Publiquei no dia 07/05 um texto a que dei o
título “CORONA
(RESPOSTA GRANDE VIRA POST)”, que era justamente um comentário (ou
resposta) a um post publicado no site Marreta do Azarão.
Lá pelas tantas escrevi estas frases: “Minha mulher
tem alguns primos que estão com um tio hospitalizado no Rio. Segundo ouvi
dizer, “ele teve uma ligeira PIORA”. Quem aguenta uma porra
dessas?”
Pois bem, numa prova de que o
Corona vírus, essa mamoninha assassina, não veio a passeio, fiquei sabendo
agora que esse senhor morreu ontem. OK, ele tinha mais de oitenta anos, mas, e
daí? Tirando a idade, era saudável, tranquilo, morava no Rio, a uma quadra da praia do Leme. Só
de morar no Leme já mereceria viver pelo menos mais vinte anos! Agora, para
mim, infelizmente, a Covid-19 forneceu um nome. Sinceramente, espero que seja o
último.
Minhas considerações sobre o assunto são muitas vezes um tanto ácidas, aparentando insensibilidade, uma vez que de viés darwiniano, pois, feliz ou infelizmente, é assim que a Natureza funciona, Darwin não inventou a seleção natural, a sobrevivência dos mais aptos frente a um fator limitante de sobrevivência, apenas a constatou.
ResponderExcluirNo entanto, em nenhum momento, eu digo, ou disse, que os dramas pessoais e particulres devam ser desprezados; pelo contrário, respeitados com toda solenidade que eles merecem e requerem.
Lastimo por esse seu parente. Meu pai completa 80 anos em julho, e a contragosto de minha mãe, meu e de meus dois irmãos, voltou ao trabalho. Ele é daqueles que morrem mais rápido se ficarem em casa, se sentindo improdutivos. A aposentadoria dele é suficiente para que ele e minha mãe terminem seus dias de forma confortável, a casa é própria etc. Mas quem é que coloca na cabeça dele? Está indo de carro ao trabalho - antes ia a pé ou de ônibus -, usando máscaras etc. Mas é uma preocupação constante para todos nós. Amarrá-lo? Sedá-lo? É uma escolha dele.
E estatísticas, caro Jotabê, é o nome que se dá aos mortos dos outros.
Transmita meus pêsames à sua esposa.
Obrigado, Marreta. Mas preciso dizer que não parente de minha mulher, é tio de alguns de seus primos. Duas irmãs do falecido casaram-se com dois irmãos de meu sogro. As duas também já morreram. O bizarro da história é que um dos irmãos de meu sogro esperou aposentar-se para se casar (provavelmente não queria, vá saber). Teve um casal de filhos e morreu quando o mais novo tinha apenas dois anos. Esse tio que faleceu agora ajudou a irmã a criar as crianças.
ExcluirQuanto à seleção natural, concordo 100% com o que disse.
O lance do seu pai tem um tanto de rabugice (cabeça dura) própria da idade, mas vejo muita gente jovem pouco se lixando para a pandemia, o que é sério equívoco e egoísmo.