Eu tenho uma razoável obsessão por memória,
pela preservação da memória, talvez pelo fato incontestável de não estar distante de me transformar apenas nisso – memória. Essa realidade me amedronta?
Um pouco, mas não chega ao ponto de me levar a pensar em “que grande artista o mundo vai perder”, como teria dito o
imperador romano Nero antes de morrer. Apesar disso,
tenho me divertido em tentar dar uma feição mais ordenada do que já publiquei
aqui no blog. E os posts que melhor se ajustam a isso são as séries de “dezénhos”, cujos episódios são
originalmente publicados de forma individual, um por dia.
Não faz muito tempo comecei a (re)publicar de
uma única vez todos os posts de uma mesma série. Claro que há uma grande dose
de picaretagem nisso, pois alivia a pressão que eu mesmo me faço para criar
novos posts. Mas há também o desejo de que os leitores possam (re)ler sem maior
esforço as séries com maior número de postagens. Se isso realmente interessa a eles não tenho condição de avaliar. Apenas sei que foi bom para mim rever aquelas que mais gostei de criar.
Pensando nisso, resolvi republicar em forma
de “revista” todas as séries do blog. Não sei se será realmente possível fazer isso com
todas, pois pouco me preocupava no início com a formatação das imagens. O tempo
dirá (ou terei de reformatar tudo). A primeira série dentro dessa linha de
pensamento é esta, originalmente publicada no primeiro trimestre de 2018. Confesso que deu mais diversão que trabalho
estabelecer padrões para as imagens.
Nos
primeiros episódios da série original (que foi excluída) foram testadas quatro cores
para um dos dois micro-organismos: azul claro, rosa escuro, rosa claro e até uma
textura que lembraria pedra. O outro (uma “ameba”)
teve apenas dois tons de verde. Acabei optando pelo rosa e pelo verde mais
claros (“quando eu piso em folhas verdes
caídas de uma mangueira...”). Mas foi só pelo contraste visual (ainda não
havia a Damares).
Outra coisa que merece
registro (tá lembrado da “memória”, né?) é que não havia gênero definido nem
expressões “faciais” nos primeiros episódios. Depois, ao mencionar a futura
existência de “descendentes” é que optei por deixar a ameba masculina e a outra
bactéria feminina, pois permite conflitos bem específicos. Esses e mais o
tamanho despradonizado foram os motivos que me levaram a reformatar e ampliar a
série. Para encerrar esta introdução, lembro que a série tem 25 episódios. Por
isso, optei por dividir a “versão revista” em duas partes. A segunda parte será publicada dentro de 30 minutos (29, para ser exato). Como dizia o personagem do Chico Anísio, "não saia daí, é vapt e vupt". E chega de conversa fiada.
“Evidências sugerem que a vida surgiu pela primeira vez por volta de 3,5 bilhões de anos atrás. As evidências são formadas por microfósseis e estruturas rochosas antigas chamadas estromatólitos. Estromatólitos são produzidos por micróbios que formam filmes microbianos que aprisionam lama”.
Eu não desenho porra nenhuma, meu negócio é a piada, o humor, isso é o que eu curto. Parece que a fonte está seca, mas quando surge uma ideia para nova série é como se eu ficasse em transe, vou imaginando as piadas em sequência, a mil por hora. Aí, de repente, a luz apaga. E não adianta tentar continuar. Por isso admiro demais o Charles Schulz que imaginou e desenhou as histórias da turma do Charlie Brown durante quase 50 anos. Haja inspiração! Eu fico feliz que esteja gostando das sugestões que fiz, mas tenho que me controlar para não te encher o saco. Creio ou tenho certeza de que poderá gostar de muita coisa que já publiquei, mas não devo te aporrinhar. Tenho tanta necessidade de aplauso que se pudesse faria uma festa de aniversário por dia, só para que as pessoas batressem palmas para mim (isto é uma piada!). Em todo caso, explore os marcadores para sentir o estilo, pois refletem meu estado de espírito instável e caótico. Abraços.
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