domingo, 27 de julho de 2014

TRAZ AÍ O INSETICIDA!

Tem pensamentos que ficam “revoando” em meu cérebro como mariposas em volta de uma lâmpada. Aí eu tenho que escrevê-los, para “liberar o trânsito” (falou, BHTrans!). O que está circulando agora é o seguinte:

A palavra “bossa” foi usada como gíria no final dos anos cinquenta, no Rio de Janeiro. Significava jeito, maneira ou modo diferente de ser. Assim, a “Bossa Nova” foi apresentada como uma forma nova, diferente (cheia de bossa) de compor e cantar o Samba.  E há várias referências ao velho samba em clássicos da Bossa Nova. Exemplos: “Samba de uma Nota Só”, "Só danço Samba”.

Uma das músicas mais sofisticadas dessa nova bossa, “Influência do Jazz” começa assim: “Pobre samba meu, foi se misturando, se modernizando e se perdeu”...

Um pode até ter surgido do outro, mas, para um leigo como eu, Samba e Bossa Nova são ritmos totalmente distintos. Para mim, compará-los seria o mesmo que dizer que tango e bolero são a mesma coisa. Não são, claro. (isso é que é erudição!). Mas se alguém acha que meu pensamento renitente está associado apenas à música, vai se assustar. “As mariposas” no meu cérebro relacionam-se com os evangélicos.

Já disse que tenho algumas obsessões. Poucas mas intensas. Uma delas é uma certa birra com as novas religiões cristãs. Não é que eu não goste das pessoas que migraram para essas igrejas. Eu até gosto de alguns. O problema é sua forma de conversar, cheia de “Oh! Glória!”, “em nome de Jesus”, “Amém, Senhor!”. Isso estraga meu fígado. Chego a pensar que se eu contar uma piada bem sacana e obscena para um “convertido” e ele achar graça, talvez diga, entre risos, “Aleluia!". Aí, seria demais.

Parêntese: Essa xaropada que estou escrevendo foi motivada por uma campanha publicitária recente, lançada pela Igreja Universal e divulgada na TV e em backbus, com o tema “Eu sou a Universal”.

Então (gosto muito de usar essa palavra), esse pessoal – para mim – lembra um pouco o pepino, a melancia: você pode até gostar de comer (no sentido digestivo, por favor), mas depois fica com uma azia danada.

Voltando “às mariposas”, o pensamento é o seguinte: pelo que vejo nos programas maciçamente veiculados nos canais abertos, as novas igrejas evangélicas dão muito mais ênfase, valorizam e pregam de forma literal e sem crítica, os textos do Antigo Testamento, sem se preocupar com o fato de que muitos são verdadeiras alegorias, para dizer o mínimo. Falam também de Jesus, mas ele mais parece um coadjuvante. Assim, estão mais propensas a oferecer “milagres”, e “curas” que “acontecem” o tempo todo. Vendem ideias (e sonhos) de progresso material, de conquistas, etc.

Já a Igreja Católica, pelo que percebo, valoriza mais o Novo Testamento, os valores pregados por Jesus. Quem está certo? Como sou católico, digo apenas dizer que prefiro a humildade de Jesus e seus belíssimos ensinamentos.

Mas, afinal, o que isso tem a ver com a música? Isso: para mim, a Igreja Católica, paradoxalmente mais antiga, lembra muito a Bossa Nova: sofisticada, crítica, moderna (para uma religião, lógico). Já as igrejas evangélicas – embora surgidas há muito menos tempo – seriam comparadas ao samba de partido alto: tradicionais, primitivas, sem nenhuma sofisticação. Igrejas de mesma origem, mas radicalmente dessemelhantes. É isso.

Aí, alguém que ler isso, poderá dizer:
É só isso? São essas as tais “mariposas”? E eu terei que responder:

É, um pensamento merda surgido em uma cabeça merda. Fazer o quê,, né?


Ah, é? Traz aí o inseticida!

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