Uma vez, em uma das muitas autocríticas que publiquei aqui no blog, disse que talvez tivesse poucos interesses e muita obsessão. Não vou me preocupar em saber se estava certo ao dizer que tenho poucos interesses, mas muita obsessão certamente eu tenho. E a mais recente é esta: publicar aqui no Blogson a “Epopeia de Gilgamesh”.
Antes de utilizar vários posts para publicar
esta história, precisei transpor para o Word o arquivo encontrado em PDF. Isso
implicou na formatação de uma por uma das 29 páginas resultantes. Durante a
realização dessa tarefa senti necessidade de, a título de prólogo, apresentar
alguns dados e informações sobre essa obra e seu tempo. E é o que vai rolar agora:
- A civilização suméria, talvez a mais antiga
do mundo, surgiu por volta de 4.000 a.C. na região da Mesopotâmia,
- A escrita cuneiforme foi desenvolvida pelos
sumérios por volta de 5.100 anos, tornando-se talvez o primeiro sistema de
escrita do mundo.
- Embora Gilgamesh, a figura central da "Epopeia de Gilgamesh" (por que
será?) seja apresentado como um semideus, um rei lendário da antiga cidade-estado de
Uruk, na Mesopotâmia e mesmo que não haja consenso, muitos historiadores geralmente aceitam que ele tenha
sido um rei histórico, um rei construtor, responsável pela construção dos muros
de Uruk e que teria reinado entre 2.800 e 2.500 a.C. É também é listado como um
dos reis de Uruk pela Lista de Reis Sumérios.
- A escrita cuneiforme foi decifrada por Sir Henry Rawlinson, um oficial britânico e estudioso assírio. Rawlinson conseguiu decifrar a escrita cuneiforme antiga por volta de meados do século XIX.
- Assurbanípal foi um rei assírio que reinou de
aproximadamente 669 a.C. a 627 a.C. Foi um rei capaz de causar inveja e
surpresa nos eleitores de Bolsonaro e do Lula, pois era um patrono das artes e
das ciências e responsável por reunir uma grande quantidade de textos e obras
literárias de culturas antigas e compilá-las em sua biblioteca. Para tanto, enviou
seus servos aos antigos centros de saber de Babilônia, Uruk e Nippur para que
pesquisassem seus arquivos e copiassem e traduzissem para o acadiano da época
os textos escritos na antiga língua suméria. Dentre as milhares de plaquinhas
encontradas durante as escavações das ruínas do palácio desse grande rei
Assurbanipal, “Rei do Mundo, Rei da Assíria",
estava o poema Epopeia de Gilgamesh.
- A escrita cuneiforme foi decifrada por Sir Henry Rawlinson, um oficial britânico e estudioso assírio. Rawlinson conseguiu decifrar a escrita cuneiforme antiga por volta de meados do século XIX.
- A primeira pessoa a traduzir um trecho da
narrativa do dilúvio em escrita cuneiforme foi George Smith, um autodidata que trabalhava como assistente no departamento de antiguidades assírias do Museu Britânico em meados do século XIX. Em 1872,
Smith fez uma descoberta notável ao traduzir e publicar uma parte da
"Epopeia de Gilgamesh" que continha a história de um dilúvio, com semelhanças
marcantes com a narrativa bíblica do dilúvio encontrada no Livro de Gênesis.
Para concluir, preciso lembrar que o texto
que será publicado é fruto de traduções sucessivas, com todas as mazelas que esse
tipo de situação pode trazer, principalmente por ser um poema convertido para prosa,
sem falar na utilização de algumas palavras modernas que talvez configurem uma espécie de “licença
poética” de algum dos tradutores (traduttore, traditore, não é mesmo?).
Então, fica combinado que a partir de amanhã,
mesmo que ninguém se interesse por sua leitura, os posts trarão a "fabulosa e
emocionante" Epopeia de Gilgamesh.
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