Recentemente, descobri que minhas netas de cinco anos começaram a "colecionar" pedrinhas. Não sei como as conseguem, mas prometi que, na próxima visita, eu arranjaria mais algumas para elas. Para evitar ciúmes, precisava de quatro pedras, para que as duas netas mais velhas também ganhassem.
A solução estava aqui em casa, em um vaso
enorme que um dos meus filhos desistiu de levar para sua nova casa. Esse vaso é
coberto por pequenos pedaços de mármore branco, que algum processo abrasivo
transformou em pedrinhas de formas ligeiramente arredondadas, perfeitas para
que uma criança pequena não se machuque. Escolhidas e lavadas as quatro pedras,
só faltava esperar o Dia dos Pais para entregá-las. Mas senti que faltava um
toque de fantasia, de magia.
Quando meus filhos eram pequenos, eu tinha a
mania de recontar histórias infantis invertendo as qualidades dos personagens. "Os Três Porquinhos", por
exemplo, ganharam uma versão em que um lobo bonzinho era perseguido por três
porquinhos malvados e sacanas. Por que eu fazia isso? Não tenho muita certeza.
Talvez quisesse estimular a imaginação deles e libertá-los de ideias
estereotipadas. Hoje, com as netas ainda pequenas, tento fazer o mesmo, mas sem
muito sucesso. Quando conto minhas piadas infantis, elas me chamam de doido.
Mesmo assim, insisto em ser o avô mala.
Por isso, olhando as quatro pedrinhas
brancas, imaginei que poderiam ser dentes de unicórnio. Após uma overdose de
leite com Toddy (gelado, por favor), achei que seria mais engraçado dizer às
meninas que eram dentes de dragão.
Então pensei em pedir à IA Ideogram para
criar a imagem de um "dragão banguela". E o pedido foi assim
formulado:
"Um dragão que perdeu dois dentes do maxilar superior e dois dentes do maxilar inferior."
"Um dragão que perdeu dois dentes do maxilar superior e dois dentes do maxilar inferior."
As imagens geradas mostravam ameaçadoras cabeças
de dragão, totalmente inadequadas para divertir crianças de cinco e seis anos.
Refiz o pedido, solicitando imagens de um
dragão banguela usando óculos escuros. Das imagens geradas pela IA, a que mais
me agradou mostrava um dragão sorridente, mas exibindo todos os dentes.
Para mim, essa é uma prova de que a Suno tem um comando "foda-se" só
para contrariar e enfurecer quem pede sua ajuda.
Joguei a imagem no Paintbrush e resolvi a
questão apagando quatro dentes. Mas, como minhas netas são gemelares, achei por
bem criar uma segunda imagem ao tirar outros dentes da imagem original.
Quando mostrei a elas as imagens dos dragões
gêmeos (e banguelas), elas riram e pediram que os pais vissem também.
Mas a magia acabou quando entreguei os
"dentes de dragão". A Lelê (cinco anos) disse que dragões não existem,
e a Cacá (seis anos) deu a palavra final:
- "Isso não é dente, é só uma pedra."
- "Isso não é dente, é só uma pedra."
E pensar que, aos oito anos, morri de medo ao
ler a história da Cuca no livro "O
Saci", de Monteiro Lobato!
Jotabê!!!
ResponderExcluirVocê me fez rir de doer
a barriga. Nós avôs e avós,
somos mesmo tontos, pois
tentamos de toda forma manter
nossos pequenos interessados.
Aqui temos a Alice de extamente
6 anos e confesso ser ela
muito ela mesma e separa
as coisas com tranquilidade:
O Vô cuida da gente, e a Vó
cuida da comida da gente.
Eu digo: está bem Alice e sigo
minha vida. Os pais infelizmente
se separaram faz pouco tempo,
e ela me deixa sempre emocionada.
Outro dia ela perguntou:
Vó, eu só vou vir aqui quando meu pai
voltar? Pq o pai dela é artista circense e
viaja o Brasil a trabalho, ele com a separação
pedida pela mulher, voltou a morar
conosco e as duas netas(6 e 13) ficam com
a Mãe no dia a dia. Respondi a ela: Não Alice,
vc vem aqui quando sua mãe e vc decidirem,
a casa é sua como e da sua irmã
. como é do seu pai. Ela deu aquele sorriso aberto
e disse: Ufa ! Ainda bem.
Sabe amigo Jotabê, eu gosto da
forma simples que as Netas e Netos
veem a vida e nos tranquilizam com
a sinceridade de suas observações.
Dente de dragão que nada Vô.
Você deu sorte, delas não combirarem
de te darem razão, só pra não desapontá-lo. rsrs
Bjins em Vc e na Familia
e obrigada por essa proa.
CatiahoAlc.
Bom que gostou!
ExcluirAs crianças hoje já estão antenadas com o que acontece, sabem o que é inteligência artificial e o que é mentira do que é real. Por isso acho uma besteira imensa esses filtros de nada pode, tudo traumatiza que querem impor a todo custo em certas produções de TV e filmes, tornando tudo sem-graça. As pessoas sabem o que é ficção. As crianças também.
ResponderExcluirTem razão.
Excluirolha, você é esforçado, é bem criativo (verdade, acho mesmo!) mas...ninguém engana mais hoje crianças de 5 anos...sorry.
ResponderExcluirVerdade, mas eu tento.
ExcluirNa verdade, ninguém nunca foi capaz de nos enganar, quando tínhamos 5 anos também.
ResponderExcluirA diferença é que éramos mais respeitosos para com nossos pais e avós e acabávamos por entrar na brincadeira dos velhos (no melhor dos bons sentidos) um pouco que para vê-los felizes, tínhamos consideração pelos seus esforços em nos agradar, nos divertir, nos educar.
Consideração raríssima nas atuais gerações.
Não esquento muito minha cabeça com isso, para ser sincero. Eu sempre procurei desmisticar a imagem de papai sabe tudo com meus filhos. E acho que eles entenderam.
ExcluirSei lá, eu tive um palhaço meio estranho. Ele ficava pendurado na parede, bem acima da minha cama. Eu ficava com medo de olhar. Naquela onda de filmes de palhaços assassinos, na BAND, acabei convencendo minha mãe a dá-lo pra alguém. Se ele fosse aprontar, que não fosse eu. Ah, Ah! Eu vi os filmes de terror e ficava impressionado, depois meu sono era agitado, sonhava com lobisomens, diabos, inferno, bebês monstros...
ExcluirQuando tinha uns dez anos a casa da minha avó ainda.não tinha televisão. Assistia na casa ao lado, onde morava minha tia recém casada. Um dia passou um filme em PB de scifi e eu precisei pedir a meu tio para me levar para casa, tal o medo que senti.
ExcluirEu sou cagão pra filme de terror. Até hoje nunca assisti ao Exorcista, acredita?
ExcluirDez anos eu já não tinha medo,, mas compreendo total.
ExcluirHoje eu não assisto mais a filmes de terror. Também me recuso a assistir filmes em que há situações de sofrimento mental ou físico extremos. Se a vida real já é uma barra, para que buscar mais sofrimento?
ExcluirÉ muito bom. Una pena que os filmes de hoje são um bos**
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