segunda-feira, 29 de abril de 2024

ALLEZ, DIS DONC, MOLIÈRE!

Por ser material de ótima qualidade, várias coletâneas de frases espirituosas e inteligentérrimas de gente como o Barão de Itararé, Bernard Shaw, Cícero, Groucho Marx, H.L. Mencken, Mark Twain, Millôr Fernandes, Otto Lara Resende, Roberto Campos e Schopenhauer já foram publicadas no velho e alquebrado Blogson Crusoe. Algumas dessas frases são tão perfeitas e precisas que mereceriam ser gravadas em um monumento ou obelisco.
 
Pois bem, mesmo que pressinta um “ah ah ah” de desdém dos dois leitores desta bagaça, eu realmente acredito que mereceriam ser eternizadas e talvez até embarcadas em uma nave com destino a um exoplaneta dos confins do universo (acho que eu me excedi no consumo de leite com Toddy!).
 
Dexando a profundidade de lado (como diria o Belchior), eu decidi publicar alguns posts com aforismos ditos por dois franceses. Molière foi o “starter” dessa ideia, pois achei uma lista de ótimas frases de sua autoria. Mas quem realmente barbarizou foi Monsieur François-Marie Arouet, também conhecido nas rodas e leitos palacianos franceses como Voltaire, uma das mentes mais brilhantes de sua época.
 
“Acreditava que o ser humano deveria ser livre para expressar sua vida criativa, sem interferências de cunho moral e religioso. Ele era contra o absolutismo e a favor da separação entre Igreja e Estado, ou seja, foi um dos primeiros defensores da ideia de Estado Laico.
 
Voltaire também era absolutamente a favor da liberdade de imprensa e da liberdade de expressão, além da liberdade religiosa e da tolerância. Para o pensador, o progresso da sociedade somente viria com o reconhecimento dessas liberdades individuais e com o respeito e a tolerância a todas as formas de pensar.
 
A tolerância era um tema essencial para ele, pois muitas vezes o filósofo foi censurado e interditado por seu pensamento liberal. Voltaire, no entanto, somente condenava e lutava contra dois tipos de pensamento: o fanatismo e a superstição, pois estes levam a liberdade à ruína”.
 
Depois desta longa apresentação (descolada de meu amigo Google) só me resta dizer que os próximos três ou quatro posts apresentarão as frases ditas por Molière e Voltaire que encontrei na internet. Enquanto isso eu faço uma estratégica saída à francesa para descansar a mente e o corpo. Mas eu volto!

A escola, nas condições em que devemos viver, instrui melhor que qualquer livro.

A solidão espanta uma alma de vinte anos.

Às vezes é do casamento que nasce o amor.

Eu gostaria de ser como meu pai e todo o resto de meus antepassados, que nunca se casaram.

Há vezes em que a franqueza, além de ridícula, é impossível. Apesar da sinceridade, convém, em determinadas ocasiões, ocultar o que se traz no coração.

Houvera sido incrível o desespero das mulheres, se a natureza as tivesse feito como as faz a moda.

Manda a perfeita razão que evitemos os extremos, e que sejamos sensatos e sóbrios.

Morre-se apenas uma vez, e é por tanto tempo!

Nada vale o mérito de uma mulher que desconhece a bondade.

Não existe fortaleza que resista à calúnia.

Não há piores surdos do que aqueles que não nos querem ouvir.

Nas desavenças, a mulher deve promover com habilidade a reconciliação, embora caiba ao homem dar o primeiro passo.

Odeio essas almas pusilânimes que, por muito preverem consequências, nada ousam empreender.

Pessoas podem ser induzidas a engolir qualquer coisa, desde que suficientemente temperada com elogios.

Podemos dominar o espírito; mas não podemos dirigir o coração, que se não deixa persuadir e que nos submete aos seus caprichos.

Prefiro um vício cômodo a uma virtude fatigante.

Quase todos os homens morrem dos remédios, e não das doenças.

Quem se ri dos outros, não tarda em ver que deles os outros se riem.

Sem menosprezar a glória, prefiro viver dois dias no mundo a viver mil anos na história.

Sempre escrevo facilmente o primeiro verso. Mas que trabalho o meu para compor os outros!

Somos facilmente enganados por quem amamos.

Somos responsáveis não só pelo que fazemos, mas também pelo que deixamos de fazer.

Suportamos as repreensões, mas não admitimos zombarias Preferimos ser maus a ser ridículos.

Um homem sábio é superior a qualquer insulto que possa ser lançado sobre ele, e a melhor resposta a um comportamento inadequado é a paciência e a moderação.

Um tolo culto é mais tolo que um tolo ignorante.

Vivamos com decência e deixemos que os maldizentes digam o que quiserem.

Viver sem amar não é realmente viver.



Nenhum comentário:

Postar um comentário

ESTRELA DE BELÉM, ESTRELA DE BELÉM!

  Na música “Ouro de Tolo” o Raul Seixas cantou estes versos: “Ah! Mas que sujeito chato sou eu que não acha nada engraçado. Macaco, praia, ...