terça-feira, 6 de abril de 2021

ENVELHECER É DEZ!

Uma vez, talvez ainda lá no início do blog, meu primeiro amigo virtual (creio que em seu próprio blog, o implacável “A Marreta do Azarão”) fez um comentário super simpático sobre os textos que eu escrevia sobre minha experiência de envelhecer. Disse ele alguma coisa parecida com isso: "O Jotabê escreve bem sobre seu envelhecimento, sem drama, de uma forma leve e tranquila como quem dá conselhos aos mais jovens, mas de forma descontraída, serenamente". Eu coloquei esta frase entre aspas, mas não é uma transcrição literal, é apenas o sentido que guardei do que ele na época disse sobre mim.
 
O que tenho hoje a acrescentar sobre isso? Isto: Marreta, passaram-se pelo menos uns cinco anos desde que você fez um comentário nessa linha. Eu tinha então uns sessenta e cinco anos (era quase uma criança!), não havia sinal de coronavírus no horizonte e ainda faltavam uns três anos para acontecer uma eleição para presidente da república. Ou seja, eu era feliz e não sabia!
 
Hoje, ao contrário, por conta da pandemia, eu sou um homem em estado de sítio desde março de 2020 (e ainda tem gente torcendo para que decretem mais um!). Por tudo isso, pelos cinco anos a mais só me encharcando de "experiência”, hoje posso dizer a todos os meus amigos e amigas virtuais que a velhice, ou melhor, que envelhecer é dez! Verdade!

Como todxs são muito mais novos que eu, mas muito mais novxs mesmo (eu me divirto muito com essa maluquice!), eu me preocupei em deixar esta mensagem ("Envelhecer é dez!") em forma de imagem. Porque, falando sério, os muito, muito idosos - apesar da idade e aparência matusalêmica (ou talvez por causa disso mesmo) - vivenciam e experimentam sentimentos muito intensos, extremamente intensos. Creio que a imagem que preparei deixa isso muito claro, uma imagem que reproduz o perfil de um idoso qualquer, às voltas com os sentimentos e emoções predominantes, muitas vezes provocados por aqueles que o cercam, criticam, desprezam ou aporrinham. Espero que meus amiguinhos e amiguinhas gostem e bebam dessa sabedoria que lhes dou de graça (mas, claro, só se estiver faltando cerveja ou uísque). Olhai. 


3 comentários:

  1. Ficou dez!!!! E o perfil, salvo engano, é o seu, né?
    Pois eu bebo, há muito tempo e com muito gosto de sua sabedoria, misturada com uma dose de rum ou de vodka.

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    Respostas
    1. Grande sabedoria! E o perfil é (infelizmente) o meu mesmmo. Agora, uma curiosidade tardia: lembro-me vagamente do gosto de rum (ruim), mas não consigo me lembra de ter tomado gim ou vodka. Qual dos dois recomendaria e por quê?

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    2. O rum, se for o tradicional, o carta Ouro, ele tem um gosto amadeirado, dá até para tomar feito uísque, com gelo e tal.
      A vodka pura não me desce, tem gosto de álcool mesmo; o gim, provei poucas vezes, é perfumado, parece aquelas loções pós-barba de barbeiro das antigas; só desce também com uma tônica ou uma soda.
      Recomendar, eu não recomendaria nenhum. Dos três, o que eu mais gosto é o rum.

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