Algumas notícias que leio sobre o meio musical me deixam incomodado. Mais que incomodado, assustado e triste. Refiro-me ao encerramento das carreiras de músicos e bandas que alegraram a minha vida e de mais meio mundo de gente.
Pela importância da Música e de muitos desses
músicos em minha vida, a morte de alguns ou decisão de outros com idade próxima à minha de encerrar suas carreiras deveria, precisaria ser
entendida por mim como um sinal, um alerta, ou como foram um dia os sons das sirenes antes da chegada dos aviões
alemães na Londres da Segunda Guerra: talvez fosse a hora de ficar quietinho, de procurar abrigo
fora do blog,talvez devesse ser a hora de parar de escrever banalidades e torcer para que os e-books lindamente exibidos no blog graças à inestimável ajuda da Maju ficassem mais conhecidos.
Mas eu sou um prisioneiro do Blogson, um blogadicto que continuará publicando o que der na telha, mesmo que tenha zero leitores, ainda que possa ser desprezado ou criticado por mudar de opinião, pois mesmo que não tenha mais saco para ouvir Raul, continuo a ser uma metamorfose ambulante. Por isso eu me desdigo, volto atrás de minhas decisões definitivas, repagino sempre as mesmas ideias ou mudo de opinião sem pestanejar, ora criticando o Lula, ora o defendendo, ora criticando o Bozo, ora o criticando ainda mais.
Ainda bem que existem bandas e músicos que se recusam a parar. A impressão que me causam é que depois de comer a carne e roer os ossos até ficar luzidios ainda pretendem fazer farinha da ossada. É assim que eu pretendo agir com o Blogson. Como ele é uma entidade apenas digital, sem carne nem esqueleto, usarei os ossos do ofício para fazer uma farinhada.
E se quiser ouvir música nova passarei a ouvir as gravações recentes de Sir Paul McCartney, pois aquele ali com a vitalidade e o
bom humor que tem provavelmente ainda viverá uns duzentos anos. Tocando seu baixo Höfner e em cima de um palco, obviamente.
Não sabia da Olivia Newton-John. Quantas homenagens já não lhe fiz na época do filme Grease ...
ResponderExcluirAté o Sepultura está a caminhar para a cova?
É a podridão, meu velho.
O Andreas Kisser disse “vamos parar em paz”. O nome da turnê é “Celebrating Life Through Death” (Celebrando a vida através da morte, na tradução livre). A primeira e a última frase “Eutanásia, o direito a morte digna. Direito de escolha de ser livre quando se nasce e quando se morre!”. Eu não sabia disso, mas a morte da esposa dele em 2022 parece ter pesado nessa decisão.
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