietação que me persegue, que nunca dá trégua: como sou visto pelos outros? O problema dessa inquietação talvez resida na crença (ou certeza) de que somos seres mutantes, maleáveis e adaptáveis.

Assim, somos um no seio da família, outro com os amigos e um terceiro no local de trabalho, apenas para simplificar (na realidade, somos um universo). Algumas pessoas acreditam ser as mesmas em qualquer situação. Se, efetivamente, conseguissem isso, penso que seria um desastre.


Na minha modesta opinião, essa equivocada rigidez contraria a capacidade de adaptação que fez o homem – partindo de sua caverna ou árvore – chegar até os dias de hoje. Algumas pessoas dizem – peito estufado de orgulho – que são sempre da mesma forma, íntegras, que nunca mudam. Eu apenas sinto pena disso. Penso que as pessoas integram em si vários comportamentos, de acordo com as circunstâncias. Podem até, eventualmente (ou, na maioria dos casos, quem sabe?), não se dar conta disso. Mas são múltiplas. 

Hoje sei que sou assim. E alegro-me de ser assim. Daí a imagem de “rolha na correnteza” que criei para mim (vou para onde as águas me levam). Estaria essa visão equivocada? Não sei. Apenas digo que a linha que costura esses "pedaços" é a ética, aqui vista também como o respeito pelo universo do outro, do próximo. Acho que é por aí.

quarta-feira, 24 de junho de 2015

COMENTANDO AS PENÚLTIMAS - 04

Dia desses, os jornais de circulação nacional noticiaram que o Lula criticou os cumpanhero (a expressão realmente utilizada é "a gente") por só pensarem em cargos e empregos. Não vejo nada de errado nisso, pelo contrário. Até eu, que sou aposentado e retardado mental, se pudesse, queria uma boquinha dessas! 

Finalmente, eu vejo sinais de sensatez nos petistas. Porque o normal, o esperado é que todas as pessoas se preocupem com cargos e empregos que garantam rendimentos dignos, que permitam dar a si próprios e aos familiares uma vida confortável.

Eu apenas faria um adendo, lembrando uma frase que o genial Stanislaw Ponte Preta colocou na boca de sua personagem Tia Zulmira: -“ou locupletamo-nos todos ou restaure-se a moralidade”.

Mas, pensando bem, o Lula não quer nada disso. A expressão usada por ele ("Hoje a gente só pensa...") indica que ele não deseja nem cargos (no máximo, um carguinho de presidente) nem emprego. Imagino que se desejasse, diria "hoje a gente só pensamos".

Como já está com 69 anos, provavelmente o que ele quer mesmo é seu nome em uma avenida, em um aeroporto, em uma escola. O que ele deve querer é um busto ou estátua em praça pública, mesmo que, de vez em quando, algum pombo possa fazer um cocôzinho em sua cabeça (da estátua, lógico).

Pensando melhor ainda, acredito que nem isso ele quer, até porque esse tipo de homenagem só acontece quando o homenageado já morreu. Um sujeito que gosta de dizer que “nunca antes no Brasil...”, como se o país tivesse sido inventado ou criado por ele após ser eleito presidente, só pode ser criacionista. Nesse caso, ele é que seria o Criador.

Assim, se essa suposição estiver correta, o que ele desejaria mesmo é altar, para poder ser adorado e incensado por uma multidão de insensatos.


terça-feira, 23 de junho de 2015

EU QUERO É MOCOTÓ

Domingo passado, durante a missa, fiquei matutando na evasão de fieis da Igreja Católica e sua consequente conversão para outras igrejas cristãs, genericamente chamadas de “evangélicas”. Eu acredito que essa migração foi provocada pela “opção preferencial pelos pobres” adotada pelos adeptos da Teologia da Libertação. É irônico pensar que foram justamente os mais pobres que se mudaram de "mala e cuia" para outra denominação. E, para mim, o motivo é bem simples: muito mais que conforto espiritual, o que esse pessoal quer, precisa e espera é a intervenção divina para melhorar de vida, curar uma doença, sair da miséria ou conseguir um emprego.

Se isso está errado ou não, se é um equívoco ou produto de ignorância causada pela baixa escolaridade, pouco importa. O que esse pessoal sempre buscou foi a salvação divina para problemas práticos, o milagre. Que o clero católico quase proscreveu, ironicamente mais preocupado com a visão social da Igreja. As igrejas evangélicas, ao contrário, especialmente as universais, mundiais ou internacionais, sempre ofereceram esse “produto” a rodo (claro, mediante algum pagamento adicional). Basta ver a publicidade divulgada em várias mídias (“eu sou a ...”).

Eu não consigo entender como as lideranças católicas não perceberam ou se importaram com isso! Mas, pensando sobre o assunto, lembrei-me do Bolsa-Família, do Bolsa-isso, do Vale-aquilo, etc. E percebi que os “clientes” de políticas populistas são os mesmos que fizeram sua migração para a as igrejas evangélicas.

Antes que alguém me acuse de simplista, de estar generalizando, apenas direi que tenho consciência disso.  Esse raciocínio que eu fiz pode não explicar a mudança de fé de muita gente, mas certamente pega a maioria. E aí é que está o ponto onde eu queria chegar: para quem vive na miséria ou muito perto dela, pouco importa a ideologia do partido que está no  poder, pouco importa se é pastor ou padre o líder espiritual da igreja que escolheu para frequentar. O que conta mesmo é a crença na solução imediata de suas privações, seja com um Bolsa-qualquer-coisa ou uma cesta de “milagres” que acontecem diariamente nos cultos evangélicos graças à invocação dos pastores ("eu determino...").

Aí me lembrei de um fato acontecido nos tempos de faculdade. Eu estava almoçando no bandejão da escola, quando um menino de rua aproximou-se da mesa mais próxima da saída e pediu um pouco de comida (o resto da bandeja, na verdade) a um dos dois alunos que ali estavam. Um deles, de óculos, barba rala, com cara de que seria um dia co-fundador do PT, disse para o menino:
- Seu problema é esse governo que está aí! (estávamos em pleno período Médici)
O colega da mesa riu e disse algo assim:
- Idiota, ele está pouco cagando para o regime em que estamos, o que ele quer é comer, o que ele tem é fome!

E acho que é assim que ainda funciona.

segunda-feira, 22 de junho de 2015

TRANSGÊNICO

- Você viu na Globo News o programa sobre esse pessoal transgênico?

- Trans o que?

- Transgênico! Está dando para surdo agora?

- Nunca dei para ninguém, até porque não sou igual a você. Mas, até onde eu sei, transgênico é usado só para alimentos e sementes modificadas geneticamente.

- Pra mim, homem que vira mulher é frutinha, boiola. Então, transgênico está certo.

- Você deve estar lendo muito aquelas merdas do Blogson Crusoé, só pode!

- E daí, mano?

- Daí que você deve estar querendo dizer transgênero, tipo o cartunista Laerte ou o padrasto daquela bunduda americana, o Bruce Jenner.

- Sabe então como o gringo pode ser chamado?

- Já vem você! Vou chutar: Bruce Gênero.

- Essa foi boa, mas tenho outra ainda melhor.

- Tô imaginando...

- Você sabe como é que é papai em inglês?

- Dad.

- E mamãe?

- Mom.

- Sabe tudo, o cara!

- Não enrola, dá logo o chute no saco!

- Então, um sujeito igual a esses que você lembrou pode ser chamado de Dam, sacou? Da de dad e m de mom.

- Dam? Esperava um pouco mais. Você está cada vez menos engraçado! Nunca foi mesmo, mas está ainda pior.

- Calma, que eu não acabei! Dam em inglês significa barragem, represa.

- E daí?

- Daí que o papai que vira mamãe passou a vida toda represando seu desejo de queimar a rosquinha.

- Cara, descobri sua identidade secreta! Você só pode ser o Jotabê!



domingo, 21 de junho de 2015

COMENTANDO AS PENÚLTIMAS - 03

Eu sempre achei o pastor Silas Malafaia chato pra caramba, um verdadeiro pé no saco. Quando o vejo na televisão, parece que ele está sempre guinchando, rosnando, zurrando, blaterando (boa essa!), menos falando. Como indiscutível mala sem alça que é, ele só vocifera. Por isso, quando o vejo na TV, penso logo: -“o Mala fala!

Sei não, embora eu não entenda de psicologia, acho que o Malafaia cometeu um puta ato falho no último bate-boca em que se envolveu (poderia até ser chamado agora de "Malafalho"). Para quem não sabe o que é ato falho, fui buscar na internet uma definição para esse bicho, que é a seguinte (o grifo é meu):

Ato falho é um conceito desenvolvido por Freud no ano de 1901 em seus estudos sobre o inconsciente. É um erro na fala, na escrita, na memória ou em qualquer atuação física e expressional provocada hipoteticamente pelo inconsciente. Segundo a psicologia freudiana, é por meio do ato falho que realiza-se o desejo do inconsciente. Desse modo, nenhum gesto, pensamento ou palavra acontece acidentalmente. (Filipe Monteiro)

E afinal, qual foi esse ato falho? Está tudo na seção “Último Segundo” do site IG. Basta seguir o link abaixo. Mas vou resumir o assunto para os 2,3 leitores desta bagaça:

O jornalista Ricardo Boechat disse :
- Bla bla bla Ô Malafaia, vá procurar uma rola! Bla bla bla
E o pastor mala respondeu:
- Bla bla bla senta na mesa comigo que eu vou te engolir." Bla bla bla

Será que eu preciso ser mais explícito?



Links relacionados a este post:




sexta-feira, 19 de junho de 2015

A MÃE DO JUIZ

Se alguém me perguntar - apenas a título de cumprimento - como vou indo, é bem capaz de eu ficar tentado a explicar. Porque eu sou um sujeito que explica. Explica o que ninguém perguntou, explica o que não interessa a ninguém e, principalmente, explica o que não tem nenhuma obrigação de explicar. Imagino que tenha carência de aprovação, o que venhamos e convenhamos, é um traço bastante infantil. Mesmo assim, sinto-me novamente tentado a me explicar.

Quando lerem este post os ateus rir-se-ão de mim, os evangélicos me odiarão e os católicos carismáticos desejarão que eu seja excomungado (não creio que algum evangélico leia o Blogson, mas, vá saber!). E tudo isso por causa de uma piada, um cartoon que me ocorreu, pois o tema é Deus. Melhor dizendo, é deus, assim no minúsculo.

Como sabem as pessoas que eventualmente leem este blog, sou católico praticante. Mas não tenho nenhum problema com piadas sobre o cristianismo. Algumas são muito boas, super engraçadas e bem boladas. Um exemplo do que eu digo é o site "Um Sábado Qualquer". O autor está na faixa etária de meus filhos e algumas tiras são simplesmente geniais. 

O problema surgiu depois que visualizei todo o desenho pretendia fazer. Como já disse antes, eu preciso mais de Deus do que ele de mim. Pode até ser que Deus não exista - como muita gente acredita. Nesse caso, talvez eu tenha o "gene da religiosidade". Um dia saberei se estou certo ou errado. Até lá, continuarei crendo em Deus, e pronto.

Por isso, de repente, com a piada, bateu um sentimento de culpa, de pecado, o medo de estar blasfemando. Afinal, pode parecer bizarro ou ridículo para quem é ateu, mas quando rezo (ou oro), eu louvo a Deus e agradeço as bênçãos e graças que recebi ao longo de minha vida (mesmo sentindo que não as mereci). E se alguém ainda duvidava de minha fé, agora quebrou a cara. Culpa, pecado? Só cristão sente e pensa nisso. 

Pois bem, o fato é que realmente fiquei totalmente inseguro quanto à ideia de divulgar ou não o cartoon. Aí precisei racionalizar para acalmar o espírito. E me lembrei da "mãe do juiz" (de futebol), aquela que é mais xingada que alguns políticos envolvidos com o Petrolão. A diferença entre a mãe do juiz e um político corrupto é essa: o ladrão é sempre real, enquanto a mãe ofendida é só virtual, não tem nada a ver com a mãe verdadeira.

Depois desse raciocínio, acalmei minha ansiedade e fiquei mais tranquilo, pois o deus da piada imaginada é igual à mãe do juiz: não é Aquele em quem acredito. O mesmo pensamento valerá se me ocorrer outra piada. E fica o lembrete: ninguém, além de mim mesmo, pediu esta explicação. Pode até ser que ao ver o cartoon (que sairá amanhã), alguém fique tentado a dizer: - "que merda! Toda aquela xaropada só por causa desse lixo?"



quinta-feira, 18 de junho de 2015

SÓ PARA PASSAR O (ESPAÇO)TEMPO


Você já se perguntou o que pode ocorrer em uma colisão de galáxias? Não? Imagine então isso acontecendo agora, em algum lugar, lá nos confins do Universo...



quarta-feira, 17 de junho de 2015

COMENTANDO AS PENÚLTIMAS - 02

NOTÍCIA DO PORTAL G1:
MP sugere a ministros do TCU que rejeitem contas de Dilma de 2014 (...) Se isso acontecer agora, e a avaliação for mantida no julgamento feito pela Câmara e pelo Senado, a presidente Dilma pode ser alvo de um processo de impeachment.

Depois de ler essa notícia é que eu entendi o porquê da entrevista da Dirma para o Jô. Vai ver, ela está com medo de ficar sem mandato (aliás, ultimamente, ela já nem manda muito mesmo...) e, nos bastidores, resolveu pedir umas dicas sobre como ganhar uns trocados fazendo stand up (no caso do Jô, o certo seria sit down). 

E pode até dar certo, porque redator de humor ela já tem. Basta chamar o Mantega, pois tudo o que ele fez como ministro da Fazenda foi uma piada só.



domingo, 14 de junho de 2015

BIBLIOTECA SAGRADA

Tive um grande amigo que era muito culto e ótimo papo. Um dia, comentou que no início da humanidade, ainda na ausência de escrita, os ensinamentos religiosos eram divulgados oralmente, de forma cantada e cadenciada, para facilitar sua memorização. A explicação me pareceu fascinante, totalmente lógica e, claro, fruto de uma grande cultura. O complicador é que, segundo o ditado popular, "quem conta um conto aumenta um ponto". 

Mesmo tendo o máximo de cuidado na transmissão dos ensinamentos, mesmo cantando, mesmo marcando o ritmo, imagino que muita história, muitos números, muitos ensinamentos sagrados e muitas lembranças foram "atualizados” por diferentes narradores ao longo do tempo. Se pensarmos em textos surgidos há cinco mil anos, aí é que a coisa fica mais complicada. 

Por isso, vejo com muita reticência os textos bíblicos, especialmente os do Antigo Testamento. Sua reprodução ao longo dos séculos certamente deve ter causado várias alterações (bem intencionadas) na forma original, especialmente na fase de transmissão não escrita, oral. Por isso também, quando às vezes leio ou ouço durante a missa algum desses textos, minha vontade é gritar “TRUCO!”, pela total improbabilidade de algum evento ter acontecido tal como está registrado.

Algum tempo atrás, talvez por conta das novelas bíblicas da Record e da divulgação do filme "ÊXODO: Deuses e Reis", fiquei pensando em Moisés e nas “Tábuas da Lei”. Para receber a mensagem de Deus, Moisés subiu ao monte Horeb - ou Sinai, para os íntimos - onde ficou orando (talvez se pudesse dizer "horando") durante “quarenta dias e quarenta noites”, ao fim dos quais desceu com os Dez Mandamentos entalhados em duas placas de pedra. Bacana, não? 

Não! Pelo menos, para mim... Um cara criado na corte do faraó (se essa informação é verdadeira, lógico) devia saber ler, mas talvez não tivesse habilidade com cinzéis, buris, etc. Então, os quarenta dias que Moisés passou orando e jejuando devem ter sido gastos para entalhar o decálogo sagrado. Então, minha viagem é essa e esse é o mote desta gororoba que está sendo lida. 

Como sou católico (nem parece, né?), acredito na origem divina dos ensinamentos religiosos. Mas, caramba, para mim, Deus não precisou por a mão na massa para gravar na pedra o código de conduta que destinou aos judeus!

Outros exemplos bacanas:

O Livro de Mórmon:
Segundo informações extraídas da Wikipédia, O Livro de Mórmon é um "volume de escrituras sagradas comparável à Bíblia" e faz um "registro da comunicação de Deus com os antigos habitantes das Américas" além de "conter a plenitude do Evangelho eterno".
De acordo com o relato do próprio livro, ele foi escrito por muitos profetas antigos, pelo "espírito de profecia e revelação". Suas palavras, escritas originalmente em placas de ouro, foram resumidas por um profeta-historiador chamado Mórmon e por este motivo o livro tem este nome até hoje. 
Estes registros teriam sido mantidos por profetas que viveram entre esses povos, até que Mórmon, um desses profetas, fez uma compilação desses anais num único volume, gravado em placas de metal. Morôni, filho de Mórmon, recebeu essas placas e acrescentou nas mesmas o seu próprio registro, e ocultou-as segundo orientação que acreditava ser divina.
Na narrativa de Joseph Smith Jr, o restaurador da Igreja de Jesus Cristo, apelidada de "mórmon", Morôni visitou-o em 21 de setembro de 1823, instruindo‑o a respeito do antigo registro e da tradução que seria feita para o inglês. Smith também conta que quatro anos mais tarde as placas finalmente lhe foram entregues, traduzindo-as em seguida, acreditando ter auxílio divino.

Bom, aqui cabe uma pergunta: para que "placas de ouro", cara-pálida? Sinal inequívoco da riqueza dos ensinamentos recebidos? O pior da história é que o Joseph Smith não ficou com as placas; devolveu-as ao "anjo". Fala sério, Joe, você poderia ter assumido ser o verdadeiro autor do Livro de Mórmon, mesmo que inspirado por sabe-se lá quem!

O Livro dos Espíritos:
Segundo Allan Kardec (pseudônimo de Hippolyte Léon Denizard Rivail) um espírito o teria escolhido para reunir e publicar os ensinamentos da doutrina espírita, originalmente composta por 501 perguntas e respostas organizadas por ele, a partir de mensagens passadas pelos espíritos a três ou quatro moças adolescentes de uma mesma família.

Universo em Desencanto:
Para mim, esse é o mais bizarro. Minha mulher aprendeu a dirigir com um sujeito que, além de instrutor, divulgava também a "Cultura Racional". Assim, além das aulas de direção, minha Amada recebeu uns panfletos com ilustrações a cores que davam algumas dicas dessa "magnífica" seita ou o que quer que seja. O que chamou mais minha atenção foi um desenho mostrando uma pedra transformando-se em um animal. Preciso dizer mais alguma coisa? Lógico que sim! Saca só:

"Universo em Desencanto é uma obra de 1000 livros com fundamentos centrados nos conhecimentos da chamada Cultura Racional, enviadas por uma entidade denominada Racional Superior, habitante do chamado Mundo Racional" (Olha só, um ET espírita!)

"Esses ensinamentos teriam sido ditados através de seu aparelho, o Sr. Manoel Jacintho Coelho" (sem sacanagem, uma religião criada por brasileiro não passa nenhuma credibilidade!)

"Segundo o livro, trata-se de um conhecimento de retorno da humanidade ao seu "verdadeiro mundo de origem", o Mundo Racional, por meio da uma Energia Racional, que faria a ligação do ser humano ao Mundo Racional".


O que posso dizer, para finalizar essa cascata, é que, aparentemente, os fundadores de algumas religiões e seitas não tiveram peito de assumir que foram eles próprios os criadores dos ensinamentos transmitidos, mesmo que inspirados por Deus, anjos ou, sei lá, até por seres extraterrestres. Talvez intuíssem ou soubessem que "ninguém é profeta em sua própria terra", como disse Jesus (nesse, eu acredito!).

sábado, 13 de junho de 2015

CURSO JOTABÊ DE JAPONÊS


Por volta de 1976, a empresa em que eu trabalhava participou da licitação de uma obra para a Cooperativa Agrícola de Cotia, formada majoritariamente por japoneses e descendentes. Precisando esclarecer alguma coisa, meu colega ligou para lá. O diálogo foi mais ou menos assim:

-     “Arô, quem fara?”

-     Bom dia, eu quero falar com o Senhor...

-     “Quem fara?”

-     Aqui é o Ramon Coelho, de Belo Horizonte...

-     “Samon?”

-     Não, RRRamon Coelho!

-    "Coero”?

-     Coelho!!!

-     “Ah, Coero!”

-     É... Isso mesmo...

Cagamos de rir ao ouvir a reprodução do diálogo, mas foi assim que eu descobri que os japoneses realmente têm dificuldade para pronunciar palavras que utilizam a letra “L”.

Lembrando-me desse diálogo, cheguei a uma conclusão: quando um japonês resolve fazer “haraquiri”, o que ele realmente quer é praticar um “halaquili”. O resultado acaba sendo o mesmo, mas nunca é demais usar corretamente a língua!

Depois disso, só mesmo uma reflexão Jotabê para acabar de arregaçar: 

Se você prestar atenção, vai ver que a cerimônia do haraquiri é uma espécie de self-service da flagelação.

sexta-feira, 12 de junho de 2015

SE É

Hoje eu estou com a cachorra! ("com a cachorra" significando que eu estou animado, OK?).
Por isso, resolvi fazer mais um post de Dia dos Namorados. Neste caso, eu o dedico a todos os casais de namorados, especialmente aqueles que já se casaram - perante um juiz, um religioso ou só no coração - para que continuem sempre namorados, enamorados um pelo outro.

E, claro, dedico mais que especialmente à minha Amada, minha eterna namorada, e a nossos filhos e suas eleitas, para que eles e elas também continuem se namorando, enamorados e encantados um com o outro, eternamente.


Se é para dizer alguma coisa
eu digo que te amo

Se for para fazer alguma coisa
o que eu quero é te abraçar

Se for para ir a algum lugar
o que eu quero é passear com você

Se for para desejar algo
eu te desejo amor, saúde, alegria e paz

Se for para imaginar um futuro
o que eu quero é passar minha vida ao seu lado

DIA DOS NAMORADOS? É HOJE!


Dizem os especialistas que o signo de gêmeos começa no dia 21/05 e vai até o dia 20/06. Para mim, isso é irrelevante. O que sei é que gosto pra caramba, sou apaixonado e amo perdidamente uma geminiana. E faço isso todos os dias, há mais de 45 anos.

Como sabem aqueles que nos conhecem, nós começamos a namorar no Carnaval de 1969. Talvez por isso, Ela faça de minha vida um permanente carnaval, pois só de ouvir sua voz meu coração começa a sambar de felicidade, a se encher de música e alegria.

Estou falando essas coisas porque hoje é Dia dos Namorados e isso vale para mim também. Mesmo que tenhamos nos casado há quarenta anos, minha Amada continua sendo a minha namorada (lynda, linda!). É assim que eu a vejo, de verdade, sem pieguice. Por isso, hoje, dia 12/06, é nosso dia também.

Os outros 364 dias do ano poderiam ser considerados talvez dias dos Enamorados. E eu, mais uma vez, estou nessa, pois os dias passam, entra ano e sai ano e eu permaneço completamente apaixonado, enamorado por Ela, que é uma obra de arte da Natureza. 

Além de musa do Blogson e mulher da minha vida, lógico.



quinta-feira, 11 de junho de 2015

COMENTANDO AS PENÚLTIMAS - 01

Há um motivo meio constrangedor para o título deste post: sei lá, não quero que “as últimas notícias” sejam também as últimas comentadas por Jotabê. 

Além do mais, a notícia em pauta já está mais velha que a rainha da Inglaterra, mais requentada que café servido às visitas que chegam sem avisar. Alguém duvida? Antes, um pequeno retrospecto:

TRAÍRA!
Eu comecei a achar que o Príncipe Charles tinha miolo mole desde quando a imprensa divulgou a gravação de uma conversa entre ele e a então amante Camilla, em que dizia querer ser o absorvente íntimo dela. Não tenho nada contra sexo oral, pelo contrário. Mas, tampax? Sei lá, só se fosse para nunca ver a cara dela!

Pois bem, meu velho colega Charles, apesar desse deslize, é gente boa. E vítima de um karma medieval, daqueles para Merlin ou hobbit nenhum botar defeito! Porque, se você olhar bem, ele está sempre com cara de paisagem, meio desligadão, parecendo estar sempre no mundo da lua.

Pensando nessas coisas, descobri o motivo: o avô de Charles é (ou foi) o rei Jorge VI. Começou a entender o karma? Mundo da lua, neto de São Jorge, ou melhor, Rei Jorge... É lógico que ele tinha de encarar um dragão! E não deu outra.

A merda toda é que agora, mesmo depois de ter sido vista abanando o rabo (de dragão, lógico) para um ator de extremo mau gosto, esse dragão mal agradecido deixou claro que só abandonará o mundo da lua se receber 320 milhões de euros (deve achar que tem direito por usucapião).


Já não se fazem mais reality shows como antigamente!


(manchete retirada do "GLOBE")

COMENTANDO AS ÚLTIMAS - 07


CALA A BOCA JÁ MORREU
Ontem, 10/06/2015, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu pela liberação das biografias não autorizadas. Segundo o jornal O Tempo, “os ministros consideraram inconstitucional a aplicação para livros biográficos de dois artigos do Código Civil segundo os quais sem autorização prévia do retratado ou de seus familiares, no caso de mortos, escritos sobre pessoas com fins comerciais podem ser proibidos”. 

Segundo a ministra relatora Carmem Lúcia, "cala a boca já morreu, quem disse foi a Constituição".

Infelizmente, isso não se aplicará a casos “transitados em julgado”, como se diz na linguagem maluca dos advogados. Mesmo assim, é uma coisa que me deixa super feliz. Quem deve estar puto mesmo é o pessoal do “Procure Saber”.

Caso alguém não se lembre, alguns artistas, contrários à publicação de suas biografias sem prévia autorização, criaram uma associação com esse nome idiota. Muita gente boa embarcou na ideia de que só vale dizer coisas bonitinhas sobre eles. Dançaram.

Outro dia, por falta de óculos (sou velho, pô!), eu li em algum lugar a palavra “bisbilhoteca”. Achei divertido e fiquei imaginando um uso para isso. Talvez pudesse designar o arquivo de números antigos de revistas de fofocas, sei lá. 

Hoje, depois da decisão unânime do STF, eu acredito que “Bisbilhoteca” bem poderia designar nas livrarias o setor de obras biográficas não autorizadas. Provavelmente, o Roberto “Chapinha” Carlos aprovaria.




quarta-feira, 10 de junho de 2015

COMENTANDO AS ÚLTIMAS - 06

ABANTESMA
O comentário de hoje é sobre um processo de transformação pessoal agora concluído. Façamos um pequeno retrospecto: Em 1976, nas Olimpíadas de Montreal, ganhou a medalha de ouro no decatlo (prova masculina!). Foi casado três vezes e teve seis filhos, dois com cada uma das esposas. Participante ativo (pelo menos, até antes da transformação) de um reality show, na qualidade de pai de família e ex-marido de uma mala sem alça. Nome: Bruce Jenner. 

Com esse histórico, pressupunha-se que era - usando uma expressão do meu amigo virtual Marreta - "ponta firme". Aparentemente a pressuposição estava errada. No duro, no duro (cuidado com esse duro aí!), acho que ele gostava mesmo era de brincar de casinha.

Depois de separar-se da última esposa, começou a tomar hormônios, tirou o gogó, afinou o queixo, siliconou as maçãs do rosto, michaeljacksou o nariz e os lábios e botou peitinho. Resultado, agora chama-se Caitlyn, virou "menina" (com sessenta e cinco anos)!

Para mim, essa mudança teve três consequências imediatas:
- Alavancou os índices de audiência do reality show da antiga família;
- Aumentará substancialmente (ainda que de forma indireta) os rendimentos dos psicólogos e psiquiatras que já atendem ou passarão a atender os membros da família;
- Poderá ser chamado de pãe pelos filhos.  

Segundo os especialistas, não é transsexual, mas transgênero, porque não sentiria desejo sexual por homens. Será isso mesmo? Então, olha a maluquice: quando ainda era "homem", disse ser heterossexual. Agora, fica a dúvida: hetero antes ou já "transformer"? Se for na nova fase, significa que agora gosta de homens? E se ainda gosta de mulher, poder-se-ia dizer que é lésbica? Cartas para a redação.

Em uma ocasião, disse que seu nome era associado às piores cirurgias plásticas realizadas em famosos, porque nele, os resultados ficaram desastrosos. E, como prova de que o que está ruim ainda pode piorar muito mais, aí estão imagens de três momentos do Bruce (trans)Jenner, ou melhor, Gênero:


(*) Significado de ABANTESMA:
substantivo de dois gêneros (caiu como uma luva, não?)
1. alma do outro mundo, fantasma, espectro; aparição terrificante.
2. (fig.) indivíduo ou coisa que causa susto ou que, por seu aspecto, é desagradável ou mesmo repugnante.




MARCADORES DE UMA ÉPOCA - 4