domingo, 13 de julho de 2014

NO CONFESSIONÁRIO

Eu sou católico, mas vivo às voltas com minha falta de fé. Talvez por isso, eu viva sempre brincando e ironizando questões relacionadas à fé (ou à sua falta). Um dos nossos filhos é declaradamente ateu e a gente vive brincando com isso, debochando de tudo, especialmente dos fundamentalistas de qualquer religião. E, acreditem, minha fé é insignificante. 

Eu sempre digo (sou chegado em frases de efeito ou provocativas, mesmo que não totalmente corretas) que minha fé é como a chama de uma vela: basta qualquer ventinho para ela bruxulear. E por esse caminho estreito segue a minha vida.

Alguém poderia perguntar por que insisto nesse caminho. Bom, preciso também esclarecer minha posição nesse lance de religião, com outra frase, bem mais antiga e sem humor, uma ideia que me ocorreu há muito tempo: Eu preciso mais de Deus do que Ele de mim

Mas não sou fundamentalista, descreio da maior parte dos textos bíblicos (especialmente o Antigo Testamento), acho o Apocalipse um porre (ou melhor, São João devia estar de porre ou drogado quando o escreveu). Enfim, sou um católico iconoclasta. 

Apenas acho (ainda) que a religião faz bem para mim, acalma um pouco meus fantasmas interiores (o que não me impede de tentar fazer humor com isso). 

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